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O casamento entre a Rússia e a China

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Mensagem por Admin Qui Jul 09, 2015 10:52 am

Os chineses são dos povos com mais mentalidade histórica. Na sua conquista do poder, Mao Zedong usou tácticas militares derivadas de Sun Tzu, que viveu por volta de 500 aC; o Confucionismo, que data da mesma época, permanece no cerne do pensamento social da China, apesar das tentativas implacáveis ??de Mao para suprimi-lo.

Assim, quando o presidente Xi Jinping lançou a iniciativa "Nova Rota da Seda", em 2013, ninguém deveria ter ficado surpreendido com a referência histórica. "Há mais de dois milénios", explica a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, "as pessoas diligentes e corajosas da Eurásia exploraram e abriram várias rotas de intercâmbios comerciais e culturais que ligavam as principais civilizações da Ásia, Europa e África, chamadas coletivamente de Rota da Seda pelas gerações posteriores".Na China, a história antiga é muitas vezes utilizada para auxiliar uma nova doutrina.
 
A nova doutrina é a "multipolaridade" - a ideia de que o mundo é (ou deveria ser) composto por vários polos distintos de atracção. O contrate é com um mundo "unipolar" (dominado pela América ou o Ocidente).
 
A multipolaridade é uma ideia política, mas tem a ver com muito mais do que relações de poder. Ela rejeita a noção de que existe um único ideal civilizacional a que todos os países se devem ajustar. As diferentes regiões do mundo têm histórias diferentes, que deram aos seus povos ideias diferentes sobre como viver, governar a si mesmos, e ganhar a vida. Estas histórias são todas dignos de respeito: não há um caminho "certo" para o futuro.
 
Diz-se que a Eurásia é uma ideia cujo momento regressou novamente. Uma investigação histórica recente resgatou a antiga Rota da Seda do esquecimento. A socióloga americana Janet Abu-Lughod identificou oito "circuitos de comércio" sobrepostos entre o noroeste da Europa e a China que, sob a égide de uma Pax Mongolica, floresceram entre os séculos XIII e XIV.
 
De acordo com Abu-Lughod, o imperialismo ocidental sobrepôs-se a estes circuitos mais antigos, sem os obliterar. O Islão continuou a espalhar-se através de fronteiras geográficas e políticas. As migrações chinesas e indianas não pararam.
 
Hoje em dia, uma conjuntura única de desenvolvimentos económicos e políticos criou uma oportunidade para a Eurásia emergir do seu sono histórico. Nos últimos anos, a auto-confiança ocidental foi humilhada pela crise financeira de 2008-2009 e pelas catástrofes políticas no Médio Oriente. Ao mesmo tempo, os interesses dos dois construtores potenciais da Eurásia, a China e a Rússia, parecem - pelo menos superficialmente - ter convergido.
 
A motivação da China para o relançamento da Pax Mongolica é clara. O seu modelo de crescimento, baseado principalmente na exportação de produtos manufacturados baratos para os países desenvolvidos, está a perder força. A estagnação secular ameaça o Ocidente, acompanhada pelo crescente do sentimento proteccionista. E, embora os líderes chineses saibam que devem reequilibrar a economia do investimento e das exportações para o consumo, este processo arrisca-se a causar sérios problemas políticos internos para o Partido Comunista. A reorientação dos investimentos e das exportações para a Eurásia oferece uma alternativa.
 
Com os custos do trabalho na China a subirem, a produção está a ser relocalizada das regiões costeiras para as províncias ocidentais. A saída natural para essa produção é ao longo da Nova Rota da Seda. O desenvolvimento da estrada (na verdade vários "cintos", incluindo uma rota marítima meridional) exigirá enormes investimentos em transportes e infra-estruturas urbanas. Como no século XIX, a redução dos custos de transporte vai abrir novos mercados para o comércio.
 
A Rússia também tem um motivação económica para o desenvolvimento da Eurásia. Não conseguiu modernizar nem diversificar a sua economia. Como resultado, continua a ser predominantemente um país exportador de produtos petrolíferos e um importador de produtos manufaturados. A China oferece um mercado seguro e em expansão para as suas exportações de energia. Os grandes projectos de transportes e construção, que são necessários para realizar o potencial económico da Eurásia, podem ajudar a Rússia a recuperar o poderio industrial e de engenharia que perdeu com a queda do comunismo.
 
Este ano, Rússia, Arménia, Bielorússia, Cazaquistão e Quirguistão uniram-se numa União Económica Euroasiática (UEE), uma união aduaneira com uma componente de defesa. A UEE é vista pelos seus defensores como um passo em direção ao restabelecimento das antigas fronteiras soviéticas sob a forma de uma união económica e política voluntária, segundo o modelo da UE - um projecto para tirar o ferrão de "vitória" do Ocidente na Guerra Fria.
 
A opinião oficial da Rússia é que o país aguarda com expectativa "a interpenetração e a integração da UEE e do Cinturão Económico da Rota da Seda" numa "Grande Eurásia" que possa sustentar "uma vizinhança segura, constante e orientada para o desenvolvimento, entre a Rússia e a China". No dia 8 de Maio, Putin e Xi assinaram um acordo em Moscovo, que prevê a criação de instituições políticas de coordenação, fundos de investimento, bancos de desenvolvimento, regimes cambiais e sistemas financeiros - tudo para servir uma vasta zona de comércio livre que ligue a China com a Europa, o Médio Oriente e África.
 
Quão realista é esse sonho? A Rússia e a China sentem-se "cercadas" pelos Estados Unidos e seus aliados. O objectivo anti-hegemónico da China, expresso na sua prosa quase inescrutável, é o de garantir "a tolerância entre as civilizações" e o respeito pelos "modos de desenvolvimento escolhidos pelos diferentes países".
 
Putin, or seu turno, tornou a sua retórica anti-americana muito mais explícita desde a crise na Ucrânia, que ele vê como um excelente exemplo da interferência ocidental nos assuntos internos da Rússia. O crescimento dos fluxos comerciais entre a Rússia e a China, e o reforço da coordenação política e de segurança, irá reduzir a sua vulnerabilidade à interferência externa e sinalizar o aparecimento de um novo centro de poder mundial.
 
Pode considerar-se um sucesso singular da política ocidental o facto de ter aproximado dois velhos rivais, que lutavam pelo poder e influência na Ásia Central, levando-os a trabalharem em conjunto para excluir o Ocidente do desenvolvimento futuro da região. Os Estados Unidos, especialmente, perderam oportunidades para integrar os dois países num único sistema mundial, rejeitando reformas do Fundo Monetário Internacional que teriam reforçado a influência China em tomadas de decisão, e bloqueando propostas da Rússia para a adesão à NATO. Isso levou ambos os países a procurarem um futuro alternativo na companhia um do outro.
 
Se o seu casamento de conveniência vai levar a uma união duradoura - ou, como George Soros prevê, a uma ameaça à paz mundial – continua por desvendar. Há uma questão óbvia relativa à esfera de influência no Cazaquistão, e os chineses têm estado a  apertar os russos para obterem tudo o que conseguirem em acordos bilaterais. Por enquanto, porém, as disputas sobre a Nova Rota da Seda parecem ser menos dolorosas para as duas potências do que os longos sermões do Ocidente.
 
Robert Skidelsky, membro da Câmara dos Lordes britânica, é professor emérito de Economia Política na Universidade de Warwick.
 
Direitos de Autor: Project Syndicate, 2015.
www.project-syndicate.org
Tradução: Rita Faria

08 Julho 2015, 20:00 por Robert Skidelsky
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