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A quem dói um acordo? Ao PCP e ao Bloco!
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A quem dói um acordo? Ao PCP e ao Bloco!
Um fantasma assola a esquerda - o fantasma do 'bloco central'. Faço esta paráfrase do Manifesto do Partido Comunista porque hoje é precisamente a esquerda marxista que se aterroriza com tal fantasma.
As crises são, na teoria revolucionária, antecâmaras das revoluções, as quais são o modo adequado de tomar ou condicionar o poder. Dirão que isso já lá vai. Mas eu não tenho a certeza. Arménio Carlos, Mário Nogueira, Ana Avoila, dirigentes sindicais dos transportes e de outros sectores ligados ao Estado parecem não ter passado da fase primária da teoria em que as lutas vão engrossando o seu caudal até à insurreição geral. Os cantos de sereia a polícias e Forças Armadas também já aí andam.
Vários movimentos nasceram (como no PREC) para impedir o PS de se 'aliar à direita' (até dentro do próprio PS, com o beneplácito de quem fez a vida 'aliado à direita', ao capital financeiro, às obras de regime. Mas adiante, que essa é outra parte desta história).
O que aqui conta é que finalmente - e deixem-me rejubilar - o PS, o PSD e o CDS chegaram a um acordo para baixar o IRC.
Este acordo, como bem frisou o líder socialista, António José Seguro, é "um sinal de estabilidade para os mercados" e parece que foi, até, o PS a desbloquear o impasse. Ótimo! Mas vejamos a reação do Bloco de Esquerda e do PCP: acusam de imediato o PS de beneficiar as grandes empresas e de querem saber de onde virá o dinheiro que a quebra do IRC provoca.
Pois a resposta é simples: vem do crescimento da Economia, como o BE e o PCP sempre reclamaram. A Economia tem de crescer para se arrecadarem mais impostos, como diziam!
Na verdade, o problema do PCP e do BE não é a quebra de receita. O que lhes dói é que este acordo, aliado à evolução recente da economia, põe em causa a velha tática radical com que alguns já sonhavam.
PS: sobre o chumbo na convergência de pensões decretado pelo Tribunal Constitucional, e sem colocar em causa a unanimidade daquele órgão, chamo a atenção para os posts de Vital Moreira no seu blogue Causa Nossa (ver os títulos Socializar os custos ; Proporcionalidade ; Imunidade ; Não há proteção da confiança em matéria fiscal e Quando a segurança absoluta convive mal com a equidade . Melhor do que ninguém, ele explica o que, do meu ponto de vista, há a explicar.
Henrique Monteiro
Sábado, 21 de dezembro de 2013
Twitter:https://twitter.com/HenriquMonteiro
Facebook:https://www.facebook.com/pages/Henrique-Monteiro/122751817808469?ref=hl
Fonte:Expresso
As crises são, na teoria revolucionária, antecâmaras das revoluções, as quais são o modo adequado de tomar ou condicionar o poder. Dirão que isso já lá vai. Mas eu não tenho a certeza. Arménio Carlos, Mário Nogueira, Ana Avoila, dirigentes sindicais dos transportes e de outros sectores ligados ao Estado parecem não ter passado da fase primária da teoria em que as lutas vão engrossando o seu caudal até à insurreição geral. Os cantos de sereia a polícias e Forças Armadas também já aí andam.
Vários movimentos nasceram (como no PREC) para impedir o PS de se 'aliar à direita' (até dentro do próprio PS, com o beneplácito de quem fez a vida 'aliado à direita', ao capital financeiro, às obras de regime. Mas adiante, que essa é outra parte desta história).
O que aqui conta é que finalmente - e deixem-me rejubilar - o PS, o PSD e o CDS chegaram a um acordo para baixar o IRC.
Este acordo, como bem frisou o líder socialista, António José Seguro, é "um sinal de estabilidade para os mercados" e parece que foi, até, o PS a desbloquear o impasse. Ótimo! Mas vejamos a reação do Bloco de Esquerda e do PCP: acusam de imediato o PS de beneficiar as grandes empresas e de querem saber de onde virá o dinheiro que a quebra do IRC provoca.
Pois a resposta é simples: vem do crescimento da Economia, como o BE e o PCP sempre reclamaram. A Economia tem de crescer para se arrecadarem mais impostos, como diziam!
Na verdade, o problema do PCP e do BE não é a quebra de receita. O que lhes dói é que este acordo, aliado à evolução recente da economia, põe em causa a velha tática radical com que alguns já sonhavam.
PS: sobre o chumbo na convergência de pensões decretado pelo Tribunal Constitucional, e sem colocar em causa a unanimidade daquele órgão, chamo a atenção para os posts de Vital Moreira no seu blogue Causa Nossa (ver os títulos Socializar os custos ; Proporcionalidade ; Imunidade ; Não há proteção da confiança em matéria fiscal e Quando a segurança absoluta convive mal com a equidade . Melhor do que ninguém, ele explica o que, do meu ponto de vista, há a explicar.
Henrique Monteiro
Sábado, 21 de dezembro de 2013
Twitter:https://twitter.com/HenriquMonteiro
Facebook:https://www.facebook.com/pages/Henrique-Monteiro/122751817808469?ref=hl
Fonte:Expresso
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