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Exportações lado a lado com importações. Balança piora
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Exportações lado a lado com importações. Balança piora
O INE divulgou esta segunda-feira os dados do comércio internacional de bens relativos a fevereiro. Crescimento das exportações supera o das importações, mas pouco. A balança comercial degradou-se.
A balança comercial de bens até fevereiro está pior do que a registada há um ano: são mais 58 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. As exportações estão a aumentar a um maior ritmo do que as importações, mas a diferença é ligeira. Excluindo os combustíveis, as exportações cresceram 5,5% e as importações aumentaram 4,0%.
“Em fevereiro de 2017, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de, respetivamente, +9,0% e +8,9% (+19,1% e +22,4% em janeiro de 2017, pela mesma ordem)”, explica o INE na nota que divulgou esta segunda-feira. “Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 5,5% e as importações aumentaram 4,0% (respetivamente +16,6% e +15,1% em janeiro de 2017)”, acrescenta, referindo que “o défice da balança comercial de bens situou-se em 746 milhões de euros em fevereiro de 2017, representando um aumento de 58 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016”.
Apesar de continuar a ser negativo, se retirarmos o efeito dos combustíveis, o saldo comercial de bens melhorou face ao mesmo período do ano passado. “Excluindo os Combustíveis e lubrificantes a balança comercial atingiu um saldo negativo de 456 milhões de euros, que corresponde a uma redução de 35 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2016“, explica o INE.
As exportações em fevereiro subiram graças ao aumento registado nos países exteriores à União Europeia. Face a fevereiro de 2016, as exportações para os países Extra-UE cresceram 29,9%. Verificou-se uma subida em vários países, “salientando-se os crescimentos das exportações para Espanha, Estados Unidos e Angola (+10,0%, +53,5% e +61,1%, respetivamente)”.
Do lado das importações, o INE explica o aumento com a “evolução registada em ambos os tipos de comércio: +4,9% no Comércio Intra-UE (+16,9% em janeiro de 2017) e +24,7% no Comércio Extra-UE (+41,3% em janeiro de 2017)”. Neste caso “o maior destaque vai para o acréscimo registado nas importações com origem na Rússia (justificado pela importação de Óleos brutos de petróleo e Fuelóleo), seguindo-se as importações provenientes de Espanha e Alemanha”.
Em termos de grandes categorias económicas, do lado das exportações o INE dá destaque ao aumento verificado nos combustíveis e lubrificantes (+79,8%), essencialmente produtos transformados. Este valor poderá ser explicado pela diferença do valor do petróleo: em fevereiro de 2016, o Brent estava a ser transacionado à volta dos 30 dólares. Um ano depois, o Brent está a ser transacionado acima da fasquia dos 50 dólares.
O mesmo efeito verifica-se do lado das importações. “Tal como nas exportações, evidencia-se claramente o aumento das importações de Combustíveis e lubrificantes (+63,0%), sobretudo Produtos primários”, explica o Instituto Nacional de Estatística no destaque sobre as estatísticas do comércio internacional de bens em fevereiro.
A comparação com janeiro também dá luzes sobre uma possível aceleração das exportações e uma diminuição das importações. “Face ao mês anterior, as exportações cresceram 0,2%, em resultado do aumento registado nas exportações Extra-UE, dado que no Comércio Intra-UE se verificou uma redução”, explica o Instituto Nacional de Estatística. “Diferentemente, as importações registaram uma diminuição de 3,9%, essencialmente em resultado da redução registada nas importações de países fora da UE“, acrescenta.
Em janeiro, as exportações de bens tinham crescido menos do que as importações. As exportações de bens cresceram 19,6%, mas foram ultrapassadas pelas importações de bens que aumentaram 22,3%. A balança comercial de bens fixou-se em 252 milhões de euros.
Em 2016, as exportações tiveram o pior registo em sete anos. As importações cresceram 1,2% face a 0,9% das exportações, tendência que continua a verificar-se no primeiro mês de 2017.
