Armador italiano regressa ao porto de Lisboa (80 mil toneladas ao ano "acima de 18 mil TEUs por ano")

O porto de Lisboa vai voltar a ser escalado pelo novo serviço de linha da Cosiarma – Central America Mediterranean Service.

O regresso foi ontem assinalado com a entrega de uma placa comemorativa ao comandante do navio “Cala Pula” e, a partir de agora, a ligação é semanal entre a América Central e o Mediterrâneo.

Esta “é uma ligação do importante armador italiano Cosiarma que volta à capital portuguesa devido ao regresso da estabilidade e da paz social ao porto de Lisboa”, destaca um comunicado da APL – Administração do Porto de Lisboa.

O armador Cosiarma escalou Lisboa durante 18 anos, tendo interrompido essa ligação em 2014, devido às consecutivas greves de estivadores que perturbaram o funcionamento do porto da capital.

“Retoma-se agora a ligação histórica a uma linha que tem já previstas 52 escalas, operadas na Sotagus – Terminal de Contentores de Santa Apolónia, que irão ser feitas por quatro navios com valores de arqueação bruta de 14.868 GT [gross tonnage ou tonelagem bruta] (…)”, avança o referido comunicado da APL.

O serviço agora retomado pela Cosiarma para o porto de Lisboa é maioritariamente de importação de fruta fresca, com grande destaque para a banana. “No entanto é expetável que se consiga operar alguma carga para exportação. Em termos de toneladas previstas de movimentação poderemos apontar para as 80.000 toneladas ano, numa primeira fase deste serviço em Lisboa”, explica a APL.

Lídia Sequeira, presidente do Porto de Lisboa, destaca que a Cosiarma “é um armador e uma linha histórica cujo regresso é muito relevante e simbólico da renovada capacidade do porto de Lisboa para atrair e captar este tipo de serviços que são de grande importância para a economia nacional”.

A Cosiarma é agenciada pela Ocidenave Navegação Lda, “este ,

Para 2017, “as expectativas do Porto de Lisboa são ambiciosas, quer com o retorno deste serviço da Cosiarma, que vem reforçar o posicionamento do porto de Lisboa como plataforma de importação de fruta fresca vinda da América Central, quer com perspetivas de reforço de outras linhas já presentes como será o caso da WEC Lines, que serve o mercado da Península Ibérica e Norte da Europa”, conclui o referido comunicado da APL.

Nuno Miguel Silva
 13:38
Jornal Económico