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Amnésia
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Amnésia
Indiferente a este potencial, o país político remete as regiões para um esquecimento fatal.
Um dos maiores dramas do País é um problema de memória. A bem dizer, de falta dela. O Estado Central – e o país político que o governa – é um doente com amnésia profunda apesar da sua macrocefalia capital. Serve esta metáfora clínica para me referir ao crónico esquecimento dos governos sobre as regiões e, em particular, o Interior.
Ainda nos últimos dias, por ocasião das vindimas, diversas regiões do Interior, com Viseu e o Dão à cabeça, deram uma lição de atitude, vitalidade e desenvolvimento ao atrair milhares e milhares de visitantes e turistas em torno de um produto de excelência dos nossos territórios. Só em Viseu, 25 mil pessoas participaram na ‘Festa das Vindimas’. Encheram quintas e centro histórico, hotéis e restaurantes, e promoveram a imagem de marca da grande região vinhateira que é hoje o Dão.
Indiferente a este potencial, o país político remete as regiões para um esquecimento fatal. Tal amnésia é uma obliteração grave da democracia e uma das causas profundas do nosso subdesenvolvimento. O Interior tornou-se uma espécie de ‘flor na lapela’ do país político, usada em ocasiões protocolares e nas campanhas eleitorais. Um pouco como nos incêndios – excitam os ânimos para as televisões, mas caem no esquecimento logo de seguida, até ao ano seguinte.
O ‘país real’ precisa de mais do que palavras. Precisa de medidas simples e eficazes. É preciso mexer a sério na fiscalidade, criando um choque amigo do investimento nas economias de "baixa densidade". Do PORTUGAL 2020, instituído em nome da coesão, esperava-se muito mais na valorização dos produtos territoriais, na animação do empreendedorismo e na promoção turística. Limitar a intervenção destes fundos aos do costume, que são os que menos precisam, deixando tudo o resto num buraco negro, é um erro vergonhoso e de palmatória.
Continuamos a fazer de conta?
Por Almeida Henriques|00:30
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
Um dos maiores dramas do País é um problema de memória. A bem dizer, de falta dela. O Estado Central – e o país político que o governa – é um doente com amnésia profunda apesar da sua macrocefalia capital. Serve esta metáfora clínica para me referir ao crónico esquecimento dos governos sobre as regiões e, em particular, o Interior.
Ainda nos últimos dias, por ocasião das vindimas, diversas regiões do Interior, com Viseu e o Dão à cabeça, deram uma lição de atitude, vitalidade e desenvolvimento ao atrair milhares e milhares de visitantes e turistas em torno de um produto de excelência dos nossos territórios. Só em Viseu, 25 mil pessoas participaram na ‘Festa das Vindimas’. Encheram quintas e centro histórico, hotéis e restaurantes, e promoveram a imagem de marca da grande região vinhateira que é hoje o Dão.
Indiferente a este potencial, o país político remete as regiões para um esquecimento fatal. Tal amnésia é uma obliteração grave da democracia e uma das causas profundas do nosso subdesenvolvimento. O Interior tornou-se uma espécie de ‘flor na lapela’ do país político, usada em ocasiões protocolares e nas campanhas eleitorais. Um pouco como nos incêndios – excitam os ânimos para as televisões, mas caem no esquecimento logo de seguida, até ao ano seguinte.
O ‘país real’ precisa de mais do que palavras. Precisa de medidas simples e eficazes. É preciso mexer a sério na fiscalidade, criando um choque amigo do investimento nas economias de "baixa densidade". Do PORTUGAL 2020, instituído em nome da coesão, esperava-se muito mais na valorização dos produtos territoriais, na animação do empreendedorismo e na promoção turística. Limitar a intervenção destes fundos aos do costume, que são os que menos precisam, deixando tudo o resto num buraco negro, é um erro vergonhoso e de palmatória.
Continuamos a fazer de conta?
Por Almeida Henriques|00:30
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
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