Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2012  2016  tvi24  2011  2014  2018  2015  2013  cmtv  2019  2017  cais  2023  2010  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
Portugal policêntrico EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
Portugal policêntrico EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Portugal policêntrico EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
Portugal policêntrico EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Portugal policêntrico EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Portugal policêntrico EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Portugal policêntrico EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
Portugal policêntrico EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Portugal policêntrico EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


Portugal policêntrico Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
289 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 289 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

Portugal policêntrico

Ir para baixo

Portugal policêntrico Empty Portugal policêntrico

Mensagem por Admin Qua Out 05, 2016 11:22 am

Para vencermos a batalha da globalização, da captação de talento e do conhecimento, da competitividade à escala internacional, do emprego e da coesão social, temos de pensar o país com outros mapas nas secretárias dos decisores. políticos

Esqueça os mapas de Portugal que se habituou a conhecer, com os seus 18 distritos e os 308 municípios. Esse é o mapa que deveria ter ficado no baú do século xx porque não serve os interesses sociais e económicos do país. Para vencermos a batalha da globalização, da captação de talento e do conhecimento, da competitividade à escala internacional, do emprego e da coesão social, temos de pensar o país com outros mapas nas secretárias dos decisores políticos. E que tipo de mapas são esses? Naturalmente, aqueles que ultrapassam divisões administrativas distritais anacrónicas e fronteiras municipais artificiais. Precisamos de mapas que retratem o país à luz dos seus principais clusters económicos e dos seus maiores núcleos populacionais. Mapas policêntricos ou, dito de outro modo, cartas que representem o território com base no seu crescimento orgânico em múltiplos centros especializados. Isto é uma nova forma de organizar o país. 

Porquê a urgência de pensar o país de outra maneira? Há números que nos mostram bem a realidade do país desequilibrado que fomos criando ao longo das últimas décadas. Repare-se no seguinte: sozinhos, os 20 maiores municípios do país - apenas 6,5% do total de câmaras - são responsáveis por 40% das exportações e por 60% da riqueza nacional; também é nestes 20 grandes que se gera 60% da coleta de IRS e quase 50% do IMI. Em média, sete em cada dez estudantes universitários estão numa destas 20 maiores cidades nacionais. Escusado será dizer que qualquer uma destas 20 cidades tem mais de 100 mil habitantes e está localizada na faixa litoral do país. Esta é a realidade do país depois de anos de políticas de combate à interioridade. Por mais bem-intencionadas que tenham sido as políticas de combate à desertificação, e foram, há uma regra que tem de ser sempre tida em conta: o progresso económico não se planta nem cresce como as alfaces. 

Sabendo que as cidades são a força motriz do progresso no nosso tempo, o século metropolocêntrico, o nosso desafio é o de saber como potenciar e aperfeiçoar a organização territorial existente, e que foi capaz de escapar a décadas de planeamento político centralizado.

Agregação, especialização e conectividade das cidades são as três palavras--chave para entender o processo que temos pela frente. 

Portugal enfrenta um doloroso inverno demográfico. Mesmo que o trabalho de reforma comece agora, vai demorar décadas a produzir resultados. O que, para todos os efeitos, significa que estamos a investir dinheiro e tempo em centros urbanos que, mais cedo do que mais tarde, não vão ter gente. 

Por outro lado, as grandes matérias para o futuro das cidades não conhecem fronteiras: a integração de migrantes, a absorção dos choques tecnológicos, as políticas de transportes integrados e o combate às alterações climáticas são questões que interligam todas as cidades na geografia nacional (e internacional). O primeiro passo é garantir a sustentabilidade demográfica dos nossos centros urbanos. Isso pode fazer-se, por exemplo, por via da agregação de municípios. Tal iniciativa permitiria, para além de uma mais eficaz gestão de recursos, inaugurar um círculo virtuoso em que o ganho de massa crítica aumenta a competitividade do território, o que, por sua vez, atrai mais conhecimento e talento. 

O segundo passo é o da especialização dos territórios. As cidades-cluster são territórios que apostam nas suas vantagens comparativas para cimentar o seu posicionamento no espaço nacional e europeu. A especialização, em cima da criatividade e da competência, permitiria abrir cadeias de valor e novas economias - como a economia do mar, a economia verde ou a economia das cidades. 

O terceiro e último passo tem que ver com a conectividade. Com o território já bem ligado por infraestruturas viárias e equipamentos sociais, é urgente que o país feche a ligação das cidades-região através das redes de tecnologia e de informação. 

Tal como um sistema orgânico, é a partir da rede capilar que podemos fazer crescer o todo nacional. De forma centrífuga, dos centros para as periferias. 

O policentrismo urbano é uma das principais formas de organização das nações mais prósperas. A Alemanha tem um conjunto de cidades dominantes (Estugarda, Frankfurt, Berlim, Munique ou Düsseldorf). A Itália ultrapassou o anacronismo das dúzias de províncias e organiza-se hoje em 14 cidades metropolitanas. O Reino Unido assentou a sua estratégia de crescimento em três grandes pilares urbanos: Londres, Escócia e o eixo Leeds-Liverpool. 

Durante muito tempo, desenhámos a régua e esquadro o país que gostaríamos que Portugal fosse. Talvez seja agora o tempo de adequar as nossas estruturas políticas àquilo que Portugal é e pode vir a ser. 

05/10/2016
Carlos Carreiras 
opiniao@newsplex.pt 
Jornal i
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos