Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 64 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 64 visitantes Nenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Tejo adiado
Página 1 de 1
Tejo adiado
A relação de Lisboa com o rio é uma questão antiga. Tão antiga quanto a existência da cidade que nasceu por causa do rio e se expandiu para junto do rio. A opinião de António Prôa, vereador da CML, que termina: "Lisboa precisa do Tejo".
O Tejo foi “estrada”, depois meio de vários recursos, mas também depósito de lixo. Ainda assim, o Tejo manteve-se “disponível” para relações mais intensas ou mais distantes, mais nobres ou mais sujas. A revolução industrial e o crescimento da cidade para o norte afastaram Lisboa do Tejo. A expressão “Lisboa de costas voltadas para o rio” correspondeu a uma imagem muito realista.
A redescoberta do rio pela cidade é relativamente recente. Primeiro começaram os discursos e as intenções. Depois o empenho de aproximação da cidade ao rio com a necessidade de ultrapassar uma barreira constituída pela área de jurisdição do Porto de Lisboa quase toda vedada ao acesso dos lisboetas. Atualmente encontra-se reposta a normalidade na gestão do território com a Administração do Porto de Lisboa apenas com jurisdição sobre as áreas de actividade portuária e as demais devolvidas à gestão do município.
À parte da discussão sobre a permanência de alguma da atividade portuária em algumas zonas está adquirido que a zona ribeirinha da cidade deve ser de usufruto dos lisboetas.
Encontramo-nos agora na fase de dar uso a toda a zona ribeirinha e ao rio. Neste momento é consensual a ideia de promoção da relação da cidade e dos lisboetas com o rio. No entanto ainda há muito mais intenções que concretizações.
A Câmara Municipal de Lisboa tem agora um papel decisivo na promoção da ligação da cidade ao rio. Mas a assunção desse papel ainda está por corporizar. O Tejo deve ser um elemento estratégico central para o desenvolvimento de Lisboa.
Infelizmente, a mais significativa intervenção junto ao rio tem sido com novas construções. É importante não cair na tentação de ocupar a zona ribeirinha com novas edificações que constituam nova barreira entre Lisboa e o Tejo. Se há casos de novas edificações que pelo seu uso ou pela sua qualidade arquitectónica valorizam a zona ribeirinha e promovem a relação com o rio, outras há que constituem meros atos de oportunismo urbanístico que devem ser evitados.
Lisboa precisa, mais do que gestos bem-intencionados mas demasiado tímidos, de apostar em acções concretas que promovam a relação dos lisboetas com o rio.
A relação das escolas da cidade com o rio continua a ser demasiado limitada. O fomento à prática de desportos náuticos é escasso. O apoio à realização de atividades náuticas é incipiente. Do ponto de vista cultural, a história da relação da cidade com o rio está por divulgar e a promoção das tradições náuticas é quase inexistente.
Por outro lado, o potencial económico e turístico do rio tarda em ser desenvolvido. É uma ironia que numa cidade com o Tejo aos pés o transporte fluvial esteja quase em vias de extinção e que do ponto de vista turístico as ofertas estejam tão limitadas.
Lisboa precisa de um Plano Estratégico para o Tejo que aborde e desenvolva as questões históricas e culturais, os aspetos urbanísticos, os equipamentos, as atividades económicas e turísticas e as atividades desportivas. Lisboa precisa do Tejo.
António Prôa,
Vereador na Câmara Municipal de Lisboa
Publicado em: 27/04/2016 - 15:16:25
OJE.pt
Tópicos semelhantes
» Os investimentos portuários fluviais em Sado e Tejo podar causar o problema para a reserva ecológica da Península de Setúbal (Sado e Tejo)
» Além-Tejo
» Aplicação do acordo de livre-comércio com a UE adiado para o final de 2015
» Além-Tejo
» Aplicação do acordo de livre-comércio com a UE adiado para o final de 2015
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin