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Em obras
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Em obras
Estas obras foram "a pior coisa que podia ter acontecido". Clientes de sempre "desapareceram das lojas", foi um "prejuízo louco", e ainda por cima "estragaram isto tudo". Apesar de poderem ter sido ditas ontem, as frases não são reações ao estaleiro em que Lisboa se tornou nos últimos dias - e que continuará durante meses a despejar-nos pó em cima e a obrigar carros e peões a gincanas criativas para se deslocarem na cidade. Por estranho que nos pareça hoje, oito anos decorridos sobre a obra maldita - que se revelou extraordinariamente útil para escoar o trânsito -, os testemunhos referiam-se aos problemas criados pela construção do túnel do Marquês. Ontem, ao fim da tarde, o buzinão contra as ruas postas em pantanas por Fernando Medina traduzia bem a frustração de quem não tem alternativa senão deslocar-se de carro pela cidade. Quando tudo estiver pronto e arranjado, é bem provável que reconheçamos mérito à obra e fiquemos a gostar um bocadinho mais de Lisboa. Vamos ter mais zonas verdes, mais espaço para as bicicletas, mais esplanadas - esperemos que com horários mais generosos do que os atuais, com fecho previsto para a meia-noite. Mas há aqui uma questão de fundo: era preciso ser tudo feito ao mesmo tempo? Pesou-se devidamente os efeitos de ter Lisboa fechada para obras durante pelo menos nove meses? Não são só os lisboetas e quem não vive mas trabalha aqui a sofrer. Bem mais difícil será explicar as virtudes a longo prazo do projeto de Medina aos turistas que cada vez mais escolhiam Lisboa como destino - no ano passado foram mais 12 mil, com a ocupação dos alojamentos acima dos 70% e que deixaram 67 milhões de euros na cidade. É preciso evitar que fujam daqui a sete pés. Dentro de um ano, podemos ter uma cidade mais bonita, que nos dê vontade de a viver mais profundamente. Resta saber se e como aguentamos até lá.
Editorial
11 DE MAIO DE 2016
00:01
Joana Petiz
Diário de Notícias
Editorial
11 DE MAIO DE 2016
00:01
Joana Petiz
Diário de Notícias
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