Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 419 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 419 visitantes :: 2 motores de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Optimistas, mas conscientes
Página 1 de 1
Optimistas, mas conscientes
Rafael Marchante/Reuters
O primeiro-ministro garante-nos que ninguém fica pior por ser optimista. E tem razão: o optimismo não faz mal a ninguém. Mas o inverso também é válido: o optimismo, per si, não garante que fiquemos melhor. Sobretudo se esse optimismo for acompanhado de um aumento da despesa assente em previsões de crescimento económico irrealistas.
É que, independentemente do estado de espírito de cada português, a questão de fundo permanece: Portugal pode manter a actual trajectória de aumento do consumo público e privado, enquanto as exportações e o investimento continuam a cair? Podemos manter um modelo de crescimento económico com dois motores - procura interna e exportações - se um deles, como tudo indica, deixar de funcionar? Não corremos o risco de, a breve trecho, regressar aos desequilíbrios crónicos que, por mais do que uma vez, nos atiraram para os braços da 'troika'?
Evidentemente, ao actual Governo não pode ser imputada a responsabilidade pela descida das exportações. A crise de Angola, que recentemente passou a exportar para Portugal mais do que aquilo que importa, é o principal factor que condiciona a 'performance' das vendas portuguesas para o exterior. Tão pouco lhe pode ser imputada a quebra do investimento, apesar do impacto negativo que algumas alterações fiscais terão tido na atractividade do País aos olhos dos investidores estrangeiros.
A boa notícia é que, a fazer fé no que tem sido dito ao mais alto nível, o Governo está consciente que não vamos lá sem investimento e sem uma retoma sustentada das exportações. A má notícia é que, década e meia após a entrada no euro, continuamos em busca de uma estratégia eficaz para reforçar a competitividade da economia portuguesa. Pelo contrário, estamos a perder competitividade. Além disso, como demonstra a dependência excessiva face a Angola, as nossas empresas continuam a não diversificar suficientemente os seus mercados externos e o nosso quadro fiscal ainda não é suficientemente estável, previsível e amigo do investidor. Se o Governo e os partidos que o apoiam querem devolver rendimentos aos portugueses, terão de encontrar respostas para estes desafios. Sejamos, pois, optimistas, porque tristezas não pagam dívidas. Mas sejamos conscientes.
00:05 h
Filipe Alves, Director Interino
filipe.alves@economico.pt
Económico
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin