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O erro nas empresas
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O erro nas empresas
Errar faz parte da aprendizagem, mas mesmo quem já aprendeu, erra de vez em quando. Mas como se gere e reage ao erro dos outros? A opinião de Renato Paiva.
Os trabalhadores de qualquer empresa necessitam de uma constante aprendizagem. Aprender novos processos, novas técnicas, novos materiais. Essa aprendizagem nem sempre é simples, imediata e de sucesso. Errar faz parte da aprendizagem, mas mesmo quem já aprendeu, erra de vez em quando. Mas como se gere e reage ao erro dos outros?
A investigação já constatou que, quando aprendemos com medo, a aprendizagem não se torna tão significativa. O relacionamento humano mobiliza pouca ação para situações que nos condicionam por medo. Não só por medo de falhar mas por medo das consequências. Ser despromovido, ser dispensado, ser despedido é o que faz levantar da cama empregados que apenas vão trabalhar. É preciso mais. É necessário envolvimento. É necessário não apenas sentir prazer no trabalho que se desempenha, mas sentir-se envolvido num propósito. Fazer sentir-se parte de algo, é um aliado potenciador para o compromisso, mas sobretudo o mote para um trabalhador dar mais de si.
A postura de um chefe é bem diferente da postura de um líder. Não será novidade. Mas, apesar de não ser novidade, será uma realidade encontrarmos líderes nas empresas ou ainda os chefes à moda antiga? O tempo de chefes ditadores, intransigentes, pouco tolerantes, com ar permanentemente superior, que criticam mais do que incentivam, que ameaçam e fazem trabalhar por medo, já entrou em acentuado declínio.
Errar faz parte da condição humana, e todos erram, desde os altos cargos de chefia aos funcionários menos experientes. Desde cedo, socialmente, incutem-nos a perceção que o erro é mau. Cremos que o erro tem uma componente negativa associada, e essa crença impede que a organização aprenda com os erros cometidos. A sabedoria de aprender com os erros é indiscutível. Há contudo empresas que fazem isso bem, mas são raras. Não pelo facto de não quererem ajudar quem errou, mas por o fazerem de uma forma errada.
A maioria dos executivos considera que errar é mau (é claro!). Consideram ainda que aprender com o erro é simples.
Basta pedir para que se reflita sobre o que se fez de errado e não voltar a fazer de forma a evitar os mesmos erros no futuro. Ou, em alguns casos, decidem partilhar o erro com todos os colaboradores para que esse erro não seja cometido por mais ninguém. É um equívoco considerar esta estratégia potenciadora de uma aprendizagem eficaz.
É pertinente considerar que o erro nem sempre é mau, muitas vezes pelo contrário é até bom. Depois é igualmente importante considerar que aprender com o erro é tudo menos simples. Importa abandonar crenças e noções estereotipadas sobre o sucesso e abraçar as aprendizagens pelo fracasso. Para a maioria das pessoas, o erro e a culpa são inseparáveis. A certa altura parece que aprendemos que admitir um erro significa pagar por ele. Por isso é que se torna difícil admitir o benefício de aprender com o erro.
Parece intuitivo que, se as pessoas não pagarem pelos erros que cometem, como se consegue garantir que irão dar o melhor de si, para que esses erros não voltem a ocorrer? Isto consegue-se pelo envolvimento num propósito. Por sentir que esse erro não apenas prejudica o próprio mas uma organização em que se insere, no qual se amparam erros uns dos outros, que sempre irão ocorrer. Quando se enraízam espíritos de equipa verdadeiramente de um por todos e todos por um.
Quando se aborda a questão dos erros com os executivos e se pede para fazerem uma estimativa dos erros realmente graves, a resposta geralmente e inferior a 10%. 2% a 5% é o comum. Contudo quando a questão se coloca em termos de quantos erros são tratados como graves, as respostas já disparam para valores entre os 70% e os 90%. O modo como se age com o erro pode ser culpabilizador ou encorajador. É certo que, quanto menos se errar melhor, mas também é certo que o erro vai ocorrer, e neste âmbito, quanto mais cedo melhor. Mais cedo se aprende e evolui. Quem detetar, corrigir e aprender com o erro antes dos outros irá triunfar. Já quem se dedicar à atribuição de culpas não.
Por Renato Paiva,
Diretor da Clínica da Educação e da Academia wowstudy
Publicado em: 17/05/2016 - 12:40:37
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