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Apre, que são chatos!
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Apre, que são chatos!
Há quem tenha razão antes do tempo, quem tenha razão depois do tempo e quem passe a vida coberto de razão. Depois, em todas estas categorias, há quem, cheiinho de razão, encolha os ombros quando não lha dão e parece que ninguém lhes liga e os chatos que continuam sempre a bater na mesma tecla o resto da vida, na esperança que um dia alguém os reconheça como donos da razão. Com a primavera finalmente a anunciar o verão que não tarda, eis aqui dois grandes chatos que ainda não perceberam que o "inverno" já acabou.
1. O chato da política
Na política portuguesa, mergulhada numa noite escura depois da confusão eleitoral que resultou das últimas eleições legislativas, a primavera começou no dia em que o prof. Marcelo se tornou presidente da República. Não é por plantar uma árvore que nasce a primavera, mas a morte dessa "andorinha" chamada Cavaco Silva veio por fim a dez anos de completo afastamento entre a maioria dos políticos e o seu, nosso, bom povo português. A alegria contagiante de Marcelo a provar a boa fruta portuguesa na Feira de Santarém, misturado com os foliões do Serralves em Festa ou aos beijos a qualquer vendedora de mercado que se ponha a jeito, tem posto o país a olhar para si e para os seus com outros olhos. Fino como um alho, António Costa tem trilhado os mesmos caminhos sempre que pode e adotado o mesmo estilo, sempre que o deixam. Fosse outra a tática e outro teria sido o impacto (a crispação, como se dizia no tempo de Cavaco) dos problemas com os estivadores do Porto de Lisboa e com os adeptos empresários e utentes dos colégios prejudicados com a nova política do Ministério da Educação. Enquanto o primeiro-ministro mantém um otimismo que irrita os seus adversários e o presidente irradia felicidade, Passos Coelho tornou-se o chato da política nacional. Com ele dá ideia que o sorriso também emigrou de vez e que a boa disposição está sujeita a algum imposto que a torna má companhia. Mesmo sabendo que muitas das coisas que diz com aquele ar sério de quem comeu alguma coisa e não gostou, são de uma verdade cristalina e nos entram pelos olhos dentro como punhais, não é menos verdade que já ninguém tem pachorra para aturar as queixinhas sobre o resultado desvirtuado das eleições, ou as constantes profecias de novos tempos de dureza, em face dos alargamentos do cinto que o Governo de António Costa tem promovido. Pedro Passos Coelho, cuja coragem, firmeza e rigor aqui elogiei bastas vezes, precisava de perceber que não está no momento de afirmar e repisar a sua razão do passado. Está no momento de tentar reinventar-se, para tentar poder voltar a ter razão no futuro. Ou dar lugar a outro. Já ninguém vai apostar num Passos do passado, que insiste em passar-se em cada dia que passa.
2. O chato do Carvalho
Saltando da política para o futebol, quem tem estado a "imitar" Passos Coelho é o presidente do Sporting, desde que, no início da época, lançou a "bomba" das caixas que o Benfica oferecia às equipas de arbitragem e que continham para além de uma camisola do Eusébio, vouchers para refeições num restaurante amigo ou patrocinador do Benfica. Há que reconhecer que esse momento vivido no "Prolongamento" da TVI 24 marcou inegavelmente o início e boa parte de época. Mas agora que o Sporting perdeu o campeonato, perdendo com o Benfica em Alvalade sem qualquer razão de queixa do árbitro desse jogo, continuar a insistir na mesma estória dos vouchers não é nem inteligente, nem eficiente. Lá está, tal como a estória de Passos Coelho do desvirtuamento das eleições, também esta rábula dos vouchers, por muita razão que lhe pudesse ter assistido (e por muita razão que possa ainda existir nos dias de hoje), neste momento são águas passadas e já nem os sportinguistas devem ter pachorra para aturar conversas deste jaez. O que os adeptos de todos os clubes querem saber nesta fase do campeonato é o que é que as direções dos seus clubes vão fazer, vão mexer, vão mudar, quem vão contratar, vão vender ou vão dispensar, em termos de equipa técnica e jogadores. Em boa verdade, porque mais do que insistir em vitórias morais, o que todos os adeptos derrotados querem é esquecer o passado e ter boas razoes para ter esperança num futuro melhor. No futebol... como na política.
