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Teatro
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Teatro
Mais do que o teatro do orçamento, importa refletir por que razão continuamos a ser um país exportador de capital humano e não de meritocracia e transparência.
As eleições americanas são o exemplo de um novo mundo, onde impera a teatralidade. O apelo às emoções, a dramatização e o conflito conseguem retirar o foco da inexistência de medidas concretas que constituam a base de uma recuperação sustentável da economia e da criação de oportunidades para todos.
Esta forma de atuação, mais visível devido à globalização e acesso à informação, é um sintoma de cansaço da sociedade e a prova de que esta, de uma forma geral, está a disposta a trocar os consensos pelos extremos.
Portugal não é diferente e, neste momento, para ser político há que ser um excelente ator.
Veja-se a apresentação do Orçamento do Estado. Parece estar ultrapassada a omissão de documentos essenciais que permitem comparar a real evolução da afetação de recursos aos setores do Estado. Em qualquer um dos últimos 25 anos este seria um momento de insurreição, principalmente quando esses documentos demonstram que existe um desvio significativo de receita prevista, compensada por cativações a princípio temporárias, agora permanentes. Apesar dos desvios, interessa evitar um orçamento retificativo, mantendo a imagem, o teatro.
Vivemos, pois, na era do faz de conta. Faz de conta que a despesa em educação aumenta e que o ministro da Educação sabe o que se passa no seu ministério e com os seus subordinados; faz de conta que o BPP é uma receita corrente, repetindo-se todos os anos, e que não foi dívida pública entretanto emitida com custos para os contribuintes; faz de conta que o poder de compra aumenta quando a receita que o Estado aplica provém da subida de impostos à classe média através de taxas, taxinhas e do aumento de impostos que não se sentem, os indiretos; faz de conta que existe confiança e que captamos milhares de milhões de euros em intenções de investimento, ao mesmo tempo que se fala em reestruturação de dívida, em parte detida por bancos nacionais e pelos pensionistas através do fundo de Segurança Social; faz de conta que existem aumentos aos pensionistas, que são delapidados pelos impostos indiretos ou pelo aumento dos preços previsto para 2017; faz de conta que há responsabilidade dos autarcas em gastar o dinheiro público e que não existe qualquer problema moral em revogar a responsabilização pessoal, ou da equipa como um todo, como se não fosse assim noutras áreas de atividade da economia; faz de conta que o acionista da CGD não são os 10 milhões de portugueses e que a administração foi contratada pelo cidadão comum.
A propósito deste último “faz de conta”, faltou coragem ao Governo para defender o gestor e restante administração que contratou e nas condições em que o fez. Empurrar uma decisão para o Tribunal Constitucional, ou para terceiros, é menosprezar a inteligência dos portugueses e anuir a uma nova forma de agir – a desresponsabilização dos atos.
Mais do que o teatro do orçamento, importa refletir por que razão continuamos a ser um país exportador de capital humano e não de meritocracia e transparência.
Pedro Lino, Economista
00:12
Jornal Económico
As eleições americanas são o exemplo de um novo mundo, onde impera a teatralidade. O apelo às emoções, a dramatização e o conflito conseguem retirar o foco da inexistência de medidas concretas que constituam a base de uma recuperação sustentável da economia e da criação de oportunidades para todos.
Esta forma de atuação, mais visível devido à globalização e acesso à informação, é um sintoma de cansaço da sociedade e a prova de que esta, de uma forma geral, está a disposta a trocar os consensos pelos extremos.
Portugal não é diferente e, neste momento, para ser político há que ser um excelente ator.
Veja-se a apresentação do Orçamento do Estado. Parece estar ultrapassada a omissão de documentos essenciais que permitem comparar a real evolução da afetação de recursos aos setores do Estado. Em qualquer um dos últimos 25 anos este seria um momento de insurreição, principalmente quando esses documentos demonstram que existe um desvio significativo de receita prevista, compensada por cativações a princípio temporárias, agora permanentes. Apesar dos desvios, interessa evitar um orçamento retificativo, mantendo a imagem, o teatro.
Vivemos, pois, na era do faz de conta. Faz de conta que a despesa em educação aumenta e que o ministro da Educação sabe o que se passa no seu ministério e com os seus subordinados; faz de conta que o BPP é uma receita corrente, repetindo-se todos os anos, e que não foi dívida pública entretanto emitida com custos para os contribuintes; faz de conta que o poder de compra aumenta quando a receita que o Estado aplica provém da subida de impostos à classe média através de taxas, taxinhas e do aumento de impostos que não se sentem, os indiretos; faz de conta que existe confiança e que captamos milhares de milhões de euros em intenções de investimento, ao mesmo tempo que se fala em reestruturação de dívida, em parte detida por bancos nacionais e pelos pensionistas através do fundo de Segurança Social; faz de conta que existem aumentos aos pensionistas, que são delapidados pelos impostos indiretos ou pelo aumento dos preços previsto para 2017; faz de conta que há responsabilidade dos autarcas em gastar o dinheiro público e que não existe qualquer problema moral em revogar a responsabilização pessoal, ou da equipa como um todo, como se não fosse assim noutras áreas de atividade da economia; faz de conta que o acionista da CGD não são os 10 milhões de portugueses e que a administração foi contratada pelo cidadão comum.
A propósito deste último “faz de conta”, faltou coragem ao Governo para defender o gestor e restante administração que contratou e nas condições em que o fez. Empurrar uma decisão para o Tribunal Constitucional, ou para terceiros, é menosprezar a inteligência dos portugueses e anuir a uma nova forma de agir – a desresponsabilização dos atos.
Mais do que o teatro do orçamento, importa refletir por que razão continuamos a ser um país exportador de capital humano e não de meritocracia e transparência.
Pedro Lino, Economista
00:12
Jornal Económico
No debate de Orçamento Estado 2017 no Parlamento é só o tempo de ataques entre os grupos parlamentares, é o um debate merda, o povo reeleito deputares e os ministros para a governação do país são demais ignorantes populismo para a importa do orçamento e da governação de portugal, também os outros por ano no Parlamento, não vamos a longe na evolução e desenvolvimento da politica nacional como a bater as palmas para o discurso ignorante a provo são também ignorantes e não saber a ouvi e diz o outro lado são os choques de ideias ideológicas não acredito bem as coisas nos assuntos são debatidos no Parlamento, também os gritos de deputados nas salas de Parlamento na altura de discurso dos outros não a deixar a ouvi a ideia são os gritos ideológicos ignorantes de falta da educação saber a ouvi e pois a falar e no espaço público e não técnicas realidades de neste país nem esta no primeiro mundo ou terceiro mundo na perdia de espetadores a ver o mau espetado !?
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