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O futuro da Engenharia Civil
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O futuro da Engenharia Civil
Visivelmente em recuperação, a indústria da construção vive um tempo de dificuldades que resulta de erros de diversos agentes económicos. É curioso que a perceção negativa dessa indústria, que se generalizou na população portuguesa, se deva a excessos por parte de decisores e à imoralidade na atuação de instituições financeiras, que conduziu a enorme especulação imobiliária e ao despoletar da crise internacional que vamos ultrapassando. Nada disto se deve à indústria da construção, tão válida como tantas outras: contribui para o crescimento económico e para a criação de postos de trabalho, desde pouco qualificados até altamente qualificados. Dela depende uma parte significativa da nossa população.
Para a avaliação hoje enviesada da relevância da área profissional e científica a que me tenho dedicado, acresce o negativismo associado à profissão, desfasado da realidade. Os números do desemprego na Engenharia Civil encontram-se sensivelmente na média das diversas profissões, muito abaixo de outras, afastadas da mira das críticas.
Apesar de a retoma da construção tradicional ser relevante para a empregabilidade, a formação de um engenheiro civil permite-lhe operar em diversas áreas. A título de exemplo, a “eficiência energética” é um dos temas atuais mais prementes, mas poucos terão consciência de que a sua prossecução passa pela Engenharia Civil. As opções da União Europeia mostram isso mesmo, com a aprovação de Diretivas relativas aos “edifícios de balanço energético quase nulo” e com a disponibilização de incentivos para a transição para uma economia de baixo teor de carbono, dirigidos à investigação e aos investimentos imobiliários, públicos e privados. Isto porque os edifícios são responsáveis por parte significativa da energia consumida (cerca de 40% da energia primária na Europa), mas também porque a produção e o armazenamento de energia passarão cada vez mais por essas estruturas. No futuro, os sistemas serão cada vez mais integrados, numa visão holística das construções, transformadas em minicentrais elétricas.
As áreas tradicionais da Engenharia Civil continuarão a existir, atingindo a prazo um ponto de equilíbrio claramente acima do atual, às quais se somam novos desafios. Para que estes possam constituir oportunidades para toda a sociedade, é necessário continuarmos a contar com profissionais das diversas áreas, nomeadamente engenheiros, cuja atividade em prol da sustentabilidade, da segurança e do bem-estar das populações deve manter-se valorizada.
Paulo Silva Lobo Professor na UMa
Diário de Notícias da Madeira
Quarta, 3 de Agosto de 2016
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