Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2015  2011  2010  2017  2018  tvi24  2016  2013  2023  2014  2012  cais  cmtv  2019  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu Empty
maio 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031 

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
67 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 67 visitantes

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu

Ir para baixo

2011 - MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu Empty MAIORIA DE ESQUERDA: “2011” nunca aconteceu

Mensagem por Admin Dom Dez 18, 2016 11:53 am

A relação da aldeia lisboeta com o resto do país é simples: esconder as más notícias, mesmo negando a realidade; fazer das boas noticias – ou das menos negativas – um exercício de propaganda política.

Em Lisboa, há uma pequena “aldeia” com cerca de 1000 pessoas; mais ou menos, mas não é necessário ser exacto. Vamos chamar-lhe a “aldeia dos 1000”. Esta aldeia é composta por dirigentes partidários, altos funcionários do Estado, empresários, jornalistas, financeiros e banqueiros. Conhecem-se bem e sabem o suficiente sobre as vidas uns dos outros. Frequentam os mesmos restaurantes, vão às mesmas festas, e muitos deles estudaram nas mesmas escolas e universidades. Os membros desta aldeia decidem o que o resto do país deve saber e deve conhecer sobre a realidade. É esse o seu grande poder e a linha condutora de quase tudo o que fazem. Em privado falam sobre quase tudo e tudo combinam. Mas o que dizem em público é filtrado. Os portugueses só devem saber o que os aldeões decidem que devem dizer.

De certo modo esta aldeia segue a velha tradição da corte lisboeta. A corte em Portugal resistiu a tudo. À revolução liberal, a guerras civis, à revolução republicana, ao Estado Novo e ao 25 de Abril. Os seus membros mudam, mas o seu papel de condutor da sociedade portuguesa mantém-se. Um dos feitos geniais dos pais fundadores da democracia portuguesa foi o modo como reconstruiram a corte lisboeta para continuar a controlar a sociedade democrática. Um feito admirável. Muito mais difícil do que numa monarquia ou numa ditadura.

A relação da aldeia lisboeta com o resto do país é simples: esconder as más notícias, mesmo que isso exija negar a realidade; e transformar as boas noticias – ou as menos negativas – num exercício de propaganda política. A verdade é secundária e o que interessa é criar uma narrativa, como se diz hoje em dia. Obviamente, uma narrativa que seja popular. Para a corte, os portugueses não merecem a verdade. Devem ser entretidos com ilusões. Curiosamente, a maioria dos portugueses espera e deseja isso da corte, sobretudo depois dos duros anos entre 2011 e 2015. Por isso, António Costa engana de um modo tão transparente. Costa dá-nos ilusões e os portugueses pedem, António dá-nos mais. E se a verdade é o que Passos Coelho disse nos quatro anos que esteve em São Bento, então preferimos as boas mentiras. O governo socialista adoptou a velha máxima católica da mentira piedosa. Mentem todos felizes.

2016 foi o ano em que a “aldeia dos 1000”, ou a corte lisboeta, decidiu que “2011” nunca existiu. Se não fosse a crise financeira criada por Wall Street, tudo continuaria a correr muito bem no nosso país. Sócrates conduzia Portugal pelo melhor dos caminhos. Mas a crise permitiu a “austeridade neoliberal” conduzida por Angela Merkel, no exterior, e por Passos Coelho, em Portugal, com o apoio de Cavaco Silva. Passada a crise, como decretou o governo socialista, poderemos regressar gradualmente a 2010. Não passa de uma ilusão, mas a verdade é irrelevante. O que conta é fazer acreditar que é possível. Um falso luxo permitido pelas políticas monetárias do BCE. Frankfurt emite a moeda que permite adiar reformas e acumular dividas. De certo modo, é um regresso ao início do Euro. Políticas viradas unicamente para o presente, sem pensar no futuro, com o objectivo de preservar privilégios apenas sustentáveis com o aumento permanente da dívida.

As políticas do BCE e a satisfação dos portugueses com a nova narrativa socialista reforça as duas convicções mais fortes da aldeia dos mil. Com mais ou menos dificuldades, a ‘Europa’ (ou a Alemanha) continuará a pagar, e os portugueses são pacíficos e satisfazem-se com pouco. Isto não é terra para populismos radicais. Pode ser que estejam certos. E se estiverem o país continuará nesta mediocridade satisfeita, com monarcas republicanos felizes, sem grandes abalos, mas sem sair de uma situação remediada. Mas estará Portugal preparado para o caso de estarem errados? E o que fará a aldeia se os aldeões estiverem enganados?

João Marques de Almeida
18/12/2016, 0:35
Observador
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos