Porto de Lisboa com a maior queda do movimento de contentores em Julho

O movimento de contentores no porto de Lisboa recuou 9,5% em Julho, mês em que apenas Setúbal registou crescimento. 

Apesar da greve dos estivadores do porto de Lisboa ter terminado em Maio, em Julho o movimento de contentores nesta infra-estrutura da capital continuou a cair.
 
De acordo com o relatório de acompanhamento do mercado portuário da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), divulgado esta quarta-feira, o movimento de contentores em Lisboa caiu 9,5% em Julho,  mais do que nos restantes portos nacionais.
 
Nesse mês apenas o porto de Setúbal viu aumentar os contentores movimentados, em 45,8%.

No Douro e Leixões a quebra, em termos homólogos, foi de 0,1%, na Figueira da Foz de 2,9% e em Sines de 2,4%.
 
No total o movimento nos portos nacionais recuou 1% para 238.207 TEU (medida equivalente a um contentor).
 
De acordo com a AMT, nos primeiros sete meses do ano o porto de Lisboa regista uma quebra de 34,1% nas movimentações, sendo o único com o desempenho negativo face aos mesmo período de 2015.
 
No período de Janeiro a Julho, Sines regista um crescimento de 1,6%, a Figueira da Foz 3,5%, Douro e Leixões 8,1% e Setúbal 42,7%.
 
O relatório da AMT revela ainda que no período de Janeiro a Julho, os portos comerciais do Continente movimentaram 53,2 milhões de toneladas, tendo ultrapassado em 0,8% o valor registado no mesmo período de 2015. Isto, explica, "em resultado de uma diminuição de 0,6% na carga embarcada e de um aumento de 1,9% na carga desembarcada".
 
"O acréscimo do volume global da carga movimentada no sistema portuário do Continente resulta exclusivamente do comportamento do porto de Sines, que registou um acréscimo de 9,6%, correspondente a mais 2,5 milhões de toneladas, enquanto os restantes portos apresentam um movimento inferior ao observado no ano anterior, com o porto de Lisboa a assumir uma quebra de cerca de 1,25 milhões de toneladas, correspondente a 18,5%", dia a AMT.
 
A autoridade assinala ainda as quebras observadas em Aveiro, de 9,6%, na Figueira da Foz, de 3,3%, em Leixões, de 2,9% e em Setúbal, de 2,4%.

MARIA JOÃO BABO | mbabo@negocios.pt | 21 Setembro 2016, 16:30
Negócios