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Tristes velhotes
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Tristes velhotes
Estamos num país sem futuro. Velho, doente, cada vez mais fechado sobre si.
Ontem assinalou-se o Dia Internacional do Idoso, promovido pela ONU, e o INE revelou um estudo comparativo sobre os nossos velhotes. E o retrato mete medo. Nos inícios da década de 70, existiam 835 mil idosos. Hoje são dois milhões. São cinco vezes mais aqueles que hoje têm mais de oitenta anos. Os avanços técnico-científicos aumentaram a esperança de vida. Atualmente, a média de idade subiu para 21 anos nas mulheres e 17 anos para os homens.
Depois destes indicadores positivos, vem o descalabro. A pensão mínima de velhice é apenas mais três euros do que há quarenta anos, depois de expurgar os números dos efeitos da inflação. Mais de metade da população acima dos 65 anos vive sozinha, sendo Portugal o terceiro país europeu a viver este grave problema de solidão, depois da Croácia e de Malta.
Somos o oitavo país com piores situações de carência entre idosos. Relativamente à população ativa, se há trinta anos a relação era de um idoso para quatro, agora é de um para um. Visto assim, estamos num país sem futuro. Velho, doente, cada vez mais fechado sobre si, sem compensações de natalidade que coloquem a pirâmide no seu devido lugar, para que se assegure o crescimento, para que se consolide o Estado Social, para que se produza riqueza, para que a dignidade dos mais velhos seja assegurada pela confiança dos mais novos no futuro.
Este envelhecimento não calibrado com a multiplicação de mais jovens, associado a um outro que é a desertificação trágica do interior, está a matar Portugal devagarinho. Há décadas que este desafio transcendente se vem a avolumar. Há décadas que se espera um governo sério, corajoso e preocupado para o afrontar e encontrar soluções de longa duração. Em vez disso, o poder preocupa-se com a gestão pessoal do poder e pouco mais, deixando que caminhemos para esta morte anunciada sem uma centelha de patriotismo. Apenas mero oportunismo egoísta.
Por Francisco Moita Flores|00:30
Correio da Manhã
Ontem assinalou-se o Dia Internacional do Idoso, promovido pela ONU, e o INE revelou um estudo comparativo sobre os nossos velhotes. E o retrato mete medo. Nos inícios da década de 70, existiam 835 mil idosos. Hoje são dois milhões. São cinco vezes mais aqueles que hoje têm mais de oitenta anos. Os avanços técnico-científicos aumentaram a esperança de vida. Atualmente, a média de idade subiu para 21 anos nas mulheres e 17 anos para os homens.
Depois destes indicadores positivos, vem o descalabro. A pensão mínima de velhice é apenas mais três euros do que há quarenta anos, depois de expurgar os números dos efeitos da inflação. Mais de metade da população acima dos 65 anos vive sozinha, sendo Portugal o terceiro país europeu a viver este grave problema de solidão, depois da Croácia e de Malta.
Somos o oitavo país com piores situações de carência entre idosos. Relativamente à população ativa, se há trinta anos a relação era de um idoso para quatro, agora é de um para um. Visto assim, estamos num país sem futuro. Velho, doente, cada vez mais fechado sobre si, sem compensações de natalidade que coloquem a pirâmide no seu devido lugar, para que se assegure o crescimento, para que se consolide o Estado Social, para que se produza riqueza, para que a dignidade dos mais velhos seja assegurada pela confiança dos mais novos no futuro.
Este envelhecimento não calibrado com a multiplicação de mais jovens, associado a um outro que é a desertificação trágica do interior, está a matar Portugal devagarinho. Há décadas que este desafio transcendente se vem a avolumar. Há décadas que se espera um governo sério, corajoso e preocupado para o afrontar e encontrar soluções de longa duração. Em vez disso, o poder preocupa-se com a gestão pessoal do poder e pouco mais, deixando que caminhemos para esta morte anunciada sem uma centelha de patriotismo. Apenas mero oportunismo egoísta.
Por Francisco Moita Flores|00:30
Correio da Manhã
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