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O nosso espião, o russo dele e o Facebook de todos
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O nosso espião, o russo dele e o Facebook de todos
Pode faltar-nos tudo - dizia Millôr Fernandes sobre o Brasil -, dinheiro, saúde e emprego, mas assunto é que não... Pois, também a nós já começa a não nos faltar assunto. Antes, abrir um jornal era a mesmice política ou tricas de futebol. Agora, até parece sermos um país digno de enredo: Bourbons que se juntam a bruxos da Areosa, sequestros e bidões de ácido para fazer desaparecer corpos. Por este andar ainda vamos ter um filme nacional com detetives, loiras platinadas e bandidos a sério. Estávamos com essas promessas e, ontem, tudo se confirmou. Deixem-me dizê-lo sem os alegados e talvez que tiram exaltação às notícias, em bruto, pois: um espião português foi apanhado a passar segredos a um espião russo. Em Roma. Até aqui, os únicos segredos que vendemos bem, os dos pastorinhos, foi exatamente ali ao lado, na cidade do Vaticano. Voltámos, pois, ao local do crime e com um espião russo! Ainda há semanas, com o arquivo Mitrokhin, o Expresso quis reanimar o KGB, mas aquilo cheirava a naftalina. Agora, é fresquíssimo. O nosso espião até tem Facebook, com páginas que não teve tempo de apagar quando foi ali ao café, ao lado do Tibre, levar segredos. Deixou-nos um, aliás. No mês passado, ele escreveu um post, com foto sua e nome, e esta mensagem para si próprio: "O que está escrito nas estrelas? Dia 15 de abril: serás promovido." Se calhar, não foi, e teve de arredondar os fins de mês de outra forma.
24 DE MAIO DE 2016
00:04
Ferreira Fernandes
24 DE MAIO DE 2016
00:04
Ferreira Fernandes
O senhor Putin precisa de espiões portugueses?
Estava a cair no pecado da melancolia, conformado em alinhar aqui umas sentenças sobre a empatia ideológica revelada nas camisolas amarelas vestidas pelos donos dos colégios: ao socorrerem-se da mesma côr da farda ultramediatizada dos manifestantes brasileiros anti Dilma e anti Lula para, em Portugal, protestarem contra António Costa e o fim de alguns contratos de associação com o Estado, eles estão a subliminar-nos uma mensagem. Qual? Esta: "é preciso arriar a esquerda do poder, como foi feito no Brasil". Não é assim?... Pois olhem que se não é parece e, em política, o que parece é.
Pedro Passos Coelho e os apoiantes ou mentores políticos do movimento já deveriam sentir-se embaraçados por começar um combate sustentado na defesa de um negócio particular que só é viável se for pago pelos impostos. Do embaraço deveriam evoluir para o estágio da vergonha por, dessa trapalhada sem sentido, e a cantar o hino nacional com crianças no coro, se partir para a promessa de, contra a geringonça, marchar!, marchar! .
Associar estas pessoas aos milhões de brasileiros indignados com a corrupção no país, cujo protesto continuado resultou, afinal, na entrada da raposa no galinheiro, transformando hordas no maior grupo de idiotas úteis do século XXI, só me pode causar uma profunda tristeza: também por cá, cinicamente, manipulam-se os corações. A política tuga fede e este texto vai sofrer, claro, com isso!...
Mas, surpresa, a alegria volta! O noticiário de fim de tarde salva-me da angústia. Um espião português foi preso em Itália a tentar passar documentos "top secret" aos serviços de informação russos... A secreta italiana, diz a notícia, ajudou a polícia portuguesa a apanhar o homem, não sei a troco de quê.
E onde está a graça? Bem, quando as revelações em tribunal do superespião Silva Carvalho mostram o mundo de incompetência, cupidez, irresponsabilidade, abuso legal e sacanice serem cimento e tijolo do edifício dos serviços de informações nacionais; quando deixou de ser segredo a espionagem lusa servir mais o interesse dos amigos do poder financeiro do que os interesses estratégicos do Estado; quando passou a ser rotina vermos reveladas listas com nomes de funcionários das secretas e constatamos a ilegalidade dos seus manuais de procedimentos; quando já se percebeu que eles não são mesmo capazes de guardar um segredo (algum português consegue?...); quando já se sabe que o que interessa aos russos, o que é mesmo segredo a sério, está guardado na NATO, onde os espiões tugas não metem o bedelho; qual a conclusão a tirar? Esta: Vladimir Putin só podia estar a comprar a única coisa que Portugal esconde ao mundo e lhe poderia, talvez, interessar: o segredo das escolas privadas pagas pelos contribuintes.
24 DE MAIO DE 2016
00:05
Pedro Tadeu
Diário de Notícias
Pedro Passos Coelho e os apoiantes ou mentores políticos do movimento já deveriam sentir-se embaraçados por começar um combate sustentado na defesa de um negócio particular que só é viável se for pago pelos impostos. Do embaraço deveriam evoluir para o estágio da vergonha por, dessa trapalhada sem sentido, e a cantar o hino nacional com crianças no coro, se partir para a promessa de, contra a geringonça, marchar!, marchar! .
Associar estas pessoas aos milhões de brasileiros indignados com a corrupção no país, cujo protesto continuado resultou, afinal, na entrada da raposa no galinheiro, transformando hordas no maior grupo de idiotas úteis do século XXI, só me pode causar uma profunda tristeza: também por cá, cinicamente, manipulam-se os corações. A política tuga fede e este texto vai sofrer, claro, com isso!...
Mas, surpresa, a alegria volta! O noticiário de fim de tarde salva-me da angústia. Um espião português foi preso em Itália a tentar passar documentos "top secret" aos serviços de informação russos... A secreta italiana, diz a notícia, ajudou a polícia portuguesa a apanhar o homem, não sei a troco de quê.
E onde está a graça? Bem, quando as revelações em tribunal do superespião Silva Carvalho mostram o mundo de incompetência, cupidez, irresponsabilidade, abuso legal e sacanice serem cimento e tijolo do edifício dos serviços de informações nacionais; quando deixou de ser segredo a espionagem lusa servir mais o interesse dos amigos do poder financeiro do que os interesses estratégicos do Estado; quando passou a ser rotina vermos reveladas listas com nomes de funcionários das secretas e constatamos a ilegalidade dos seus manuais de procedimentos; quando já se percebeu que eles não são mesmo capazes de guardar um segredo (algum português consegue?...); quando já se sabe que o que interessa aos russos, o que é mesmo segredo a sério, está guardado na NATO, onde os espiões tugas não metem o bedelho; qual a conclusão a tirar? Esta: Vladimir Putin só podia estar a comprar a única coisa que Portugal esconde ao mundo e lhe poderia, talvez, interessar: o segredo das escolas privadas pagas pelos contribuintes.
24 DE MAIO DE 2016
00:05
Pedro Tadeu
Diário de Notícias
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