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A agenda do conhecimento e da ciência
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A agenda do conhecimento e da ciência
No passado sábado foi celebrado um acordo entre o Governo e as universidades públicas, expressando um compromisso mútuo para a ciência e o conhecimento. Esta decisão visa garantir o aumento da qualificação dos portugueses, promovendo a base social de recrutamento de estudantes e a redução do insucesso e do abandono escolar, mas também estimular a internacionalização, o emprego científico e o rejuvenescimento dos corpos docente e de investigação das instituições.
Inerente ao acordo está a manutenção do financiamento público previsto, o reforço da autonomia das instituições e a simplificação e desburocratização dos procedimentos administrativos, sendo fundamental, para esta última, a dinamização de um programa de modernização funcional das instituições.
Este contrato reconhece ainda a importância da utilização dos fundos do Portugal 2020 para o desenvolvimento de territórios de baixa densidade demográfica, através de programas de desenvolvimento tecnológico e de I&D+I, em cooperação com empresas e os diversos atores regionais. Neste domínio é indispensável a adoção de uma estratégia de valorização do conhecimento, visando o incremento de atividades endógenas de elevado valor acrescentado, que conduzam ao crescimento e desenvolvimento sustentado destes territórios.
Na cerimónia de assinatura deste contrato, o primeiro-ministro reconheceu a importância do conhecimento na dinamização de diversos setores da economia, dando como como exemplo o sucesso dos vinhos portugueses. Na verdade, esta agenda do conhecimento e da inovação deve, obrigatoriamente, ser ampliada de modo transversal a outras áreas como o setor agrário. Entre outros, este setor tem todas as condições para apresentar bons resultados e contribuir para um país mais sólido e coeso.
A mudança para uma economia mais intensiva em conhecimento e a desejável melhoria em termos de qualificações exige políticas de I&D para o setor agrário que envolvam linhas de investigação e programas doutorais focalizados nas fileiras estratégicas em áreas ligadas aos recursos endógenos, casos do vinho, da floresta, da fileira animal, do azeite, dos frutos e hortícolas frescos.
Esta estratégia pode contribuir para o equilíbrio das contas externas, tanto pelo aumento das exportações registado nos últimos anos no setor agroalimentar, como pela substituição de importações. Os resultados observados têm todas as condições para serem potenciados, pois baseiam-se na aposta de uma nova classe empreendedora jovem, com formação superior, de dimensão internacional, que apostou na qualidade, na diferenciação e em práticas de sustentabilidade ambiental.
Portugal tem de estabelecer obrigatoriamente novos compromissos que promovam o crescimento económico e a competitividade do setor agrário. O Governo deve apostar nesta estratégia de forma articulada com a sociedade, na qual as universidades focalizadas neste setor podem e devem ter um papel mais ativo.
* REITOR DA UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
António Fontainhas Fernandes*
Hoje às 00:01
Jornal de Notícias
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