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Estará ameaçado o atual modelo de negócio dos operadores de telecomunicações?
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Estará ameaçado o atual modelo de negócio dos operadores de telecomunicações?
Face à disrupção acelerada que ocorre atualmente no setor, os operadores de telecomunicações tradicionais têm uma oportunidade ímpar de transformar os seus modelos de negócio se quiserem manter-se competitivos.
Não obstante a concorrência natural que historicamente existe no setor das telecomunicações, onde as evoluções são graduais e previsíveis, os operadores são hoje confrontados com um novo paradigma, os gigantes digitais (Google, Apple, Facebook, Amazon, entre outros). A natureza global destas empresas, aliada aos níveis de investimento e ciclos de inovação de que dispõem, induzem novas realidades na equação económica do setor. Ou seja, os atuais modelos de negócio necessitam de ser reavaliados e flexibilizados. Necessitam de uma reflexão profunda sobre como evoluir, mantendo a solidez da sua base de clientes e receita.
O atual modelo de negócio dos operadores tradicionais está sob ameaça, porque os consumidores recorrem aos gigantes digitais como plataformas alternativas de serviços de comunicações, vídeo, mensagens ou simplesmente voz. Este facto, inicialmente percecionado como uma ameaça, surge também como uma oportunidade única para os operadores tradicionais se transformarem e tornarem-se verdadeiros operadores digitais integrados (vulgo "integrated digital service provider"). Esta evolução do modelo de negócio tradicional permitirá aos operadores um reposicionamento na nova economia digital, tornando-os essencialmente protagonistas ativos no novo ecossistema.
De forma a enfrentar os desafios impostos pelos ditos gigantes digitais, os atuais candidatos a operadores digitais integrados terão de combinar a manutenção dos seus investimentos em infraestruturas e rede com novas apostas nas áreas de operações e desenvolvimento de serviços de forma a tornar o advento digital parte integrante do seu negócio. Importa referir que esta estratégia deverá assentar na rentabilização das principais virtudes dos operadores tradicionais no mercado onde operam: marcas comerciais fortes e fiáveis, proximidade com os clientes, relações contratuais já estabelecidas, importante base de clientes com conhecimento dos seus comportamentos e infraestruturas de rede robustas.
Uma jornada de transformação digital na sua plenitude deverá atuar em três vetores distintos (mas complementares na sua essência): i) digitalização do serviço e interações com o cliente (simplificando e enriquecendo a experiência do cliente); ii) desenvolvimento de novos produtos e serviços digitais (ou que capitalizem o digital como complemento às ofertas já existentes); e iii) digitalização das operações e processos internos tornando-os mais automáticos, inteligentes e eficazes.
Este percurso será tão mais suave quanto a adoção de "enablers" que garantam a transformação digital de forma sustentada, seja através da evolução do modelo de desenvolvimento dos sistemas de informação, tornando-os mais ágeis e flexíveis ("multi-speed IT"), seja no processo de gestão da mudança a refletir nas organizações.
A concretização desta jornada não é simples. A sua execução e implementação implicam um conjunto de importantes desafios para as organizações. A identificação do modelo operativo correto, o modelo de governance mais adequado, e o progresso da implementação sem que isso se traduza em disrupções no "business-as-usual" são fatores críticos para o sucesso da jornada digital.
Não existe uma receita única que garanta o sucesso da transformação digital nos operadores de telecomunicações. Dependerá do seu estágio de maturidade, cultura organizacional e ecossistema de parceiros. O que é certo é que os gigantes globais estão bem presentes no dia a dia e no estilo de vida dos consumidores. Caberá a cada operador e aos seus órgãos de gestão a responsabilidade de se tornarem verdadeiros operadores digitais integrados, viáveis e atrativos a curto/médio prazo para os seus clientes, colaboradores e acionistas.
Managing director da Accenture na área de Comunicações, Media & Tecnologia
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
Sérgio Ribeiro
22 de Janeiro de 2017 às 18:10
Negócios
Não obstante a concorrência natural que historicamente existe no setor das telecomunicações, onde as evoluções são graduais e previsíveis, os operadores são hoje confrontados com um novo paradigma, os gigantes digitais (Google, Apple, Facebook, Amazon, entre outros). A natureza global destas empresas, aliada aos níveis de investimento e ciclos de inovação de que dispõem, induzem novas realidades na equação económica do setor. Ou seja, os atuais modelos de negócio necessitam de ser reavaliados e flexibilizados. Necessitam de uma reflexão profunda sobre como evoluir, mantendo a solidez da sua base de clientes e receita.
O atual modelo de negócio dos operadores tradicionais está sob ameaça, porque os consumidores recorrem aos gigantes digitais como plataformas alternativas de serviços de comunicações, vídeo, mensagens ou simplesmente voz. Este facto, inicialmente percecionado como uma ameaça, surge também como uma oportunidade única para os operadores tradicionais se transformarem e tornarem-se verdadeiros operadores digitais integrados (vulgo "integrated digital service provider"). Esta evolução do modelo de negócio tradicional permitirá aos operadores um reposicionamento na nova economia digital, tornando-os essencialmente protagonistas ativos no novo ecossistema.
De forma a enfrentar os desafios impostos pelos ditos gigantes digitais, os atuais candidatos a operadores digitais integrados terão de combinar a manutenção dos seus investimentos em infraestruturas e rede com novas apostas nas áreas de operações e desenvolvimento de serviços de forma a tornar o advento digital parte integrante do seu negócio. Importa referir que esta estratégia deverá assentar na rentabilização das principais virtudes dos operadores tradicionais no mercado onde operam: marcas comerciais fortes e fiáveis, proximidade com os clientes, relações contratuais já estabelecidas, importante base de clientes com conhecimento dos seus comportamentos e infraestruturas de rede robustas.
Uma jornada de transformação digital na sua plenitude deverá atuar em três vetores distintos (mas complementares na sua essência): i) digitalização do serviço e interações com o cliente (simplificando e enriquecendo a experiência do cliente); ii) desenvolvimento de novos produtos e serviços digitais (ou que capitalizem o digital como complemento às ofertas já existentes); e iii) digitalização das operações e processos internos tornando-os mais automáticos, inteligentes e eficazes.
Este percurso será tão mais suave quanto a adoção de "enablers" que garantam a transformação digital de forma sustentada, seja através da evolução do modelo de desenvolvimento dos sistemas de informação, tornando-os mais ágeis e flexíveis ("multi-speed IT"), seja no processo de gestão da mudança a refletir nas organizações.
A concretização desta jornada não é simples. A sua execução e implementação implicam um conjunto de importantes desafios para as organizações. A identificação do modelo operativo correto, o modelo de governance mais adequado, e o progresso da implementação sem que isso se traduza em disrupções no "business-as-usual" são fatores críticos para o sucesso da jornada digital.
Não existe uma receita única que garanta o sucesso da transformação digital nos operadores de telecomunicações. Dependerá do seu estágio de maturidade, cultura organizacional e ecossistema de parceiros. O que é certo é que os gigantes globais estão bem presentes no dia a dia e no estilo de vida dos consumidores. Caberá a cada operador e aos seus órgãos de gestão a responsabilidade de se tornarem verdadeiros operadores digitais integrados, viáveis e atrativos a curto/médio prazo para os seus clientes, colaboradores e acionistas.
Managing director da Accenture na área de Comunicações, Media & Tecnologia
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
Sérgio Ribeiro
22 de Janeiro de 2017 às 18:10
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