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Descapotáveis
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Descapotáveis
Os automóveis alemães descapotáveis que há oito anos aterraram em Portugal, na Autoeuropa, tinham, seguramente, a barra que os carros de tecto aberto...
... Possuem atrás dos passageiros para evitar que estes sejam esmagados pelo peso da viatura em caso de capotagem, mas a nossa economia, que beneficiou com as exportações que este modelo gerou, estava, como continua a estar, completamente desprotegida se e quando uma das empresas fundamentais para a exportação diminuir a produção.
Segundo os registos e a memória dos media, há oito anos, o então deputado Pires de Lima, hoje ministro da Economia, perguntava no Parlamento que garantias de solidez existem numa retoma económica que, cito, andava à boleia de um descapotável. Hoje se a maior refinaria nacional - a de Sines - abranda para manutenção, as exportações caem a ponto do produto voltar a ser negativo como foi revelado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) relativamente ao primeiro trimestre de 2014.
A excessiva dependência da economia portuguesa relativamente às exportações de um sector e de uma única empresa, seja ela a Autoeuropa, como já foi, seja a Galp, como ainda é, assume-se como um erro, suportável quando as coisas correm bem mas insuportável quando não há margem de manobra e as condições alteram-se de forma irremediável e negativa. A venda de combustíveis da Galp já representaram 10% do valor das exportações - uma quebra acentuada como a que se verificou no início deste ano é suficiente para inverter a tendência da nossa Economia.
Aprendi, principalmente como empresário com interesses empresariais em mais do que um sector e em sectores não dependentes entre eles, que esta diversidade é prudente e fundamental em momentos mais difíceis - as crises sentem-se de forma diferente de sector para sector e as probabilidades de sermos arrastados por uma crise se estivermos escudados em diferentes investimentos descem significativamente. É também menos provável que todos os sectores entrem em crise ao mesmo tempo.
Ninguém quer um descapotável sem barras de protecção e até, para muita gente, o ideal é um descapotável que tenha uma capota de por e tirar, manual ou automaticamente.
Luís Lima
16/06/14 00:05
Económico
... Possuem atrás dos passageiros para evitar que estes sejam esmagados pelo peso da viatura em caso de capotagem, mas a nossa economia, que beneficiou com as exportações que este modelo gerou, estava, como continua a estar, completamente desprotegida se e quando uma das empresas fundamentais para a exportação diminuir a produção.
Segundo os registos e a memória dos media, há oito anos, o então deputado Pires de Lima, hoje ministro da Economia, perguntava no Parlamento que garantias de solidez existem numa retoma económica que, cito, andava à boleia de um descapotável. Hoje se a maior refinaria nacional - a de Sines - abranda para manutenção, as exportações caem a ponto do produto voltar a ser negativo como foi revelado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) relativamente ao primeiro trimestre de 2014.
A excessiva dependência da economia portuguesa relativamente às exportações de um sector e de uma única empresa, seja ela a Autoeuropa, como já foi, seja a Galp, como ainda é, assume-se como um erro, suportável quando as coisas correm bem mas insuportável quando não há margem de manobra e as condições alteram-se de forma irremediável e negativa. A venda de combustíveis da Galp já representaram 10% do valor das exportações - uma quebra acentuada como a que se verificou no início deste ano é suficiente para inverter a tendência da nossa Economia.
Aprendi, principalmente como empresário com interesses empresariais em mais do que um sector e em sectores não dependentes entre eles, que esta diversidade é prudente e fundamental em momentos mais difíceis - as crises sentem-se de forma diferente de sector para sector e as probabilidades de sermos arrastados por uma crise se estivermos escudados em diferentes investimentos descem significativamente. É também menos provável que todos os sectores entrem em crise ao mesmo tempo.
Ninguém quer um descapotável sem barras de protecção e até, para muita gente, o ideal é um descapotável que tenha uma capota de por e tirar, manual ou automaticamente.
Luís Lima
16/06/14 00:05
Económico
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