João Franco: volume de negócios cresce 7,5% entre 2014 e 2015 e resultados líquidos sobem 20%

Numa entrevista concedida ao 'Sem Mais Jornal', publicada no passado dia 30 de Janeiro, o presidente da APS, João Franco, abordou uma variedade de temas e analisou a gestão global e a performance do Porto de Sines, baluarte portuário português, não deixando de fora o dossier, ainda em evolução, do alargamento do cais, pretendido pela gigante mundial PSA, como premissa para a continuidade do investimento da concessionária na plataforma portuária de Sines. 

João Franco abordou o sucesso do Porto de Sines, atribuindo grande fatia desse mesmo sucesso "ao esforço e aos investimentos dos concessionários", aprofundado que, em termos de volume de negócios, Sines subiu 7,5% entre 2014 e 2015, fechando 2015 com 44 milhões de euros. Segundo constata João Franco, "o EBITA (resultados líquidos antes de impostos) passou de 22,7 para quase 25. Os resultados líquidos foram, em 2014, 14,3 milhões, e em 2015, perto dos 16 milhões, num aumento de 20%". 

Com uma movimentação de mercadorias cima dos 44 milhões em 2015, e um aumento de 17%, o Porto de Sines viu também o número de navios crescer cerca de 9% entre 2014 e 2015, com 2003 e 2187 navios, respectivamente. Ventos positivos de actuação global que apenas reflectem a veia dinamizadora de Sines, onde até a flexibilidade negocial da administração potencia a concretização de novos negócios, como sublinhou João Franco, negando que os portos portugueses sejam caros e pouco apetecíveis para investidores.

Instado a analisar o momento actual da parceria com a concessionária PSA, o presidente da APS lembrou que "o negócio com a PSA tem a duração até 2029" mas que a concessionária pretende um "aumento de espaço" e, consequentemente, "um aumento de prazo de concessão", restando a Sines realizar um investimento adicional nesse processo. Explica Franco que a concessionária quer "mais cais", e, por isso, "teríamos que fazer o molhe de protecção, porque nestes casos, a parte terra está sob a alçada do concessionário e a parte mar sob a nossa responsabilidade".

Ora, na opinião de João Franco, tal solução seria "equilibrada", mas o anterior Executivo rejeitou esse cenário, que custaria 130 milhões de euros à PSA e 65 milhões à administração portuária, adiantou o presidente da APS. Ao invés, e enquanto se espera por novos desenvolvimentos, "encontrou-se uma solução minimalista, que é pública, que consiste num investimento a determinar, utilizando a face noroeste do cais que estava no âmbito da concessão, com um investimento de 40 milhões, mas vai criar cento e tal postos de trabalho, e que dá um aumento de capacidade de 1,7 para 2 milhões de TEU".

12/02/2016
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