Diferendo entre estivadores e operadores: presumível acordo previa paz social durante 6 anos

O 'Diário Económico' divulgou, no passado dia 25 de Maio, ter tido acesso à versão final do documento do acordo entre estivadores e operadores portuários, que, apesar de desenhado, nunca chegou a consagrar qualquer entendimento entre as partes. O diário online afirma que o acordo, que esteve em vias de ser assinado há uma semana, continha uma cláusula que obrigava a uma ‘paz social’ sem convocação de greves por um período de seis anos.

Além dessa condição obrigatória, o acordo desenhado (que, segundo o Sindicato dos Estivadores, nunca chegou a ser rejeitado por não ter sido efectivamente negociado) previa que o Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul desconvocasse, no imediato, a greve em curso desde 20 de Abril (estendida através de sucessivos pré-avisos de greve). O fim das negociações deitou por terra o acordo entre a AOPL e a AOP e os estivadores para a materialização de um novo Contrato Colectivo de Trabalho.

O acordo continha também um compromisso relacionado com a empresa de trabalho portuário Porlis, no qual os operadores portuários se comprometiam a encontrar uma solução que agradasse ao Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul - relembre-se que os estivadores contestam a existência desta empresa, e, segundo os últimos relatos obtidos pela imprensa, a extinção da Porlis é uma exigência feita pela plataforma sindical.

27/05/2016
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