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Fora da UE mas empenhados na Europa e no mundo
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Fora da UE mas empenhados na Europa e no mundo
A visão que temos para o futuro do nosso país é de um Reino Unido respeitado no estrangeiro, tolerante e acolhedor em casa, e absolutamente empenhado em trabalhar com os nossos parceiros para construir um futuro melhor para a nossa geração e para as gerações vindouras.
No dia 23 de Junho os britânicos votaram a favor da saída da União Europeia. Desde essa altura, muita coisa aconteceu na vida política britânica e tenho ouvido várias pessoas citarem Lenine neste contexto: “Há décadas em que nada acontece, e depois há semanas em que acontecem décadas”.
Talvez a consequência mais importante do referendo tenha sido a demissão de David Cameron e a nomeação de Theresa May poucas semanas depois. Ela é conhecida de muitas pessoas na Europa, tendo sido a ministra da Administração Interna que ocupou o cargo durante mais tempo no Reino Unido nos últimos 50 anos e estabelecido relações de trabalho com os seus homólogos em muitos países.
Após o referendo, perguntavam-me frequentemente se ela estava realmente convencida do que estava a dizer quando afirmava que “Brexit significa Brexit”. Posso assegurar-vos que sim. Este referendo à permanência do Reino Unido na UE é algo que acontece apenas uma vez numa geração. E a decisão do povo britânico agora é para ser respeitada e implementada. Mas a primeira-ministra também afirmou que o Reino Unido precisa de tempo para analisar os objectivos e preparar a sua abordagem às negociações para a saída da UE. É nesse espírito que iremos trabalhar com os nossos colegas europeus para assegurar que a nossa saída decorre de forma sensata e bem estruturada, permitindo alcançar uma solução que respeite a decisão dos eleitores, mas também os interesses dos nossos parceiros europeus.
Não vamos deixar de ser europeus empenhados, nem iremos recuar quanto ao nosso papel no mundo. Longe disso. O Reino Unido está a liderar a resposta global às ameaças globais, tais como o crescimento do Daesh, o combate contra a corrupção, a luta contra as doenças mortais – como por exemplo o vírus do ébola. Continuamos a trabalhar com os nossos parceiros internacionais para combater o tráfico de seres humanos e os gangues que tentam explorar os mais vulneráveis em benefício próprio.
E através do nosso esforço de apoio ao desenvolvimento, estamos também a trabalhar para erradicar a pobreza extrema; isto significa enfrentar as grandes ameaças globais, desde as causas na origem das migrações e das doenças em massa à insegurança, aos conflitos e às alterações climáticas. Não vamos renegar as promessas que fizemos e estamos empenhados em alcançar o Objectivo Global de reduzir a pobreza extrema a zero até 2030, investindo em programas que proporcionem saúde, educação e água, e que combatam a violência contra as mulheres adultas e jovens.
Entre os nossos principais parceiros em toda esta actividade inclui-se, naturalmente, Portugal. Falamos muito na “Velha Aliança”, a mais antiga aliança diplomática do mundo, e nas últimas semanas tenho sentido mais do que nunca a realidade desta profunda ligação. Desde o referendo, tenho ficado muito sensibilizada pelas expressões de amizade e apoio que tenho recebido de pessoas em diversos sectores da sociedade portuguesa. Estas demonstram que a nossa Aliança ainda tem significado e irá permanecer forte no futuro – mesmo depois da saída do Reino Unido da UE.
No último ano financeiro, a nossa equipa de comércio e investimento apoiou com sucesso mais de 1000 empresas britânicas interessadas em investir em Portugal, enquanto 21 projectos de investimento português arrancaram ou expandiram-se no Reino Unido. Em 2014, as exportações portuguesas para o Reino Unido totalizaram 6,2 mil milhões de euros e no mesmo ano as exportações britânicas para Portugal atingiram os 3,2 mil milhões de euros. O Reino Unido mantém-se “open for business” e temos a expectativa de que estes valores venham a aumentar.
Também as fortes ligações entre os nossos povos continuam. No último ano, cerca de 2,6 milhões de turistas britânicos visitaram Portugal – mais meio milhão que no ano anterior – e temos a expectativa de que muitos mais visitem o país este ano. Sabemos também que, no ano passado, cerca de 10% de todas as viagens feitas pelos portugueses ao estrangeiro tiveram como destino o Reino Unido. Estimamos que, actualmente, residem no Reino Unido entre 300 mil e 400 mil portugueses e que cerca de 35 mil britânicos escolheram Portugal como local de residência.
Obviamente, uma das questões que mais preocupam as comunidades dos nossos imigrantes, é o impacto do referendo. Nos meus contactos com membros da comunidade britânica em diversas zonas de Portugal, tenho procurado assegurar que não haverá de imediato quaisquer alterações aos seus direitos ou estatuto. Também tive recentemente uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades, Dr. José Luis Carneiro, que me informou que tem estado a passar uma mensagem semelhante aos membros da comunidade portuguesa no Reino Unido. Durante as negociações, a nossa expectativa é que os direitos dos cidadãos da UE que já residem no Reino Unido sejam devidamente protegidos. Estas pessoas contribuem enormemente para o nosso país. Mas precisamos de assegurar os mesmos direitos para os cidadãos britânicos que vivem em países europeus.
Ao longo dos próximos aos, o Reino Unido vai continuar a desenvolver-se e a prosperar. Continuaremos a ser um aliado responsável e de confiança, e a nossa criatividade e inovação não serão de forma alguma afectadas. A visão que temos para o futuro do nosso país é de um Reino Unido respeitado no estrangeiro, tolerante e acolhedor em casa, e absolutamente empenhado em trabalhar com os nossos parceiros para construir um futuro melhor para a nossa geração e para as gerações vindouras.
