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Segredos a preço de saldo
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Segredos a preço de saldo
A notícia, nos tempos que correm, surpreende por dois fatores fundamentais: por não estarmos em tempo de Guerra Fria e por a Rússia estar interessada em supostos segredos portugueses.
Atendendo à informação disponibilizada, cada um dos segredos que o espião português vendia aos russos valeria 10 mil euros. Se à primeira vista parece uma verba simpática, olhando ao preço dos golos da segunda divisão portuguesa de futebol, então podemos concluir que os nossos segredos estão a preço de saldo. Afinal, por cada golo que deixavam entrar, os jogadores envolvidos no esquema de corrupção de jogos combinados receberiam 7500 euros.
Um dos dados curiosos da detenção do espião português é que a operação começou há quase um ano, tendo sido ainda Pedro Passos Coelho a permitir o levantamento do segredo de Estado que possibilitou agora a detenção do homem do SIS em Roma, quando vendia os segredos aos russos. Será que o espião vendeu muitos segredos?
No tempo da Guerra Fria era comum os soviéticos procurarem comprar militares portugueses que estivessem envolvidos com a NATO e possuíssem documentos que revelassem segredos das forças atlânticas. Os americanos, por seu lado, faziam o mesmo com os funcionários do Bloco do Leste. Há filmes que retratam de uma forma espantosa esse ambiente, fazendo do agente secreto mais famoso do mundo um mero aprendiz de feiticeiro ou de comediante. Mas é um facto que James Bond, de certa forma, se esquecermos as partes romanceadas, retratava esse universo fantástico dos espiões.
O tal universo que envolve muitas embaixadas, que esconde sob o seu manto milhares de espiões e onde, muitas vezes, altos funcionários se esquecem que os telefones não são confiáveis e revelam conversas pouco simpáticas para os países onde estão inseridos. Não se trata de espionagem pura e dura, mas quando alguém de uma embaixada comenta que o ministro X ou Y desse país gasta o seu dinheiro em determinados negócios, muitas vezes acaba por receber guia de marcha. A espionagem revela-se de muitas formas...
24/05/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
Atendendo à informação disponibilizada, cada um dos segredos que o espião português vendia aos russos valeria 10 mil euros. Se à primeira vista parece uma verba simpática, olhando ao preço dos golos da segunda divisão portuguesa de futebol, então podemos concluir que os nossos segredos estão a preço de saldo. Afinal, por cada golo que deixavam entrar, os jogadores envolvidos no esquema de corrupção de jogos combinados receberiam 7500 euros.
Um dos dados curiosos da detenção do espião português é que a operação começou há quase um ano, tendo sido ainda Pedro Passos Coelho a permitir o levantamento do segredo de Estado que possibilitou agora a detenção do homem do SIS em Roma, quando vendia os segredos aos russos. Será que o espião vendeu muitos segredos?
No tempo da Guerra Fria era comum os soviéticos procurarem comprar militares portugueses que estivessem envolvidos com a NATO e possuíssem documentos que revelassem segredos das forças atlânticas. Os americanos, por seu lado, faziam o mesmo com os funcionários do Bloco do Leste. Há filmes que retratam de uma forma espantosa esse ambiente, fazendo do agente secreto mais famoso do mundo um mero aprendiz de feiticeiro ou de comediante. Mas é um facto que James Bond, de certa forma, se esquecermos as partes romanceadas, retratava esse universo fantástico dos espiões.
O tal universo que envolve muitas embaixadas, que esconde sob o seu manto milhares de espiões e onde, muitas vezes, altos funcionários se esquecem que os telefones não são confiáveis e revelam conversas pouco simpáticas para os países onde estão inseridos. Não se trata de espionagem pura e dura, mas quando alguém de uma embaixada comenta que o ministro X ou Y desse país gasta o seu dinheiro em determinados negócios, muitas vezes acaba por receber guia de marcha. A espionagem revela-se de muitas formas...
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