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A Madeira pode tudo
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A Madeira pode tudo
Grande parte da discussão pública acontece, naturalmente, em torno dos problemas que a Madeira enfrenta e que continuam por resolver. Alguns são novidade, outros só persistem por pura incapacidade. Mas apesar dos problemas que teimam em aparecer e persistir, não tenho nenhuma dúvida de que a Madeira, com as características da sua terra e da sua gente, pode tudo.
O Governo Regional já fez o seu diagnóstico - o mesmo que Alberto João Jardim costumava fazer. A Madeira não tem um modelo de subsídio à mobilidade aérea que defenda os interesses dos madeirenses, mas a culpa é do Governo da República, porque não o quer rever; a Madeira não tem avião cargueiro, mas a culpa é do Governo da República, porque não o quer pagar para a Madeira ter; a Madeira não tem uma ligação marítima ao Continente, mas a culpa é do Governo da República, porque não quer contribuir; a Madeira não tem um Hospital Novo, mas a culpa é do Governo da República, porque não deu parecer. A lista não tem fim: para Miguel Albuquerque, Rui Abreu, Jaime Filipe Ramos e Carlos Rodrigues, onde a Madeira tem um problema, a culpa é do atual Governo da República.
Apesar do discurso reinante, a Madeira pode tudo, mas há coisas de que deve dispensar. A Madeira não precisa de um jornal oficial do regime, que por mais voltas que dê, ano após ano dá provas de que, nas alturas necessárias, funciona como tal; não precisa de meios oficiosos de propaganda, pagos a peso de ouro, publicados como suplementos e notícias que não o são; não precisa que eleições internas sejam tratadas como assunto de interesse regional, com exclusivos de capa e roteiros de reuniões internas com direito a honras de Estado; não precisa de um Presidente do Governo Regional entretido em viagens internacionais constantes ou deslocações a sedes locais para evitar confusões; não precisa de uma Assembleia Legislativa Regional que mete férias em Julho e volta ao trabalho apenas em Outubro, como se estivesse tudo bem; e a Madeira também não precisa de uma oposição entretida com cenários internos criados pelo único que os vê.
No meio de tudo isto, pode haver quem queira convencer os madeirenses de que as eleições que interessam para o seu futuro são as que acontecem até ao fim do ano nas sedes do PSD Madeira ou as Regionais e Legislativas de 2019. Não são. Para já, as eleições que interessam mesmo são as Autárquicas do próximo ano. A prova disso mesmo é a de que neste momento a Madeira pode tudo precisamente onde existiu alternância democrática há 3 anos. A Madeira pode tudo - e a prova de que pode é o trabalho que muitos autarcas madeirenses vão fazendo: no Porto Moniz, onde os apoios sociais aos jovens e aos idosos se compatibilizam com investimentos locais no futuro de um município que muitos julgavam condenado ao fracasso; no Porto Santo, onde a fatalidade da queda do turismo deu lugar ao regresso aos melhores tempos do passado; em Machico, onde o acumular de dívida levou ao renascer da resistência local de antigamente; e no Funchal, onde a incompetência deu lugar a uma capital regional finalmente virada para o Futuro. Há três anos, as autarquias não podiam nada: estavam endividadas e ninguém sabia o que por lá se passava; hoje podem pagar dívida, sem esquecerem as políticas sociais; podem ter finanças equilibradas, sem esquecerem o investimento; podem governar, sem esquecerem as pessoas.
A Madeira pode tudo e só precisa que se diga e demonstre o óbvio aos madeirenses - e ninguém o tem feito melhor que aqueles que constroem diariamente a alternativa no terreno. Até daqui a um ano, é preciso continuar.
JOÃO PEDRO VIEIRA / 20 OUT 2016 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
O Governo Regional já fez o seu diagnóstico - o mesmo que Alberto João Jardim costumava fazer. A Madeira não tem um modelo de subsídio à mobilidade aérea que defenda os interesses dos madeirenses, mas a culpa é do Governo da República, porque não o quer rever; a Madeira não tem avião cargueiro, mas a culpa é do Governo da República, porque não o quer pagar para a Madeira ter; a Madeira não tem uma ligação marítima ao Continente, mas a culpa é do Governo da República, porque não quer contribuir; a Madeira não tem um Hospital Novo, mas a culpa é do Governo da República, porque não deu parecer. A lista não tem fim: para Miguel Albuquerque, Rui Abreu, Jaime Filipe Ramos e Carlos Rodrigues, onde a Madeira tem um problema, a culpa é do atual Governo da República.
Apesar do discurso reinante, a Madeira pode tudo, mas há coisas de que deve dispensar. A Madeira não precisa de um jornal oficial do regime, que por mais voltas que dê, ano após ano dá provas de que, nas alturas necessárias, funciona como tal; não precisa de meios oficiosos de propaganda, pagos a peso de ouro, publicados como suplementos e notícias que não o são; não precisa que eleições internas sejam tratadas como assunto de interesse regional, com exclusivos de capa e roteiros de reuniões internas com direito a honras de Estado; não precisa de um Presidente do Governo Regional entretido em viagens internacionais constantes ou deslocações a sedes locais para evitar confusões; não precisa de uma Assembleia Legislativa Regional que mete férias em Julho e volta ao trabalho apenas em Outubro, como se estivesse tudo bem; e a Madeira também não precisa de uma oposição entretida com cenários internos criados pelo único que os vê.
No meio de tudo isto, pode haver quem queira convencer os madeirenses de que as eleições que interessam para o seu futuro são as que acontecem até ao fim do ano nas sedes do PSD Madeira ou as Regionais e Legislativas de 2019. Não são. Para já, as eleições que interessam mesmo são as Autárquicas do próximo ano. A prova disso mesmo é a de que neste momento a Madeira pode tudo precisamente onde existiu alternância democrática há 3 anos. A Madeira pode tudo - e a prova de que pode é o trabalho que muitos autarcas madeirenses vão fazendo: no Porto Moniz, onde os apoios sociais aos jovens e aos idosos se compatibilizam com investimentos locais no futuro de um município que muitos julgavam condenado ao fracasso; no Porto Santo, onde a fatalidade da queda do turismo deu lugar ao regresso aos melhores tempos do passado; em Machico, onde o acumular de dívida levou ao renascer da resistência local de antigamente; e no Funchal, onde a incompetência deu lugar a uma capital regional finalmente virada para o Futuro. Há três anos, as autarquias não podiam nada: estavam endividadas e ninguém sabia o que por lá se passava; hoje podem pagar dívida, sem esquecerem as políticas sociais; podem ter finanças equilibradas, sem esquecerem o investimento; podem governar, sem esquecerem as pessoas.
A Madeira pode tudo e só precisa que se diga e demonstre o óbvio aos madeirenses - e ninguém o tem feito melhor que aqueles que constroem diariamente a alternativa no terreno. Até daqui a um ano, é preciso continuar.
JOÃO PEDRO VIEIRA / 20 OUT 2016 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
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