00:05 h
Kirsty Hayes, Embaixadora Britânica
Económico
No dia 23 de Junho os britânicos votaram a favor da saída da União Europeia. Desde essa altura, muita coisa aconteceu na vida política britânica e tenho ouvido várias pessoas citarem Lenine neste contexto: “Há décadas em que nada acontece, e depois há semanas em que acontecem décadas”.
Talvez a consequência mais importante do referendo tenha sido a demissão de David Cameron e a nomeação de Theresa May poucas semanas depois. Ela é conhecida de muitas pessoas na Europa, tendo sido a ministra da Administração Interna que ocupou o cargo durante mais tempo no Reino Unido nos últimos 50 anos e estabelecido relações de trabalho com os seus homólogos em muitos países.
Após o referendo, perguntavam-me frequentemente se ela estava realmente convencida do que estava a dizer quando afirmava que “Brexit significa Brexit”. Posso assegurar-vos que sim. Este referendo à permanência do Reino Unido na UE é algo que acontece apenas uma vez numa geração. E a decisão do povo britânico agora é para ser respeitada e implementada. Mas a primeira-ministra também afirmou que o Reino Unido precisa de tempo para analisar os objectivos e preparar a sua abordagem às negociações para a saída da UE. É nesse espírito que iremos trabalhar com os nossos colegas europeus para assegurar que a nossa saída decorre de forma sensata e bem estruturada, permitindo alcançar uma solução que respeite a decisão dos eleitores, mas também os interesses dos nossos parceiros europeus.
Não vamos deixar de ser europeus empenhados, nem iremos recuar quanto ao nosso papel no mundo. Longe disso. O Reino Unido está a liderar a resposta global às ameaças globais, tais como o crescimento do Daesh, o combate contra a corrupção, a luta contra as doenças mortais – como por exemplo o vírus do ébola. Continuamos a trabalhar com os nossos parceiros internacionais para combater o tráfico de seres humanos e os gangues que tentam explorar os mais vulneráveis em benefício próprio.
E através do nosso esforço de apoio ao desenvolvimento, estamos também a trabalhar para erradicar a pobreza extrema; isto significa enfrentar as grandes ameaças globais, desde as causas na origem das migrações e das doenças em massa à insegurança, aos conflitos e às alterações climáticas. Não vamos renegar as promessas que fizemos e estamos empenhados em alcançar o Objectivo Global de reduzir a pobreza extrema a zero até 2030, investindo em programas que proporcionem saúde, educação e água, e que combatam a violência contra as mulheres adultas e jovens.
Entre os nossos principais parceiros em toda esta actividade inclui-se, naturalmente, Portugal. Falamos muito na “Velha Aliança”, a mais antiga aliança diplomática do mundo, e nas últimas semanas tenho sentido mais do que nunca a realidade desta profunda ligação. Desde o referendo, tenho ficado muito sensibilizada pelas expressões de amizade e apoio que tenho recebido de pessoas em diversos sectores da sociedade portuguesa. Estas demonstram que a nossa Aliança ainda tem significado e irá permanecer forte no futuro – mesmo depois da saída do Reino Unido da UE.
No último ano financeiro, a nossa equipa de comércio e investimento apoiou com sucesso mais de 1000 empresas britânicas interessadas em investir em Portugal, enquanto 21 projectos de investimento português arrancaram ou expandiram-se no Reino Unido. Em 2014, as exportações portuguesas para o Reino Unido totalizaram 6,2 mil milhões de euros e no mesmo ano as exportações britânicas para Portugal atingiram os 3,2 mil milhões de euros. O Reino Unido mantém-se “open for business” e temos a expectativa de que estes valores venham a aumentar.
Também as fortes ligações entre os nossos povos continuam. No último ano, cerca de 2,6 milhões de turistas britânicos visitaram Portugal – mais meio milhão que no ano anterior – e temos a expectativa de que muitos mais visitem o país este ano. Sabemos também que, no ano passado, cerca de 10% de todas as viagens feitas pelos portugueses ao estrangeiro tiveram como destino o Reino Unido. Estimamos que, actualmente, residem no Reino Unido entre 300 mil e 400 mil portugueses e que cerca de 35 mil britânicos escolheram Portugal como local de residência.
Obviamente, uma das questões que mais preocupam as comunidades dos nossos imigrantes, é o impacto do referendo. Nos meus contactos com membros da comunidade britânica em diversas zonas de Portugal, tenho procurado assegurar que não haverá de imediato quaisquer alterações aos seus direitos ou estatuto. Também tive recentemente uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades, Dr. José Luis Carneiro, que me informou que tem estado a passar uma mensagem semelhante aos membros da comunidade portuguesa no Reino Unido. Durante as negociações, a nossa expectativa é que os direitos dos cidadãos da UE que já residem no Reino Unido sejam devidamente protegidos. Estas pessoas contribuem enormemente para o nosso país. Mas precisamos de assegurar os mesmos direitos para os cidadãos britânicos que vivem em países europeus.
Ao longo dos próximos aos, o Reino Unido vai continuar a desenvolver-se e a prosperar. Continuaremos a ser um aliado responsável e de confiança, e a nossa criatividade e inovação não serão de forma alguma afectadas. A visão que temos para o futuro do nosso país é de um Reino Unido respeitado no estrangeiro, tolerante e acolhedor em casa, e absolutamente empenhado em trabalhar com os nossos parceiros para construir um futuro melhor para a nossa geração e para as gerações vindouras.
00:05 h
Kirsty Hayes, Embaixadora Britânica
Económico
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