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Enterrar a cabeça em Vidago
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Enterrar a cabeça em Vidago
Pedro Passos Coelho e Mariano Rajoy abandonaram o calor político de Lisboa e Madrid e foram refrescar-se, ainda que por breves horas, na sombra frondosa de Vidago. O pretexto foi a realização de uma cimeira de faz-de-conta - como todas as luso-espanholas - em que nada de substancialmente importante para os dois países ibéricos ficou decidido.
Suspeita-se que o primeiro-ministro português e o presidente do Governo espanhol não tenham tido oportunidade de ir a banhos na pacata vila. Fizeram mal. A alcalinidade das águas cristalinas de Vidago, superior às da afamada Vichy, ajudaria certamente no difícil regresso às respetivas capitais. Rajoy (que venceu as europeias confortavelmente) foi apanhado, como Passos Coelho (que as perdeu estrondosamente), pelos estilhaços da implosão dos socialistas. Mergulhado numa profunda crise de liderança, parte do PSOE aproveitou o vazio de poder deixado por Rubalcaba para fazer emergir posições divergentes sobre o tema quente da atualidade do país vizinho: a proposta de realização de um referendo para escolher entre a monarquia estabelecida ou a república. Fações do PSOE, partido de base republicana, estão a aproveitar o momento da renúncia do rei Juan Carlos para juntarem a voz a alguma esquerda na exigência de referendar o atual regime. Com a contestação a crescer nas ruas, este não será um dossiê fácil para Rajoy gerir. Há demasiadas sensibilidades envolvidas.
Há algo similar deste lado da fronteira onde os socialistas não vivem crise menor apesar de terem tido mais sucesso do que os camaradas castelhanos na última ida às urnas. E é justamente a crise socialista, que acontece ao mesmo tempo de mais um chumbo do Tribunal Constitucional às medidas do executivo PSD/CDS, que está a baralhar os planos de Passos.
Em Vidago, o primeiro-ministro não foi capaz de responder claramente se pretendia levar a legislatura até ao fim. Não disse que sim, mas deixou entrelinhas suficientes para se admitir que não. A coligação governamental sabe que dilatar este tempo favorece o PS. O partido demorará a congregar-se à volta de um líder, seja ele Costa ou um Seguro recauchutado. Depois será, todavia, um Partido Socialista mais forte. A dramatização do discurso social-democrata abre caminho à especulação que admite a realização de legislativas antecipadas no momento em que o PS se encontra fragmentado.
Enquanto nada diz sobre isto, Passos vai esperar tacitamente pelo desfecho socialista. Para já cancelou uma importante deslocação oficial ao Brasil. Os próximos dias revelarão com que objetivo.
05-06-2014
00:09
JN
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