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Pré-escolar itinerante resiste no interior despovoado de Loulé
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Pré-escolar itinerante resiste no interior despovoado de Loulé
O ensino pré-escolar itinerante ainda persiste no interior do concelho de Loulé, para permitir que, com menores deslocações, as crianças ali residentes possam ter acesso às mesmas oportunidades de ensino que as crianças de meios urbanos.
Numa pequena sala contígua à sala do primeiro ciclo da escola da Cortelha, freguesia de Salir, a educadora Carla Caseirito aproveita a chegada da primavera para “trabalhar” a composição das flores com os seus seis alunos.
Enquanto seguem para o recreio, Carla Caseirito explica à Lusa que alguns dos alunos, com idades entre os 3 e os 5 anos, chegam a fazer 48 quilómetros diários para chegar à escola.
“Se não fosse este tipo de ensino, estas crianças não tinham qualquer contacto com a escola, neste caso com o pré-escolar, e o seu sucesso educativo ia ser reduzido”, alerta Carla Caseirito, sublinhando que a socialização com outras crianças e as rotinas diárias ajudam ao desenvolvimento.
Sem o pré-escolar itinerante, aquelas crianças de tenra idade teriam de fazer percursos muito maiores para chegar às escolas que têm o pré-escolar normal ou não o frequentariam, permanecendo com os seus familiares até à entrada no primeiro ciclo.
Estes são alguns dos argumentos que o agrupamento escolar vertical Padre João Cabanita tem apresentado, anualmente, para conseguir a manutenção desta modalidade itinerante que leva a educadora Carla Caseirito a dar aulas nas freguesias rurais da Cortelha e do Ameixial.
“No nosso território já encerrámos [escolas] quando entendemos que tínhamos uma oferta melhor do que a que existia antes. Por isso, esta oferta se foi mantendo, porque não vislumbramos outra que consiga dar melhor resposta”, explica o diretor do agrupamento escolar, Jacinto Colaço.
No concelho de Loulé, este ensino itinerante existe desde 1994. A educadora Rosa Martins foi uma das primeiras a levar esta modalidade educativa àquela zona, onde então tinha cerca de 22 alunos.
“Para estas populações, tendo em conta o número reduzido de crianças que há em cada localidade, é a alternativa possível”, conta, defendendo a promoção do contacto com as raízes culturais de origem e a integração progressiva em ambientes escolares com mais alunos.
A Câmara de Loulé e as juntas de freguesia são parceiras do agrupamento escolar nesta iniciativa, dando apoio na manutenção dos equipamentos escolares e nas deslocações das crianças.
“A Junta de Freguesia estará sempre ao lado, porque, embora sejam poucos, é uma forma de ir mantendo aquela chama de que, possivelmente, poderemos ainda continuar a ter a escola primária”, disse o presidente da Junta do Ameixial, Abílio Sousa.
A freguesia, fronteiriça com o Alentejo, tem atualmente cerca de 300 habitantes, 70% dos quais já idosos, tendo as gerações mais novas rumado ao litoral em busca de trabalho e melhores condições de vida. Com eles, levaram os filhos.
Reabrir a escola primária da freguesia é um desejo da população, que Abílio Sousa espera concretizar, com a implementação de uma estratégia de criação de postos de trabalho que arrancou com a construção e funcionamento do lar de terceira idade.
Na mira, tem ainda a abertura de um ninho de empresas e a aposta no turismo de natureza.
Diário Digital com Lusa
07:31
Diário Digital
Numa pequena sala contígua à sala do primeiro ciclo da escola da Cortelha, freguesia de Salir, a educadora Carla Caseirito aproveita a chegada da primavera para “trabalhar” a composição das flores com os seus seis alunos.
Enquanto seguem para o recreio, Carla Caseirito explica à Lusa que alguns dos alunos, com idades entre os 3 e os 5 anos, chegam a fazer 48 quilómetros diários para chegar à escola.
“Se não fosse este tipo de ensino, estas crianças não tinham qualquer contacto com a escola, neste caso com o pré-escolar, e o seu sucesso educativo ia ser reduzido”, alerta Carla Caseirito, sublinhando que a socialização com outras crianças e as rotinas diárias ajudam ao desenvolvimento.
Sem o pré-escolar itinerante, aquelas crianças de tenra idade teriam de fazer percursos muito maiores para chegar às escolas que têm o pré-escolar normal ou não o frequentariam, permanecendo com os seus familiares até à entrada no primeiro ciclo.
Estes são alguns dos argumentos que o agrupamento escolar vertical Padre João Cabanita tem apresentado, anualmente, para conseguir a manutenção desta modalidade itinerante que leva a educadora Carla Caseirito a dar aulas nas freguesias rurais da Cortelha e do Ameixial.
“No nosso território já encerrámos [escolas] quando entendemos que tínhamos uma oferta melhor do que a que existia antes. Por isso, esta oferta se foi mantendo, porque não vislumbramos outra que consiga dar melhor resposta”, explica o diretor do agrupamento escolar, Jacinto Colaço.
No concelho de Loulé, este ensino itinerante existe desde 1994. A educadora Rosa Martins foi uma das primeiras a levar esta modalidade educativa àquela zona, onde então tinha cerca de 22 alunos.
“Para estas populações, tendo em conta o número reduzido de crianças que há em cada localidade, é a alternativa possível”, conta, defendendo a promoção do contacto com as raízes culturais de origem e a integração progressiva em ambientes escolares com mais alunos.
A Câmara de Loulé e as juntas de freguesia são parceiras do agrupamento escolar nesta iniciativa, dando apoio na manutenção dos equipamentos escolares e nas deslocações das crianças.
“A Junta de Freguesia estará sempre ao lado, porque, embora sejam poucos, é uma forma de ir mantendo aquela chama de que, possivelmente, poderemos ainda continuar a ter a escola primária”, disse o presidente da Junta do Ameixial, Abílio Sousa.
A freguesia, fronteiriça com o Alentejo, tem atualmente cerca de 300 habitantes, 70% dos quais já idosos, tendo as gerações mais novas rumado ao litoral em busca de trabalho e melhores condições de vida. Com eles, levaram os filhos.
Reabrir a escola primária da freguesia é um desejo da população, que Abílio Sousa espera concretizar, com a implementação de uma estratégia de criação de postos de trabalho que arrancou com a construção e funcionamento do lar de terceira idade.
Na mira, tem ainda a abertura de um ninho de empresas e a aposta no turismo de natureza.
Diário Digital com Lusa
07:31
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