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Alexander Panagopulos (Arista): Falta «enquadramento jurídico» para fixar indústria marítima em Portugal
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Alexander Panagopulos (Arista): Falta «enquadramento jurídico» para fixar indústria marítima em Portugal
Ainda no painel relativo ao Transporte Marítimo que decorreu esta quinta-feira, inserido na II Grande Conferência Blue Economy, o moderador Jorge d’Almeida apresentou Alexander Panagopulos, presidente da Arista Shipping, referindo que o mesmo merecia uma estátua na Beloura. E à medida que o mesmo falava de Portugal e da história da Arista, que se mudou para Portugal e para a Beloura em específico, percebemos que a estátua não seria um exagero.
Na sua intervenção, marcada por palavras extremamente elogiosas para Portugal e para os portugueses, Alexander Panagopulos prometeu trazer uma «visão mais otimista» do que a apresentada por Cirstina Alves, considerando que «cada problema é uma oportunidade».
Ainda assim, ressalvou concordar «com tudo» o que fora referido por Cristina Alves e mostrou-se, inevitavelmente, preocupado com algumas realidades.
«As novas regras de emissões entram em vigor já em 2020 e nós pensamos que ainda estamos em 2016 mas já estamos no final do ano», começou por referir, apontando também o dedo aos bancos e às suas previsões que, na sua opinião, são «sempre lineares»: «Se a indústria está a crescer, preveem um crescimento linear para o futuro. Se a indústria está em quebra, preveem quebra linear». Porém, lembra, o setor é, ele próprio, uma constante «onda» na qual os atores como os armadores estão constantemente «a surfar».
Alexander Panagopulos relacionou ainda dois problemas/desafios já apresentados por Cristina Alves: a desvalorização dos navios e os necessários investimentos em ‘scrubbers’. «Um navio de 10 anos vale, no máximo, 14 milhões no atual mercado. Vamos investir 10 milhões no novo ‘scrubber’?», questionou de forma retórica.
«Recebemos com agrado as mudanças que visam melhorar o ambiente», acrescentou o presidente da Arista, ressalvando porém que «os custos disso vão repercutir-se em toda a cadeia» - isto num mundo onde 90% dos bens movimentados usam o modo marítimo.
Sobre os combustíveis, defendeu que «o LNG é o futuro», sugerindo a apreciação de um projeto em que a Arista está envolvida, o Project Forward (ver AQUI)
O tema do registo dos navios também foi alvo de debate no painel e Alexander Panagopulos lembrou que os navios da Arista «estão registados nas Ilhas Marshall e Libéria». «Mas não estamos a fazer nada ilegal, é parte do negócio e parte da indústria», acrescentou sobre uma realidade inegável num setor que procura de todas as formas cortar nos custos. Mas admitiu o potencial de Portugal, e do registo da Madeira em particular.
Aproveitando o andamento, e já que falava de Portugal e do potencial marítimo, o responsável da Arista Shipping defendeu que o país ainda não percebeu bem o que pode ter aqui em mãos. «Quando pensamos em cluster marítimo, as pessoas não percebem quão grande pode ser para Portugal», argumentou, dando o exemplo grego que conhece bem, no qual o mar contribui com milhares de milhões para a economia grega «de forma direta».
O presidente da Arista lamentou a falta de condições para fixação de atividades marítimas em Portugal, vincando que a sua companha «está em Portugal mas não totalmente» devido à falta de «enquadramento jurídico». Com essa lacuna, refere, «não podemos atrair a indústria marítima nem mais empresas da comunidade do shipping».
«Singapura não era um cluster do shipping há 50 anos. O que fizeram? Foram a eventos, foram porta-a-porta, criaram condições», referiu ainda Alexander Panagopulos, vendo aí um exemplo para o que Portugal deve fazer. E, acrescentou, o nosso país tem muito melhores condições a vários níveis: mais barato para viver, melhor clima, a cultura… «Portugal tem 9 empresas de shipping. Devia ter 250!», concluiu.
11/11/2016
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