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Matadouros
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Matadouros
O assunto não pode ser tratado com leveza. Tal como não pode haver argumentos ou posições definitivas. Quando o que está em causa é a morte, o mínimo que se exige é que haja reflexão profunda, não apenas num momento anterior mas também em cada caso específico, que se ponderem todas as particularidades e não se queime etapas para chegar a uma conclusão. Numa altura em que o Parlamento se prepara para discutir a eutanásia, a morte assistida, a possibilidade de alguém que não pode decidir e agir, mas antes tem de depender de outros, acabar com a própria vida, é absolutamente essencial essa ponderação. E há apenas duas certezas: o Bloco de Esquerda será porta-estandarte da causa e a Igreja assumirá a dianteira entre as vozes contra a legalização. É natural que assim seja, como é (infelizmente) expectável que ambos radicalizem posições para fazer valer os seus argumentos. Pelo meio, espera-se, haverá visões mais sérias, menos emocionais e bem fundamentadas a alimentar ambos os lados da discussão. O que já sai da esfera do aceitável é que se insinue que legalizar a eutanásia é meio caminho andado para os hospitais se transformarem em matadouros. A lei, a existir, tem de oferecer proteção contra abusos e garantir que não haverá aproveitamento e mau uso dela para servir propósitos enviesados - a natureza humana a isso obriga. Tem de ser suficientemente clara quanto às situações em que será permitida a eutanásia e assegurar que existirão estruturas preparadas para analisar com independência e eficácia cada caso. Isso deve preocupar-nos a todos. Mas prever que, caso a lei passe, cada velhinho e cada doente são potenciais vítimas é uma ideia tão louca (fundamentalista, cega) quanto dizer que a descriminalização da interrupção voluntária da gravidez fez do aborto um contracetivo. Se não o pudemos evitar nessa altura, é bom que desta vez se tente manter o debate sério e objetivo. É importante que assim seja. Espalhar panfletos alarmistas e maldosos pelos bancos das igrejas é o exemplo perfeito do tipo de ação que não ajuda ninguém.
01 DE OUTUBRO DE 2016
00:01
Joana Petiz
Diário de Notícias
01 DE OUTUBRO DE 2016
00:01
Joana Petiz
Diário de Notícias
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