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Metamorfose
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Metamorfose
O Jornal da Madeira é um símbolo da nefasta forma de condicionar a democracia e de adulterar o papel da imprensa num estado de direito. Ao longo dos últimos 40 anos prestou-se a um papel que não orgulha ninguém. No seu cadastro estão situações que vão desde a instrumentalização política em beneficio de um partido, perseguição a dirigentes e a forças políticas da oposição, dumping nos preços da publicidade, venda ao público abaixo do preço de custo e desrespeito total pelas regras da concorrência. São só alguns exemplos. O Jornal da Madeira é o retrato simbólico de uma Madeira dos poderosos e da utilização sem pudor dos meios públicos para beneficio próprio e dos seus. É uma Madeira que persiste, continua a fazer parte do Eu coletivo, não desapareceu, da mesma forma que a Lei da colonia não alterou determinadas mentalidades, quer do colono, quer do senhorio. A ilha, a luta pela sobrevivência, numa Terra de escassez e com muitas almas para alimentar, deixou marcas culturais profundas que teimam em fazer parte das nossas idiossincrasias.
“Nem mais um tostão para o Jornal da Madeira” prometeu Miguel Albuquerque na última campanha eleitoral. O “síndrome de Pinóquio” ataca a mais alta esfera da política regional. O Jornal do Governo PSD-M, que tanto deu politicamente a estes e aos amigos, não foi abandonado à sua sorte. Continua a ser financiado pelos nossos impostos com 52 milhões de euros para pagar dívidas, aos quais se somaram mais uns milhões em 2015 e 2016. O povo paga e aplaude.
O objetivo anunciado pelo Governo é limpar a face feia do JM e apresentá-lo bonitinho para ser vendido. Para esse papel foram convidadas personalidades dos diferentes partidos que hoje são colonistas no JM contribuindo para que se mantenha de portas abertas um jornal que estava destinado a fechar. Todos, todos sem exceção, esqueceram-se ou marimbaram-se para a promessa de “nem mais um tostão para o JM”, esqueceram-se da história e do papel central que teve este “jornal” na manipulação e intimidação contra quem sonhava com uma Madeira Democrática. Também a borboleta já foi uma lagarta feia e sofreu uma metamorfose, apresentando-se aos nossos olhos com esplendorosa beleza. Se no ambiente este processo natural é conseguido, no JM não sei se será assim.
Questiono-me se alguém quer comprar um JM com a fama que tem, ou se não é mais fácil criar um órgão de informação de raíz. Questiono-me se o próprio Governo está de boa fé neste processo ou se o ardil está montado para o JM continuar a prestar os serviços que sempre prestou, contra a Madeira e contra a Democracia. O tempo dirá de sua justiça. Entretanto, vamos todos pagando.
Victor Freitas, Deputado do PS na ALM
Diário de Notícias da Madeira
Terça, 12 de Abril de 2016
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