Porto de Leixões em rota ascendente: 2015 de sucesso com desempenho equiparado aos exemplos internacionais

O fim do ano veio apenas reflectir os bons préstimos do Porto de Leixões na cena portuária portuguesa - novos recordes de movimentação de carga foram batidos, consolidando a rota de crescimento da actividade no porto, com o aumento de 5,4% face ao período de Janeiro-Novembro de 2014 a comprovar que nem mesmo a estagnação da economia internacional com incidência na carga contentorizada (com especial foco em Angola) impediu a vitalidade crescente de todos os restantes segmentos.

Dezembro de 2015 foi um mês particularmente atarefado no porto de Leixões, um fim de ano atribulado devido à instabilidade laboral vivida noutros portos portugueses; refira-se que, num dia apenas, o Porto de Leixões recebeu 28 navios, incluindo cargueiros GT (grande capacidade), e, munido da sua eficiência, executou as tarefas sem que se registasse qualquer atraso. Como explicou Brogueira Dias ao jornal Expresso, há que ser exímio e eficiente para manter a clientela: "Os operadores são exigentes, pressionam os padrões de serviço e à menor ineficiência mudam-se para outro porto".

Ora, é isso mesmo que o Porto de Leixões tem conseguido fazer, e, na reportagem do jornal Expresso, que contou com o testemunho do presidente da APDL-Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, Brogueira Dias, explica-se como Leixões atingiu níveis de eficiência máximos: rapidez e qualidade na movimentação de mercadorias, políticas de proximidade com os clientes e constante evolução na cadeira de valor, critérios essenciais para o sucesso de um porto.

Regista-se com notoriedade o impulso reside nas importações (+9%), em especial de produtos petrolíferos, os passos de crescimento do segmento ro-ro (que beneficia actualmente das novas ligações a Roterdão e Zeebrugge) que atingiram um aumento de 73%, e o valor acrescentado que agora rodeia o Porto de Leixões - vidro, sucata de ferro ou aparas de madeira e carrega garrafas, ferro e pasta de papel, são vários os produtos movimentados, que acrescentam variedade e agregam relações comerciais cada vez mais heterogéneas.

A queda na carga contentorizada, impulsionada pelo contexto internacional (Angola em estagnação comercial externa prejudicou o porto europeu que mais ligações tem com o país africano) foi inevitável mas o crescimento global das actividades do porto abrem janelas de ambição cada vez maiores. Como explica o presidente da APDL, o porto “movimenta 30 contentores por hora em cada um dos seis pórticos, um desempenho que compara bem com os melhores exemplos internacionais” - razões para confiar na competitividade a médio-longo prazo.

Nos granéis sólidos, como explica a reportagem do Expresso, datada de Dezembro, o fundamental reside na capacidade de movimentação de 400 toneladas por hora, “beneficiando da eficiência e rotatividade do parque de guindastes”. Com a Janela Única Portuária (JUP) e centralização sistematizada de informação processada de imediato, “cada camião demora 11 minutos no máximo a entrar e gasta em média 56 minutos no circuito portuário”. O olhar colocado no futuro obriga a uma "dinâmica de modernização de estruturas e equipamentos” do porto e a certeza de que o investimento na infoestrutura irá continuar.

07/01/2016
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