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Mercado de porta-contentores dá sinais de recuperação
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Mercado de porta-contentores dá sinais de recuperação
Drewry antecipa modesta margem de lucro para 2017
O segmento dos porta-contentores deverá registar uma perda de 4,5 mil milhões de euros este ano, apesar dos resultados financeiros do segundo semestre apontarem para uma recuperação face ao segundo trimestre, de acordo com a consultora Drewry.
Para 2017, a consultora prevê uma margem de lucro, que considera modesta, de 2,25 mil milhões de euros, devido ao melhoramento das tarifas dos fretes e ao ligeiro aumento do volume de mercadoria movimentada.
“A antecipação desta recuperação, porém, deve ser mantida em perspectiva”, refere a Drewry. Apesar da esperada melhoria nas tarifas dos fretes, dificilmente se atingirão os preços de 2015, devido a vários anos negativos.
Por outro lado, o comportamento dos transportadores já provou ser algo imprevisível e até ilógico. Para não falar do aumento do preço dos combustíveis e da desconfiança que isso pode gerar na indústria.
Já o virtual imobilismo no volume de encomendas de navios e o crescimento do desmantelamento são considerados factores positivos, de acordo com a consultora. Mesmo assim, os próximos dois anos serão de grande desafio da parte da oferta, com um potencial crescimento da frota entre 5 a 6 por cento e muitos ULVCs (ultra large container vessels), ou seja, navios com capacidade a partir de 14.500 TEU, sob encomenda para serem entregues.
Para Neil Dekker, director de pesquisa no segmento de contentores da Drewry, “o colapso da Hanjing é o culminar de vários anos de débeis decisões comerciais e má gestão, não só da parte da empresa, mas de todo o sector”.
De acordo com o mesmo responsável, no entanto “isso não representou necessariamente um ponto de inflexão para a indústria”. Neil Dekker considera provável mais consolidação no transporte marítimo de contentores, sem que a entenda como “a rota para a terra prometida”.
E nota que embora vários executivos digam que isso significa poupanças de centenas de milhões dólares em sinergias, “isso nada significa quando é muito fácil gastá-los em fracos contratos e no desejo de manter uma preciosa quota de mercado”.
A resposta talvez consista em “olhar mais para o lado da receita” e “felizmente há sinais de que o pico do mercado está a ser atingido”, refere o mesmo analista.
Jornal da Economia do Mar
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