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AF/PD e os consumos de substâncias
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AF/PD e os consumos de substâncias
estas práticas são verdadeiramente protetoras contra os comportamentos de risco
Dado o meu envolvimento no sistema desportivo regional, mais especificamente na modalidade de basquetebol, e com o intuito de perceber um pouco mais sobre os comportamentos de saúde dos jovens em idade escolar fui analisar, no âmbito do meu doutoramento em ciências da Educação, na especialidade de educação para a saúde, os estudos e conclusões da investigação, realizada nos últimos anos, sobre a Atividade Física (AF) e a Prática Desportiva (PD) associadas aos consumos de substâncias por parte dos jovens adolescentes. Nesta pesquisa pudemos verificar que, embora Katulanda et al. (2015), Sekulic et al. (2012) e Loureiro, Matos e Dinis (2008) tivessem verificado a PD como sendo de risco para o consumo de tabaco, Belanger et al. (2012), Sonderlund et al. (2014) e Diehl, et al. (2014) a tivessem reconhecido como sendo de risco para o consumo de álcool e ainda Denham (2014) e Loureiro, Matos e Dinis (2008) a tivessem identificado como sendo de risco para o consumo de maconha e drogas, a verdade é que um elevado número de investigadores constaram exatamente o contrário, isto é, confirmaram que a AF e/ou PD são efetivamente protetoras contra o consumo de substâncias (Kwan et al., 2014; Latorre-Román, et al., 2015; Fakhfakh et al., 2015; Falcon Garcia e Berrio, 2014; Dietz et al., 2014; Mays et al., 2012; Paupério et al., 2012; e Lisha e Sussman, 2010). Kwan et al. (2014) não só comprovaram serem protetoras com ainda testemunharam terem sido desenvolvidas tentativas, embora limitadas, para reduzir o álcool e o uso de drogas ilícitas através da participação desportiva. Encontramos também outras investigadoras, Naia, Simões e Matos (2007), que concluíram que as escolas e os espaços desportivos são contextos preferencialmente associados à proteção contra os consumos de substâncias.
Estas investigadoras salientaram ser essencial combater o incremento de prevalências do consumo, investindo numa prevenção primária precoce, bem como numa intervenção dirigida a nichos ecológicos potencialmente associados ao risco. Naia, Simões e Matos (2007) concluíram ainda que só conhecendo todos os fatores influenciadores dos consumos é que se poderiam delinear estratégias de intervenção mais adequadas. Por fim, Paupério et al. (2012) salientam para o facto de ser crucial que todos os profissionais de educação física e treinadores utilizem a PD de forma contínua e correta, isto é, que a utilizem para promover hábitos e estilos de vida saudáveis. Portanto, de acordo com estes últimos investigadores e dada a grande importância que a sociedade atribui a AF e a PD, as orientações internacionais e nacionais de cariz político bem poderiam apontar para a prática da AF e do desporto como desempenhando um papel fundamental na área da proteção contra os consumos de álcool, tabaco e drogas ilícitas. Infelizmente, da busca exaustiva e profunda realizada, pouco ou nada encontramos ao nível destas orientações que associassem a prática da AF, PD e o consumo de substâncias. Encontramos sim, em grande número, orientações internacionais e nacionais de cariz político a tratar os assuntos de forma separada, isto é, sem qualquer associação entre eles.
Após esta pesquisa e com as conclusões que retiramos da mesma, questiono: como poderemos nós, dirigentes desportivos, treinadores, professores de educação física e desporto, juízes, atletas, encarregados de educação e todos quanto, de forma direta ou indireta, estejamos ligados à prática da AF e PD, contribuir para demonstrar inequivocamente que estas práticas são verdadeiramente protetoras contra os comportamentos de risco?
Sandra Reinolds Rebolo
Diário de Notícias da Madeira
Domingo, 31 de Julho de 2016
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