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Estágios curriculares...
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Estágios curriculares...
As empresas que num tom caridoso dizem ter "disponibilidade para acolher um formando" que "pretenda realizar o seu estágio curricular de fim de curso/mestrado", na realidade estão a contratar alguém já licenciado para trabalhar gratuitamente.
Nas primeiras aulas da disciplina de Introdução à Economia ensina-se que o trabalhador oferece ao empregador o seu trabalho e que em troca recebe um salário. De seguida, é usual explicar-se que a palavra salário deriva do latim salarium – como compensação pelo seu esforço, os soldados do antigo império romano eram pagos em sal.
Assim, desde início, e muito bem, os estudantes de Economia aprendem que o trabalhador deve ser remunerado. É por isso curioso que, ao mesmo que se incute nos caloiros este princípio elementar, sejam disponibilizados aos mais velhos os designados estágios curriculares. Um contra-senso.
As empresas que num tom caridoso dizem ter "disponibilidade para acolher um formando" que "pretenda realizar o seu estágio curricular de fim de curso/mestrado", na realidade não estão mais do que a contratar alguém já licenciado para trabalhar gratuitamente. Embora seja importante que se aprofunde a ligação entre os mundos universitário e empresarial, tal não deve, em meu entender, significar "almoços grátis".
Muitas vezes, ouvimos alguns partidos políticos criticarem os estágios profissionais por aqueles serem mal pagos. Curiosamente, nada têm a dizer sobre os estágios curriculares, que nem sequer implicam um estipêndio.
Este fenómeno, que parece estar a crescer com o passar do tempo, não é um exclusivo das Ciências Económicas, pois abrange um elevado número de cursos nas mais diversas áreas do saber. É por isso fundamental que os decisores políticos, em conjunto com as universidades e com as empresas, repensem esta realidade na defesa dos melhores interesses dos estudantes do nosso país.
Relembrando Leão XIII na Rerum Novarum, "entre os deveres principais do patrão, é necessário colocar, em primeiro lugar, o de dar a cada um o salário que convém". A pergunta que se coloca é por isso óbvia: não deveria este princípio aplicar-se a todo e qualquer estagiário?
00:05 h
Ricardo Ferraz, Economista
Económico
Nas primeiras aulas da disciplina de Introdução à Economia ensina-se que o trabalhador oferece ao empregador o seu trabalho e que em troca recebe um salário. De seguida, é usual explicar-se que a palavra salário deriva do latim salarium – como compensação pelo seu esforço, os soldados do antigo império romano eram pagos em sal.
Assim, desde início, e muito bem, os estudantes de Economia aprendem que o trabalhador deve ser remunerado. É por isso curioso que, ao mesmo que se incute nos caloiros este princípio elementar, sejam disponibilizados aos mais velhos os designados estágios curriculares. Um contra-senso.
As empresas que num tom caridoso dizem ter "disponibilidade para acolher um formando" que "pretenda realizar o seu estágio curricular de fim de curso/mestrado", na realidade não estão mais do que a contratar alguém já licenciado para trabalhar gratuitamente. Embora seja importante que se aprofunde a ligação entre os mundos universitário e empresarial, tal não deve, em meu entender, significar "almoços grátis".
Muitas vezes, ouvimos alguns partidos políticos criticarem os estágios profissionais por aqueles serem mal pagos. Curiosamente, nada têm a dizer sobre os estágios curriculares, que nem sequer implicam um estipêndio.
Este fenómeno, que parece estar a crescer com o passar do tempo, não é um exclusivo das Ciências Económicas, pois abrange um elevado número de cursos nas mais diversas áreas do saber. É por isso fundamental que os decisores políticos, em conjunto com as universidades e com as empresas, repensem esta realidade na defesa dos melhores interesses dos estudantes do nosso país.
Relembrando Leão XIII na Rerum Novarum, "entre os deveres principais do patrão, é necessário colocar, em primeiro lugar, o de dar a cada um o salário que convém". A pergunta que se coloca é por isso óbvia: não deveria este princípio aplicar-se a todo e qualquer estagiário?
00:05 h
Ricardo Ferraz, Economista
Económico
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