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Mensagem por Admin Qui Set 10, 2015 6:27 pm

É a rigorosa formatação mediática das campanhas que gera a dupla espiral que faz girar o pequeno mundo da política, a saber, a espiral do cinismo dos actores e a espiral do silêncio dos espectadores.

Como no resto do mundo democratizado, as campanhas eleitorais foram sendo apropriadas pela comunicação social e transformadas em objectos mediáticos de entretenimento cuja relevância é cada vez mais discutível, conforme foi assinalado nos Estados Unidos ainda antes do final do século passado. Já então se verificava como a mídia contribuía sobretudo para o cinismo crescente que tem vindo a envolver a vida política, afastando dela os eleitores, de tal modo que lideranças de alta responsabilidade pública são cada vez mais feitas e desfeitas na mídia, como eu próprio mostrei a propósito das legislativas de 2002.

Na campanha em curso, a maior invasão da vida política pela lógica do chamado infotainment a que os pretendentes a protagonistas se sujeitam talvez tenha sido a foto de uma candidata em pose de modelo na capa de uma revista de entretenimento, não por acaso oriunda de um canal televisivo. Outros candidatos, recrutados na nova intelectualidade, só existem nos jornais, refugiados geralmente em micro-organizações criadas à imagem dos partidos tradicionais mas sem tropas. Finalmente, é sintomático dessa dependência doentia dos políticos profissionais e dos seus imitadores perante a mídia que um humorista, conhecido pelos sketchs publicitários do operador de telecomunicações para o qual trabalha, vá entrevistar vários dos actuais candidatos… Com razão, o primeiro-ministro recusou esta mistura de géneros!

São meros exemplos de que fazem parte os próprios debates rituais em que os simpatizantes «torcem» pelos seus candidatos, mas não é de crer que mudem a opinião de quem quer que seja. Com efeito, a campanha eleitoral praticamente só existe na mídia, em especial nas televisões, onde a política alterna com as telenovelas e com o futebol. Não é de espantar que esta rigorosa formatação mediática, apenas infiltrada pela ideologia subjacente dos comunicadores profissionais, acabe por dar corda à dupla espiral que hoje faz girar o pequeno mundo da política, a saber, a espiral do cinismo dos actores e a espiral do silêncio dos espectadores.

Por seu turno, as sondagens começam por espelhar sobretudo os efeitos dessa dupla espiral e, na medida em que se mantenha a crescente abstenção que caracteriza a maioria do mundo democratizado, as intenções de voto iniciais induzidas pela mídia podem até confirmar-se no final. Com a enorme abstenção que caracteriza a sociedade portuguesa, «diáspora» incluída, teria de ser feito um estudo para saber quando é que um candidato foi eleito contra a ideologia prevalecente na mídia? Provavelmente foi Cavaco em 1987.

Dito isto, se os indecisos e abstencionistas das sondagens saiam da toca para ir às urnas, é possível que os resultados finais das eleições se afastem de forma significativa das previsões iniciais. E, na medida em que a única sondagem verdadeira, isto é, a eleição, saia pouco das margens de erro das sondagens feitas nos derradeiros dias da campanha, os «sondeiros» poderão sempre dizer que foi a evolução natural da campanha que ditou os resultados finais, sem ruptura manifesta com as sondagens iniciais…

É o que sucederá se, como já se perfila em alguns lugares, a coligação PàF chegar uns metros à frente de um António Costa a quem foi prometida uma «maioria absoluta» quando a ala socrática deu o golpe de estado partidário contra Seguro e o novo líder foi crismado pela comunicação social inteira saudou sem disfarce até à prisão de Sócrates… Inversamente, se o PS acabar por chegar uns milímetros à frente, a comunicação social que orquestrou o debate de ontem à noite poderá sempre dizer que foi a vitória do combate António Costa-Passos Coelho que decidiu, como no futebol, o campeonato. O que interessa é aquilo que pode ser vendido ao público como entretenimento, desde a mulher nua ao combate de galos…

Ora, eu sou dos que permanecem convencidos que as realidades concretas da última década e, sobretudo, a recuperação dos derradeiros quatro anos, terão mais peso do que se crê nos resultados eleitorais, por mais que a comunicação social insufle a sua ideologia. Esta tem aliás muito menos que ver com a mudança efectiva de políticas, que de resto não nos seria consentida pela UE, como sobretudo com a ideologia da mudança-pela-mudança: caras novas, peripécias novas, sempre a mudar por mudar…

Das sondagens, só há uma coisa importante que se destaca e da qual, estranhamente, ninguém fala, excepto o Presidente da República. Por razões óbvias, o eleitorado deseja um governo com maioria no parlamento. Mas porque já percebeu que a «maioria absoluta» de um só partido (ou coligação) não irá acontecer, devido paradoxalmente às suas próprias intenções de voto, o eleitorado tende a abster-se. E isto é que é deveras interessante.

Ganhará as eleições, provavelmente, quem der mais expectativas de poder chegar à maioria. Resta saber se o eleitorado prefere uma maioria de «esquerda» (PS+PCP+UE) ou de «direita» (PàF), mas isso não foi perguntado nas sondagens, pois se calhar a preferência do eleitorado vai para uma maioria de «bloco central» (PSD+PS). Talvez esta preferência maioritária não chegue a materializar-se mas ela será, penso eu, um factor muito mais decisivo para os eleitores do que todos os entretenimentos mediáticos.

Manuel Villaverde Cabral
10/9/2015, 13:50
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