*EMPRESÁRIO
MANUEL SERRÃO*
08 Junho 2016 às 00:11
1. O chato da política
Na política portuguesa, mergulhada numa noite escura depois da confusão eleitoral que resultou das últimas eleições legislativas, a primavera começou no dia em que o prof. Marcelo se tornou presidente da República. Não é por plantar uma árvore que nasce a primavera, mas a morte dessa "andorinha" chamada Cavaco Silva veio por fim a dez anos de completo afastamento entre a maioria dos políticos e o seu, nosso, bom povo português. A alegria contagiante de Marcelo a provar a boa fruta portuguesa na Feira de Santarém, misturado com os foliões do Serralves em Festa ou aos beijos a qualquer vendedora de mercado que se ponha a jeito, tem posto o país a olhar para si e para os seus com outros olhos. Fino como um alho, António Costa tem trilhado os mesmos caminhos sempre que pode e adotado o mesmo estilo, sempre que o deixam. Fosse outra a tática e outro teria sido o impacto (a crispação, como se dizia no tempo de Cavaco) dos problemas com os estivadores do Porto de Lisboa e com os adeptos empresários e utentes dos colégios prejudicados com a nova política do Ministério da Educação. Enquanto o primeiro-ministro mantém um otimismo que irrita os seus adversários e o presidente irradia felicidade, Passos Coelho tornou-se o chato da política nacional. Com ele dá ideia que o sorriso também emigrou de vez e que a boa disposição está sujeita a algum imposto que a torna má companhia. Mesmo sabendo que muitas das coisas que diz com aquele ar sério de quem comeu alguma coisa e não gostou, são de uma verdade cristalina e nos entram pelos olhos dentro como punhais, não é menos verdade que já ninguém tem pachorra para aturar as queixinhas sobre o resultado desvirtuado das eleições, ou as constantes profecias de novos tempos de dureza, em face dos alargamentos do cinto que o Governo de António Costa tem promovido. Pedro Passos Coelho, cuja coragem, firmeza e rigor aqui elogiei bastas vezes, precisava de perceber que não está no momento de afirmar e repisar a sua razão do passado. Está no momento de tentar reinventar-se, para tentar poder voltar a ter razão no futuro. Ou dar lugar a outro. Já ninguém vai apostar num Passos do passado, que insiste em passar-se em cada dia que passa.
2. O chato do Carvalho
Saltando da política para o futebol, quem tem estado a "imitar" Passos Coelho é o presidente do Sporting, desde que, no início da época, lançou a "bomba" das caixas que o Benfica oferecia às equipas de arbitragem e que continham para além de uma camisola do Eusébio, vouchers para refeições num restaurante amigo ou patrocinador do Benfica. Há que reconhecer que esse momento vivido no "Prolongamento" da TVI 24 marcou inegavelmente o início e boa parte de época. Mas agora que o Sporting perdeu o campeonato, perdendo com o Benfica em Alvalade sem qualquer razão de queixa do árbitro desse jogo, continuar a insistir na mesma estória dos vouchers não é nem inteligente, nem eficiente. Lá está, tal como a estória de Passos Coelho do desvirtuamento das eleições, também esta rábula dos vouchers, por muita razão que lhe pudesse ter assistido (e por muita razão que possa ainda existir nos dias de hoje), neste momento são águas passadas e já nem os sportinguistas devem ter pachorra para aturar conversas deste jaez. O que os adeptos de todos os clubes querem saber nesta fase do campeonato é o que é que as direções dos seus clubes vão fazer, vão mexer, vão mudar, quem vão contratar, vão vender ou vão dispensar, em termos de equipa técnica e jogadores. Em boa verdade, porque mais do que insistir em vitórias morais, o que todos os adeptos derrotados querem é esquecer o passado e ter boas razoes para ter esperança num futuro melhor. No futebol... como na política.
*EMPRESÁRIO
MANUEL SERRÃO*
08 Junho 2016 às 00:11
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