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Tão longe de cá e tão portugueses
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Tão longe de cá e tão portugueses
Há três dias bebi um Sumol de ananás em San Diego. E depois, ao jantar, partilhei uma garrafa de Dona Ermelinda, enquanto petiscava uns pedaços de queijo da ilha (São Jorge?) à espera do prato principal. Se preferisse, podia ter bebido antes uma Sagres também fresquinha e comido umas belas azeitonas alentejanas.
Tudo isto e muito mais, do vinho do Porto às conservas açorianas e ao bacalhau, pode ser comprado no pequeno mercado que existe no Salão Português de San Diego. E é a prova de que nesta cidade do Sul da Califórnia, num dos recantos dos Estados Unidos, há quem não esqueça Portugal e o ser-se português, tenha as raízes nos Açores, na Madeira ou no continente. Mas apreciar, apesar da distância, uma Sagres ou o azeite Galo nada seria se o amor à língua e à cultura portuguesas não fosse demonstrado pelo empenho para que os filhos saibam português e mantenham laços com o país dos pais e dos avós.
Vou falar da família Da Rosa. Porque o pai, Idalmiro, me acolheu de braços abertos e é uma destacada figura da comunidade. Mas sei não ser caso único. Idalmiro da Rosa é do Pico e casou-se com Filomena, que é de São Jorge.
Têm dois filhos, Paulo e Amanda, ambos já na casa dos 30 e ambos luso-americanos capazes de conversar em português sobre Donald Trump, sobre música portuguesa ou sobre João Rodrigues Cabrilho, o transmontano que descobriu a Califórnia em 1542 e é motivo de grande orgulho para a nossa comunidade em San Diego.
Mas o que me tocou mais na conversa naquele jantar na casa da família Da Rosa foi Paulo, nascido na Califórnia e engenheiro como o pai, dizer que nem sabe descrever a alegria que sentiu quando Eder marcou o golo que deu a vitória a Portugal no Europeu. Tão longe de cá e tão portugueses. Não somos mesmo 11 milhões, por muito jeito que desse aos publicitários da Federação Portuguesa de Futebol. Somos uns bons milhões mais. Espalhados mundo fora.
Que nunca nos esqueçamos. Dá-nos força.
02 DE OUTUBRO DE 2016
00:01
Leonídio Paulo Ferreira
Diário de Notícias
Tudo isto e muito mais, do vinho do Porto às conservas açorianas e ao bacalhau, pode ser comprado no pequeno mercado que existe no Salão Português de San Diego. E é a prova de que nesta cidade do Sul da Califórnia, num dos recantos dos Estados Unidos, há quem não esqueça Portugal e o ser-se português, tenha as raízes nos Açores, na Madeira ou no continente. Mas apreciar, apesar da distância, uma Sagres ou o azeite Galo nada seria se o amor à língua e à cultura portuguesas não fosse demonstrado pelo empenho para que os filhos saibam português e mantenham laços com o país dos pais e dos avós.
Vou falar da família Da Rosa. Porque o pai, Idalmiro, me acolheu de braços abertos e é uma destacada figura da comunidade. Mas sei não ser caso único. Idalmiro da Rosa é do Pico e casou-se com Filomena, que é de São Jorge.
Têm dois filhos, Paulo e Amanda, ambos já na casa dos 30 e ambos luso-americanos capazes de conversar em português sobre Donald Trump, sobre música portuguesa ou sobre João Rodrigues Cabrilho, o transmontano que descobriu a Califórnia em 1542 e é motivo de grande orgulho para a nossa comunidade em San Diego.
Mas o que me tocou mais na conversa naquele jantar na casa da família Da Rosa foi Paulo, nascido na Califórnia e engenheiro como o pai, dizer que nem sabe descrever a alegria que sentiu quando Eder marcou o golo que deu a vitória a Portugal no Europeu. Tão longe de cá e tão portugueses. Não somos mesmo 11 milhões, por muito jeito que desse aos publicitários da Federação Portuguesa de Futebol. Somos uns bons milhões mais. Espalhados mundo fora.
Que nunca nos esqueçamos. Dá-nos força.
02 DE OUTUBRO DE 2016
00:01
Leonídio Paulo Ferreira
Diário de Notícias
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