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O encontro "prodigioso"
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O encontro "prodigioso"
Raras vezes acontece. Mas em Chaves, esta semana, as obras de um extraordinário pintor tomaram posse de um magnífico edifício, num encontro "prodigioso" que permitirá aproximar de todos os que o experimentarem, duas personalidades maiores da cultura internacional.
Nadir Afonso, o artista que procurou com uma persistência sobre-humana as leis da geometria que a natureza assume, mostra e dita, mas que poucos são capazes de ver, e Siza Vieira, que intuiu tão exatamente qual o ponto de observação que o mestre escolheria, que o edifício que projetou parece ter sempre feito parte das Longras para só agora se ver.
Nadir, o arquiteto que pintou cidades e discutiu as leis que regem o universo, é um dos protagonistas mais originais e mais complexos do nosso ecossistema artístico e cultural.
Abre-se finalmente ao Mundo, a partir da sua cidade natal, com uma mostra consistente da sua obra, agora ali sediada, com curadoria artística, e que se espera geradora de estudo, investigação e divulgação num movimento contínuo com retorno sobre a referência que Nadir deve ser.
Siza explica-se de forma ainda mais poderosa do que é costume. O edifício vence o desafio da localização numa faixa de terreno estreita e comprida, sujeita à vontade do rio, equilibrando-se em pilastras e mantém viva a memória das leiras e do casario preexistente, fazendo-o ondear em paralelo com os muros que teimosamente mandou ficar.
O resto é como sempre um tratado sobre a luz. A luz que continua a ter que ser procurada, nas aberturas amplas mas não evidentes, numa espécie de crescendo até ao ponto zenital onde fica o ateliê do artista ou até ao iriscente lanternim que tanto espantou Souto de Moura.
Tenho esperança que a gestão da coleção e do edifício nos permitam desfrutar deste encontro prodigioso: as telas e o pensamento de mestre Nadir acolhidas e valorizadas por uma arquitetura orgânica como sempre é a obra de Siza.
E tenho igualmente esperança que as entidades envolvidas percebam e apostem na dupla natureza deste legado assim desdobrando e multiplicando o poderoso impacto nacional e internacional a que seguramente poderá aspirar. Com os benefícios e as oportunidades que diretamente retribuirão a Chaves o esforço do investimento e a ousadia das escolhas.
Nadir, o arquiteto que pintou cidades e discutiu as leis que regem o universo, é um dos protagonistas mais originais e mais complexos do nosso ecossistema artístico e cultural
* ANALISTA FINANCEIRA
CRISTINA AZEVEDO
Hoje às 00:00
Jornal de Notícias
Nadir Afonso, o artista que procurou com uma persistência sobre-humana as leis da geometria que a natureza assume, mostra e dita, mas que poucos são capazes de ver, e Siza Vieira, que intuiu tão exatamente qual o ponto de observação que o mestre escolheria, que o edifício que projetou parece ter sempre feito parte das Longras para só agora se ver.
Nadir, o arquiteto que pintou cidades e discutiu as leis que regem o universo, é um dos protagonistas mais originais e mais complexos do nosso ecossistema artístico e cultural.
Abre-se finalmente ao Mundo, a partir da sua cidade natal, com uma mostra consistente da sua obra, agora ali sediada, com curadoria artística, e que se espera geradora de estudo, investigação e divulgação num movimento contínuo com retorno sobre a referência que Nadir deve ser.
Siza explica-se de forma ainda mais poderosa do que é costume. O edifício vence o desafio da localização numa faixa de terreno estreita e comprida, sujeita à vontade do rio, equilibrando-se em pilastras e mantém viva a memória das leiras e do casario preexistente, fazendo-o ondear em paralelo com os muros que teimosamente mandou ficar.
O resto é como sempre um tratado sobre a luz. A luz que continua a ter que ser procurada, nas aberturas amplas mas não evidentes, numa espécie de crescendo até ao ponto zenital onde fica o ateliê do artista ou até ao iriscente lanternim que tanto espantou Souto de Moura.
Tenho esperança que a gestão da coleção e do edifício nos permitam desfrutar deste encontro prodigioso: as telas e o pensamento de mestre Nadir acolhidas e valorizadas por uma arquitetura orgânica como sempre é a obra de Siza.
E tenho igualmente esperança que as entidades envolvidas percebam e apostem na dupla natureza deste legado assim desdobrando e multiplicando o poderoso impacto nacional e internacional a que seguramente poderá aspirar. Com os benefícios e as oportunidades que diretamente retribuirão a Chaves o esforço do investimento e a ousadia das escolhas.
Nadir, o arquiteto que pintou cidades e discutiu as leis que regem o universo, é um dos protagonistas mais originais e mais complexos do nosso ecossistema artístico e cultural
* ANALISTA FINANCEIRA
CRISTINA AZEVEDO
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