Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2023  2013  2010  2016  tvi24  2011  2012  2019  cmtv  2018  2015  2014  cais  2017  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
As lentes progressistas EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
As lentes progressistas EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
As lentes progressistas EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
As lentes progressistas EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
As lentes progressistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
As lentes progressistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
As lentes progressistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
As lentes progressistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
As lentes progressistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


As lentes progressistas Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
323 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 323 visitantes :: 2 motores de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

As lentes progressistas

Ir para baixo

As lentes progressistas Empty As lentes progressistas

Mensagem por Admin Qua Jun 15, 2016 1:38 pm

Em dez anos tivemos miragens, palas e agora lentes progressistas

Numa década, os portugueses passaram por várias fases em que tentaram moldar--lhes a visão ao que convinha. O consulado de Sócrates foi de miragens e visões. Ele era pontes, autoestradas, aeroportos e PPP para tudo. Um progresso alicerçado em dívida empurrada com a barriga e cheio de erros de avaliação. O resultado foi um estoiro monumental que pagaremos durante décadas. As paranoias políticas custam sempre biliões. Veja-se Angola e o Brasil.

Depois veio a fase das palas protagonizada por Passos Coelho, Portas e o inenarrável Vítor Gaspar. Foi a expiação. O caminho da suposta redenção foi traçado por uma troika financiadora, aliada a soluções neoliberais internas. O discurso era de autoflagelação e empobrecimento. Dizia--se que os portugueses tinham gasto demais, num enorme regabofe. Aplicaram-lhes uma correção de austeridade agravada por terem comprado uns frigoríficos, ido de férias para fora, trocado de carro e, em alguns casos, mudado de casa, recorrendo a empréstimos. Uns doidos extravagantes! A verdade era bem diferente. Além do faraónico Sócrates, na origem da desgraça estava um bando de vigaristas nacionais e mundiais a que chamavam banqueiros, que inventaram sistemas de especulação financeira e aprovaram projetos de compadrio na ânsia de comissões, sem olhar à racionalidade. Companhias como a PT foram destruídas para fazer mais-valias. A autoflagelação tinha a acompanhá-la duas ondas de tsunami. A primeira, de cortes a granel, mal medidos e recessivos, destruindo emprego, equilíbrio social, equidade, direitos adquiridos, saúde pública e milhares de pequenas empresas essenciais. Os portugueses que não emigraram convenceram-se da sua suposta culpa e aceitaram os cortes. A segunda onda foi a venda de tudo o que era bife do lombo a interesses externos. REN, EDP, Fidelidade, pedaços do BPN e a ANA, ficando os ossos por cá. Por pouco ia a TAP e, mesmo assim, está para se ver. A própria RTP voltou a estar por um fio. Safou-se de boa, pois a esta hora já não existiria. No tempo das palas, quem alertasse para a austeridade contraproducente era traidor à pátria, mesmo que viesse da mesma área ideológica. Quando viu o desastre, Gaspar fugiu para o regaço do FMI, deixando danos irreparáveis. Desses tempos fica como símbolo máximo do ridículo e do grotesco o relógio que Portas colocou no largo do Caldas para a contagem decrescente até à saída da troika, que nunca aconteceu e, aliás, ainda cá está numa versão de visita trimestral. O outro momento trágico-cómico foi a demissão irrevogável.

Hoje estamos na fase das lentes progressistas. Por mais que se meta pelos olhos dentro que a economia está de rastos, há quem não veja. Outros fingem não ver, como parece ser o caso de António Costa, que ganha tempo, esperando talvez que nos possamos safar se tudo correr mal na generalidade da Europa. Tem preferido isso a enfrentar de caras certos problemas. Apesar da alegre e positiva convivência que tem com Costa, o Presidente Marcelo já lhe diagnosticou um otimismo irritante que não lhe cura, apesar de saber muito de remédios. O pior do efeito das lentes progressistas está na visão do núcleo apoiante do governo, que tem origem numa extrema-esquerda intelectualizada do tipo chique que debita temas fraturantes a granel, num irrealismo que ignora o contexto português, europeu e mundial. A coisa chega a um ponto em que já há dirigentes históricos do Bloco de Esquerda preocupados com certos exageros. Esse núcleo delicia-se com conquistas teoréticas de direitos e regalias que ficarão inevitavelmente no papel. Há casos em que a desfocagem é alargada a outros setores mais moderados, o que é ainda mais grave. Verifica-se isso com o regresso às 35 horas e a ideia de que a decisão pode não trazer mais custos. Ou ainda com a notícia de que só com 338 admissões se vai alargar a mais 640 mil portugueses a cobertura de médicos de família. O ministro das Finanças traçou entretanto um cenário macro totalmente irrealista que mantém. O colega da Economia não existe. Eclipsou-se, deprimido, parecendo estar à espera de ser remodelado. Na Segurança Social e no IEFP, os candidatos à reforma e desempregados continuam a ser tratados abaixo de cão pela burocracia de Vieira da Silva, que é igual à anterior, com outra gente. Tudo isto enquanto diariamente se toma conhecimento de mais problemas no setor bancário, onde há reformas antecipadas só por se ter o colesterol elevado. Se fosse universal, era tudo a comer enchidos de manhã à noite. Noutro campo há a ideia de que Portugal vai escapar a sanções europeias. Se assim for, será por causa de Espanha e porque seria um precedente. A realidade é que ficámos fora dos objetivos no ano passado e a situação não parece nada estar melhor neste. É preciso ter consciência de que de nada serve olhar para a realidade através de lentes distorcedoras, sejam escuras ou progressistas. Não olhar para a estrita realidade pode trazer novamente o tempo das palas, ainda que com os protagonistas atuais. Quem duvidar que olhe para o que Tsipras está a fazer na Grécia.

Jornalista

15/06/2016
Eduardo Oliveira e Silva 
opiniao@newsplex.pt 
Jornal i
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos