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A Europa connosco
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A Europa connosco
Celebramos hoje o Dia da Europa e fazemo-lo tendo como referência a histórica declaração de 1950 de Robert Schuman, a qual abriu caminho ao processo de integração europeia, materializando o que no passado fora concebido como uma utopia.
Nesse já distante dia - tão afastado de nós que poucos têm memória da dura realidade das guerras intraeuropeias - Schuman disse: "A Europa não se fará de um golpe". De facto, a União Europeia é um projeto em permanente construção e diálogo.
Portugal, que aderiu em 1986, participa há 30 anos neste projeto comum. A Europa é hoje parte integrante de nós e da nossa identidade democrática. Podemos, aliás, vê-la na solidez das nossas instituições, no progresso económico e social notável ou mesmo no desenvolvimento científico e cultural verificado neste período. Sem dúvida a Europa está connosco. Mas nós também estamos com a Europa.
Durante estas três décadas pudemos participar ativamente em importantes marcos da construção europeia: a celebração do Ato Único, logo em 1986, o Tratado de Maastricht, a criação do Espaço Schengen, a moeda única e o regresso à Europa dos países de Leste. Para além disto, o nome de Lisboa consta hoje no documento fundamental que rege a vida da União Europeia, o Tratado de Lisboa.
Connosco levámos para a Europa uma cultura única e uma língua global, um país com vocação universal. Foi com as nossas presidências do Conselho da União Europeia que se realizaram as cimeiras UE-África e as primeiras cimeiras UE-Índia e UE-Brasil, marcos que simbolizam o nosso empenho contínuo na aproximação política, económica e cultural da Europa a outros espaços.
Portugal procurou assim estar no núcleo duro da integração europeia, confiante tanto nos seus valores como nos seus benefícios. E, pelo nosso perfil, assumimo-nos como um país com capacidade para facilitar e estabelecer o diálogo, procurando o compromisso em detrimento do unilateralismo.
Este perfil é ainda mais importante agora, porque nunca como hoje foram tão diversos os desafios à solidez da União Europeia. Assistimos àquilo a que se pode chamar a tempestade perfeita: a crise migratória, os refugiados, a persistência de economias anémicas, o terrorismo, o ressurgimento dos nacionalismos ou mesmo a incerteza da permanência do Reino Unido na casa comum europeia.
Portugal tem aqui a oportunidade e o dever de contribuir para a resolução de todas estas questões, sem perder a visão de longo prazo. Orientados pelos princípios da solidariedade e da coesão, temos procurado contribuir positivamente para essas soluções, cooperando com os Estados-membros e com e nas instituições europeias. Defendendo o interesse nacional, sem dúvida, promovendo simultaneamente o interesse europeu.
Como disse Mário Soares: "Nos oitos séculos da sua história, Portugal conheceu épocas semelhantes àquela que hoje vivemos - épocas em que um desafio nacional inelutável foi capaz de galvanizar a nação. É disso que se trata hoje, de novo, quando já não há novos mundos a descobrir, mas sim homens e condições de vida a transformar e melhorar". A Europa está connosco e a Europa pode contar com Portugal.
SECRETÁRIA DE ESTADO DOS ASSUNTOS EUROPEUS
MARGARIDA MARQUES
09 Maio 2016 às 00:02
Jornal de Notícias
Nesse já distante dia - tão afastado de nós que poucos têm memória da dura realidade das guerras intraeuropeias - Schuman disse: "A Europa não se fará de um golpe". De facto, a União Europeia é um projeto em permanente construção e diálogo.
Portugal, que aderiu em 1986, participa há 30 anos neste projeto comum. A Europa é hoje parte integrante de nós e da nossa identidade democrática. Podemos, aliás, vê-la na solidez das nossas instituições, no progresso económico e social notável ou mesmo no desenvolvimento científico e cultural verificado neste período. Sem dúvida a Europa está connosco. Mas nós também estamos com a Europa.
Durante estas três décadas pudemos participar ativamente em importantes marcos da construção europeia: a celebração do Ato Único, logo em 1986, o Tratado de Maastricht, a criação do Espaço Schengen, a moeda única e o regresso à Europa dos países de Leste. Para além disto, o nome de Lisboa consta hoje no documento fundamental que rege a vida da União Europeia, o Tratado de Lisboa.
Connosco levámos para a Europa uma cultura única e uma língua global, um país com vocação universal. Foi com as nossas presidências do Conselho da União Europeia que se realizaram as cimeiras UE-África e as primeiras cimeiras UE-Índia e UE-Brasil, marcos que simbolizam o nosso empenho contínuo na aproximação política, económica e cultural da Europa a outros espaços.
Portugal procurou assim estar no núcleo duro da integração europeia, confiante tanto nos seus valores como nos seus benefícios. E, pelo nosso perfil, assumimo-nos como um país com capacidade para facilitar e estabelecer o diálogo, procurando o compromisso em detrimento do unilateralismo.
Este perfil é ainda mais importante agora, porque nunca como hoje foram tão diversos os desafios à solidez da União Europeia. Assistimos àquilo a que se pode chamar a tempestade perfeita: a crise migratória, os refugiados, a persistência de economias anémicas, o terrorismo, o ressurgimento dos nacionalismos ou mesmo a incerteza da permanência do Reino Unido na casa comum europeia.
Portugal tem aqui a oportunidade e o dever de contribuir para a resolução de todas estas questões, sem perder a visão de longo prazo. Orientados pelos princípios da solidariedade e da coesão, temos procurado contribuir positivamente para essas soluções, cooperando com os Estados-membros e com e nas instituições europeias. Defendendo o interesse nacional, sem dúvida, promovendo simultaneamente o interesse europeu.
Como disse Mário Soares: "Nos oitos séculos da sua história, Portugal conheceu épocas semelhantes àquela que hoje vivemos - épocas em que um desafio nacional inelutável foi capaz de galvanizar a nação. É disso que se trata hoje, de novo, quando já não há novos mundos a descobrir, mas sim homens e condições de vida a transformar e melhorar". A Europa está connosco e a Europa pode contar com Portugal.
SECRETÁRIA DE ESTADO DOS ASSUNTOS EUROPEUS
MARGARIDA MARQUES
09 Maio 2016 às 00:02
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