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O Porto não é o Faroeste
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O Porto não é o Faroeste
O Porto aprovará o primeiro regulamento para o transporte turístico, que obriga a aplicar normas ambientais.
Os filmes de cowboys, que nos entretinham nas matinés de domingo, são uma boa referência se quisermos pensar nos dilemas do desenvolvimento urbano de hoje. Nessas fitas, pequenas cidades perdidas no deserto eram invadidas por garimpeiros em busca do ouro. Traziam dinheiro e dinâmica aos saloons e aos bordéis do Faroeste e criavam emprego para os homens que, até aí, envelheciam entre copos e poeira. Mas também traziam as pistolas e mais trabalho para o Xerife. No imaginário televisivo americano, encontramos, mais tarde, a série Dallas, onde JR continuava a ostentar o chapéu de cowboy, mas para procurar ouro negro. Como no velho Faroeste, o desenvolvimento, o emprego e a riqueza da indústria petrolífera também trouxeram o reverso da medalha, com a especulação e a disputa. Foi com impulsos como estes que os EUA se transformaram num grande país. Cheio de defeitos, claro está, mas desenvolvido.
Portugal vive agora a descoberta de um filão. O turismo, antes confinado à areia algarvia, entrou nas cidades e transformou-as. Os cafés abandonados, os prédios em ruína e as ruas desertas encheram-se de garimpeiros, que trouxeram reabilitação e emprego. Mas também trouxeram poluição, trânsito e transformações aceleradas.
A questão não está em saber se queremos ou não o desenvolvimento. Descontando um ou outro "Velho do Restelo", ninguém pode defender responsavelmente o regresso ao passado de esvaziamento dos centros históricos e de ruína.
Mas também não podemos deixar de olhar para o fenómeno e usar os meios legais de que dispomos, e que às vezes são escassos, para regular. O Porto aprovará, na próxima terça-feira, o primeiro regulamento para o transporte turístico, que restringe percursos e paragens, obriga à aplicação de normas ambientais e defende a vida quotidiana dos portuenses. Foi um longo e difícil caminho em que a Câmara trabalhou com agentes económicos e associações do setor no sentido de encontrar soluções de sustentabilidade. Para o turismo e para a cidade.
Como autarca e como presidente da Associação de Turismo do Porto, não posso deixar de elogiar estes novos "garimpeiros" que operam no Porto, por terem sabido entender que não há turistas que queiram vir ao Porto para ver autocarros de turismo e tuc-tuc, e que colaboraram no processo, sem preconceitos.
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/rui-moreira/detalhe/o-porto-nao-e-o-faroeste?ref=opiniao_destaque
Por Rui Moreira|00:30
Presidente da Câmara Municipal de Porto
Correio da Manhã
Os filmes de cowboys, que nos entretinham nas matinés de domingo, são uma boa referência se quisermos pensar nos dilemas do desenvolvimento urbano de hoje. Nessas fitas, pequenas cidades perdidas no deserto eram invadidas por garimpeiros em busca do ouro. Traziam dinheiro e dinâmica aos saloons e aos bordéis do Faroeste e criavam emprego para os homens que, até aí, envelheciam entre copos e poeira. Mas também traziam as pistolas e mais trabalho para o Xerife. No imaginário televisivo americano, encontramos, mais tarde, a série Dallas, onde JR continuava a ostentar o chapéu de cowboy, mas para procurar ouro negro. Como no velho Faroeste, o desenvolvimento, o emprego e a riqueza da indústria petrolífera também trouxeram o reverso da medalha, com a especulação e a disputa. Foi com impulsos como estes que os EUA se transformaram num grande país. Cheio de defeitos, claro está, mas desenvolvido.
Portugal vive agora a descoberta de um filão. O turismo, antes confinado à areia algarvia, entrou nas cidades e transformou-as. Os cafés abandonados, os prédios em ruína e as ruas desertas encheram-se de garimpeiros, que trouxeram reabilitação e emprego. Mas também trouxeram poluição, trânsito e transformações aceleradas.
A questão não está em saber se queremos ou não o desenvolvimento. Descontando um ou outro "Velho do Restelo", ninguém pode defender responsavelmente o regresso ao passado de esvaziamento dos centros históricos e de ruína.
Mas também não podemos deixar de olhar para o fenómeno e usar os meios legais de que dispomos, e que às vezes são escassos, para regular. O Porto aprovará, na próxima terça-feira, o primeiro regulamento para o transporte turístico, que restringe percursos e paragens, obriga à aplicação de normas ambientais e defende a vida quotidiana dos portuenses. Foi um longo e difícil caminho em que a Câmara trabalhou com agentes económicos e associações do setor no sentido de encontrar soluções de sustentabilidade. Para o turismo e para a cidade.
Como autarca e como presidente da Associação de Turismo do Porto, não posso deixar de elogiar estes novos "garimpeiros" que operam no Porto, por terem sabido entender que não há turistas que queiram vir ao Porto para ver autocarros de turismo e tuc-tuc, e que colaboraram no processo, sem preconceitos.
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/rui-moreira/detalhe/o-porto-nao-e-o-faroeste?ref=opiniao_destaque
Por Rui Moreira|00:30
Presidente da Câmara Municipal de Porto
Correio da Manhã
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