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A cartilha
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A cartilha
O governo adia eternizando a última estrada da morte em Portugal: o IP3.
No admirável mundo do futebol, o tema dominante hoje não é o futebol. São as ‘cartilhas’. Argumentários convenientemente ideológicos que, no ver de uns, "instrumentalizam" vozes e protagonistas — e, de outros, "profissionalizam" e uniformizam a comunicação. O mundo cede assim lugar a um submundo…
Serve o caso para trazer à luz outra cartilha muito centralista, praticada pelo Governo com mestria. Diz ela respeito à gestão política das promessas e das expectativas. Quando não se quer cumprir ou resolver, mas não se pode na prática dizê-lo (por que seria escândalo ou prejuízo eleitoral), vai-se, em bom português, empaleando com ‘estudos prévios’, ‘grupos de trabalho’, anúncios de ‘candidaturas’ a Bruxelas.
Foi assim com os investimentos da ferrovia, amaldiçoados ao longo das últimas décadas mas absolutamente vitais, e é agora assim para engavetar de vez o projeto da ‘Via dos Duques’, que ligaria em perfil e serviço de autoestrada Viseu e Coimbra. Com esta cartilha de rodilha, muito bem emaranhada, o Governo adia o maior problema rodoviário nacional, eternizando a última estrada da morte em Portugal: o IP3. Os estudos hão de aparecer, seguidos de bonitas apresentações públicas, protocolos e encenações de intenções.
Até que um dia a culpa será do orçamento (previsível) ou de Bruxelas (que, muito maldosamente, não paga). Já vimos este teatro algumas vezes… Useiro e vezeiro nesta cartilha para provincianos, o Governo, não mudando a política, poderia ao menos ir variando as narrativas.
Entretanto, a execução dos fundos comunitários do Portugal 2020 vai-se afundando na tabela a ponto de ser hoje muito difícil garantir o cumprimento das metas assumidas com Bruxelas. Pelo vagaroso andar da carruagem do investimento público e privado, o maná de euros vai secar-se pelas piores razões. Felizmente, haverá uma boa cartilha de desculpas.
Por Almeida Henriques|00:30
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
No admirável mundo do futebol, o tema dominante hoje não é o futebol. São as ‘cartilhas’. Argumentários convenientemente ideológicos que, no ver de uns, "instrumentalizam" vozes e protagonistas — e, de outros, "profissionalizam" e uniformizam a comunicação. O mundo cede assim lugar a um submundo…
Serve o caso para trazer à luz outra cartilha muito centralista, praticada pelo Governo com mestria. Diz ela respeito à gestão política das promessas e das expectativas. Quando não se quer cumprir ou resolver, mas não se pode na prática dizê-lo (por que seria escândalo ou prejuízo eleitoral), vai-se, em bom português, empaleando com ‘estudos prévios’, ‘grupos de trabalho’, anúncios de ‘candidaturas’ a Bruxelas.
Foi assim com os investimentos da ferrovia, amaldiçoados ao longo das últimas décadas mas absolutamente vitais, e é agora assim para engavetar de vez o projeto da ‘Via dos Duques’, que ligaria em perfil e serviço de autoestrada Viseu e Coimbra. Com esta cartilha de rodilha, muito bem emaranhada, o Governo adia o maior problema rodoviário nacional, eternizando a última estrada da morte em Portugal: o IP3. Os estudos hão de aparecer, seguidos de bonitas apresentações públicas, protocolos e encenações de intenções.
Até que um dia a culpa será do orçamento (previsível) ou de Bruxelas (que, muito maldosamente, não paga). Já vimos este teatro algumas vezes… Useiro e vezeiro nesta cartilha para provincianos, o Governo, não mudando a política, poderia ao menos ir variando as narrativas.
Entretanto, a execução dos fundos comunitários do Portugal 2020 vai-se afundando na tabela a ponto de ser hoje muito difícil garantir o cumprimento das metas assumidas com Bruxelas. Pelo vagaroso andar da carruagem do investimento público e privado, o maná de euros vai secar-se pelas piores razões. Felizmente, haverá uma boa cartilha de desculpas.
Por Almeida Henriques|00:30
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
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