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Sanha coletivista
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Sanha coletivista
Vital Moreira transformou os contratos de associação numa "deferência governamental" que os colégios deveriam agradecer e classificou a defesa do ensino particular e cooperativo como manifestação da "direita dos interesses", reflexo da "hipocrisia na arte de capturar e saquear o Estado em proveito privado". Disse-o, despudoradamente, num artigo de opinião.
1. Falará de cátedra. A seu tempo, foi Vital Moreira quem, adulto e imputável, se empenhou com diligência comunista na defesa política das nacionalizações, da reforma agrária, dos saneamentos e das ocupações de propriedades e empresas, pecaminosas por serem privadas. Os diários das sessões parlamentares guardam os registos desse esforço. O saque à iniciativa privada em proveito do Estado coletivista, esse sim, custou muito caro a Portugal. 40 anos depois, o preconceito ideológico voltou ao poder, pela mão do PS que lhe servira de fronteira.
2. Mostra-se ingrato. Houve gerações de portugueses - encontrará muitos no PS - que estudaram porque o ensino particular e cooperativo esteve onde o Estado faltou, por impossibilidade ou vontade. Os contratos de associação democratizaram o ensino e tornaram acessíveis às famílias com poucos recursos colégios que antes só estavam ao alcance dos ricos. Liberdade de escolha, doravante, só para quem possa pagar. Mas diz-se socialista, um Governo que exclui assim, quem menos tem.
3. Silencia a "grande festa". Foi como Maria de Lurdes Rodrigues definiu as obras da Parque Escolar. Nelas, podemos ver o "rigor" - chavão da moda no léxico das esquerdas - com que os socialistas, em nome do tal Estado e sob pretexto da escola pública, tratam os impostos dos contribuintes. Mais de 1000 milhões de euros de dívida que só ficará saldada em 2030, numa derrapagem superior a 400% em relação aos valores orçamentados, usados para compra de candeeiros de Siza Vieira, equipamentos improváveis e sistemas de ventilação e ar condicionado desligados por falta de recursos. O melhor que o PS conseguiu na defesa absurda da prodigalidade despesista foi ter Gabriela Canavilhas no Parlamento a acusar o PSD e o CDS de quererem "nivelar por baixo", por fazerem contas. Facto extraordinário, Vital Moreira não vislumbrou a propósito saque, em proveito de ninguém.
4. Escolher a melhor educação para os filhos, sem maior custo para o Estado, numa escola pública ou privada, é uma obrigação parental e é uma afirmação de liberdade. Impor às famílias a inevitabilidade da oferta do Estado, por muito má que em alguns casos seja, resulta absolutamente estúpido.
Nuno Melo
26 Maio 2016 às 00:03
Jornal de Notícias
1. Falará de cátedra. A seu tempo, foi Vital Moreira quem, adulto e imputável, se empenhou com diligência comunista na defesa política das nacionalizações, da reforma agrária, dos saneamentos e das ocupações de propriedades e empresas, pecaminosas por serem privadas. Os diários das sessões parlamentares guardam os registos desse esforço. O saque à iniciativa privada em proveito do Estado coletivista, esse sim, custou muito caro a Portugal. 40 anos depois, o preconceito ideológico voltou ao poder, pela mão do PS que lhe servira de fronteira.
2. Mostra-se ingrato. Houve gerações de portugueses - encontrará muitos no PS - que estudaram porque o ensino particular e cooperativo esteve onde o Estado faltou, por impossibilidade ou vontade. Os contratos de associação democratizaram o ensino e tornaram acessíveis às famílias com poucos recursos colégios que antes só estavam ao alcance dos ricos. Liberdade de escolha, doravante, só para quem possa pagar. Mas diz-se socialista, um Governo que exclui assim, quem menos tem.
3. Silencia a "grande festa". Foi como Maria de Lurdes Rodrigues definiu as obras da Parque Escolar. Nelas, podemos ver o "rigor" - chavão da moda no léxico das esquerdas - com que os socialistas, em nome do tal Estado e sob pretexto da escola pública, tratam os impostos dos contribuintes. Mais de 1000 milhões de euros de dívida que só ficará saldada em 2030, numa derrapagem superior a 400% em relação aos valores orçamentados, usados para compra de candeeiros de Siza Vieira, equipamentos improváveis e sistemas de ventilação e ar condicionado desligados por falta de recursos. O melhor que o PS conseguiu na defesa absurda da prodigalidade despesista foi ter Gabriela Canavilhas no Parlamento a acusar o PSD e o CDS de quererem "nivelar por baixo", por fazerem contas. Facto extraordinário, Vital Moreira não vislumbrou a propósito saque, em proveito de ninguém.
4. Escolher a melhor educação para os filhos, sem maior custo para o Estado, numa escola pública ou privada, é uma obrigação parental e é uma afirmação de liberdade. Impor às famílias a inevitabilidade da oferta do Estado, por muito má que em alguns casos seja, resulta absolutamente estúpido.
Nuno Melo
26 Maio 2016 às 00:03
Jornal de Notícias
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