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Plano Estratégico para o raio que os parta
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Plano Estratégico para o raio que os parta
Anuncio hoje que os executivos estão a elaborar um plano estratégico para que regressemos, no menor tempo possível, ao que sempre foi e a como sempre tem sido no arquipélago, uma cultura que vem de há já 40 anos e com resultados negativos acima dos não sei quantos mil milhões (porque ninguém na realidade parece saber quanto).
Parece já estar em elaboração um plano estratégico para que os partidos da oposição sejam completamente inconsequentes com as suas acções e iniciativas. Os presidentes dos partidos estão em campo. Um ausente que se julga presente e um que se julga presente mas que na realidade ninguém o vê ou ouve. Os outros mantêm-se fiéis ao seu discurso de sempre- o famoso discurso de cassete. Pretende-se assim, salvaguardar os interesses dos nossos grandes empresários (os de sempre), dos engenheiros (de sempre), dos doutores (de sempre) e dos produtores em geral (de preferência os de sempre também) e o dos próprios políticos também (os de sempre). O governo é competente e, como sempre tem sido, nunca falha e está sempre à frente dos acontecimentos. O lume (o lume de sempre) veio, como raramente, encosta abaixo (costuma subir). Revelou deficiências técnicas no sistema de comunicações. As pessoas de sempre estiveram todas bem. Duas coisas falharam – São Pedro e os materiais tecnológicos (o raio das tecnologias). Da Quinta Vigia não se conseguia comunicar com o Largo do Colégio nem vice-versa. Outro mecanismo que ficou isolado e obrigado à mudez foi a Protecção Civil. O comandante não conseguiu falar. Por falta dos tais meios tecnológicos que faltaram. Uma intrépida secretária salta para o palco (embora uns digam que foi empurrada) e desata a colmatar as falhas. Ela foi, ela veio, ela disse, ela fez. De resto, uns com ar mais blasé outros com a mesma t-shirt há dias e colete reflector e com ar de cantoneiro fresco, esgrimiam-se para serem o foco da atenção das cameras e dos escribas. Depois as obras nas ribeiras, o dinheiro para os subsídios às viagens para Lisboa que chegou ao fim, o ferry que não vem, o avião cargueiro que não vai, o betão que voltou a soltar-se das amarras que o continham, o porto que não dá, a banana que teima em não dar, a cana que dá aguardente (bendita aguardente porque sem ela não havia poncha), a malta jovem que vai embora sem parar nem voltar. Um protagonista virou actor e um o músico virou protagonista. Muda-se a marca do verniz. No fim, o Plano estratégico funciona em pleno, ao bom género de Di Lampedusa “- Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude.”
E mudou e tudo permaneceu imutável. Tudo menos o verniz; passou-se a usar o da marca “Transversal”. No meio de tudo isto e à medida que avança a destruição do património edificado, vulgo pontes e muralhas centenárias, avança também a construção do Savoy.
Nuno Drummond
Diário de Notícias da Madeira
Quinta, 29 de Setembro de 2016
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