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A medida do sucesso
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A medida do sucesso
O sucesso, aquele que pode ser medido sob diferentes perspectivas mas que, de tantas vezes repetido, acaba por se tornar verdade inquestionável, é muito perigoso. Porque permite a melhor das desculpas para deixarmos de ver aquilo que é verdadeiramente importante.
Utilizando inteligentemente percentagens em vez de valores absolutos ou clamando alto e bom som por mais um qualquer prémio para o qual nós fomos os que mais votámos, enchemos o ego (que não é necessariamente o mesmo que encher os bolsos mas já se sabe que isso é pecado pelo que nem vou por aí) e começamos alegremente a fazer planos para o futuro baseados em premissas que podem não ser as mais correctas.
Dou exemplos, para tentar fazer-me entender:
- crescer o Revpar a dois dígitos, em percentagem, é bom? Claro que sim, só não podemos é esquecer-nos de onde partimos nem muito menos qual o actual valor absoluto, manifestamente baixo para um destino com mais hotéis de 5 que de 3 estrelas;
- atingir 75% de ocupação média não deve deixar-nos satisfeitos? Evidentemente que sim, sem no entanto esquecer que um quarto das camas continuam por preencher. E interessava perceber o que fazer com estes 25%, ou não?
- constatar um aumento significativo de voos dos principais mercados emissores já neste próximo Inverno não valida o trabalho de promoção que temos vindo a fazer? Sem dúvida nenhuma mas se os não conseguirmos sustentar, tão depressa vão como aqui chegaram.
A tudo isto devemos juntar aquela que é a minha maior preocupação actual, tendo presente que parte destes resultados resultam de questões conjunturais favoráveis:
- continuamos a não medir a satisfação do cliente pelo que não fazemos ideia se aquilo que estamos a oferecer no mínimo corresponde às suas expectativas. Superá-las, no estado de estaleiro e pós incêndios em que nos encontramos, só por obra do Divino...
Em vez disso, que verdadeiramente sustentaria o nosso futuro e adiaria o “quando” conjuntural (que alguns parecem achar que é um “se”, mas não é!), parecemos fortemente empenhados em repetir o erro de 2000, permitindo aumentos de camas desmesurados e sem espaçamento no tempo suficiente para evitar nova pressão negativa nos preços de venda. Porque ter sucesso é isso, é (deixar) construir mais.
Preparava-me agora para abordar a questão das novas camas, pois é diferente fazer 10 hotéis de 100 quartos ou 1 de 1000 mas acabaram-se-me os caracteres... Fica para um dia destes!
ANDRÉ BARRETO / 10 NOV 2016 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
Utilizando inteligentemente percentagens em vez de valores absolutos ou clamando alto e bom som por mais um qualquer prémio para o qual nós fomos os que mais votámos, enchemos o ego (que não é necessariamente o mesmo que encher os bolsos mas já se sabe que isso é pecado pelo que nem vou por aí) e começamos alegremente a fazer planos para o futuro baseados em premissas que podem não ser as mais correctas.
Dou exemplos, para tentar fazer-me entender:
- crescer o Revpar a dois dígitos, em percentagem, é bom? Claro que sim, só não podemos é esquecer-nos de onde partimos nem muito menos qual o actual valor absoluto, manifestamente baixo para um destino com mais hotéis de 5 que de 3 estrelas;
- atingir 75% de ocupação média não deve deixar-nos satisfeitos? Evidentemente que sim, sem no entanto esquecer que um quarto das camas continuam por preencher. E interessava perceber o que fazer com estes 25%, ou não?
- constatar um aumento significativo de voos dos principais mercados emissores já neste próximo Inverno não valida o trabalho de promoção que temos vindo a fazer? Sem dúvida nenhuma mas se os não conseguirmos sustentar, tão depressa vão como aqui chegaram.
A tudo isto devemos juntar aquela que é a minha maior preocupação actual, tendo presente que parte destes resultados resultam de questões conjunturais favoráveis:
- continuamos a não medir a satisfação do cliente pelo que não fazemos ideia se aquilo que estamos a oferecer no mínimo corresponde às suas expectativas. Superá-las, no estado de estaleiro e pós incêndios em que nos encontramos, só por obra do Divino...
Em vez disso, que verdadeiramente sustentaria o nosso futuro e adiaria o “quando” conjuntural (que alguns parecem achar que é um “se”, mas não é!), parecemos fortemente empenhados em repetir o erro de 2000, permitindo aumentos de camas desmesurados e sem espaçamento no tempo suficiente para evitar nova pressão negativa nos preços de venda. Porque ter sucesso é isso, é (deixar) construir mais.
Preparava-me agora para abordar a questão das novas camas, pois é diferente fazer 10 hotéis de 100 quartos ou 1 de 1000 mas acabaram-se-me os caracteres... Fica para um dia destes!
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