(Notícia atualizada às 11h26)
Tiago Varzim
11:05
ECO - Economia Online
A balança comercial de bens até fevereiro está pior do que a registada há um ano: são mais 58 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. As exportações estão a aumentar a um maior ritmo do que as importações, mas a diferença é ligeira. Excluindo os combustíveis, as exportações cresceram 5,5% e as importações aumentaram 4,0%.
“Em fevereiro de 2017, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de, respetivamente, +9,0% e +8,9% (+19,1% e +22,4% em janeiro de 2017, pela mesma ordem)”, explica o INE na nota que divulgou esta segunda-feira. “Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 5,5% e as importações aumentaram 4,0% (respetivamente +16,6% e +15,1% em janeiro de 2017)”, acrescenta, referindo que “o défice da balança comercial de bens situou-se em 746 milhões de euros em fevereiro de 2017, representando um aumento de 58 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016”.
As variações mensais das exportações de bens portuguesas.
INE
Apesar de continuar a ser negativo, se retirarmos o efeito dos combustíveis, o saldo comercial de bens melhorou face ao mesmo período do ano passado. “Excluindo os Combustíveis e lubrificantes a balança comercial atingiu um saldo negativo de 456 milhões de euros, que corresponde a uma redução de 35 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2016“, explica o INE.
As exportações em fevereiro subiram graças ao aumento registado nos países exteriores à União Europeia. Face a fevereiro de 2016, as exportações para os países Extra-UE cresceram 29,9%. Verificou-se uma subida em vários países, “salientando-se os crescimentos das exportações para Espanha, Estados Unidos e Angola (+10,0%, +53,5% e +61,1%, respetivamente)”.
Do lado das importações, o INE explica o aumento com a “evolução registada em ambos os tipos de comércio: +4,9% no Comércio Intra-UE (+16,9% em janeiro de 2017) e +24,7% no Comércio Extra-UE (+41,3% em janeiro de 2017)”. Neste caso “o maior destaque vai para o acréscimo registado nas importações com origem na Rússia (justificado pela importação de Óleos brutos de petróleo e Fuelóleo), seguindo-se as importações provenientes de Espanha e Alemanha”.
Em termos de grandes categorias económicas, do lado das exportações o INE dá destaque ao aumento verificado nos combustíveis e lubrificantes (+79,8%), essencialmente produtos transformados. Este valor poderá ser explicado pela diferença do valor do petróleo: em fevereiro de 2016, o Brent estava a ser transacionado à volta dos 30 dólares. Um ano depois, o Brent está a ser transacionado acima da fasquia dos 50 dólares.
O mesmo efeito verifica-se do lado das importações. “Tal como nas exportações, evidencia-se claramente o aumento das importações de Combustíveis e lubrificantes (+63,0%), sobretudo Produtos primários”, explica o Instituto Nacional de Estatística no destaque sobre as estatísticas do comércio internacional de bens em fevereiro.
As variações mensais das importações de bens portuguesas.
INE
A comparação com janeiro também dá luzes sobre uma possível aceleração das exportações e uma diminuição das importações. “Face ao mês anterior, as exportações cresceram 0,2%, em resultado do aumento registado nas exportações Extra-UE, dado que no Comércio Intra-UE se verificou uma redução”, explica o Instituto Nacional de Estatística. “Diferentemente, as importações registaram uma diminuição de 3,9%, essencialmente em resultado da redução registada nas importações de países fora da UE“, acrescenta.
Em janeiro, as exportações de bens tinham crescido menos do que as importações. As exportações de bens cresceram 19,6%, mas foram ultrapassadas pelas importações de bens que aumentaram 22,3%. A balança comercial de bens fixou-se em 252 milhões de euros.
Em 2016, as exportações tiveram o pior registo em sete anos. As importações cresceram 1,2% face a 0,9% das exportações, tendência que continua a verificar-se no primeiro mês de 2017.
(Notícia atualizada às 11h26)
Tiago Varzim
11:05
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