Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2019  2012  2015  cmtv  2017  2010  cais  2023  2016  tvi24  2013  2011  2018  2014  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
A irresponsabilidade das PME EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
A irresponsabilidade das PME EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
A irresponsabilidade das PME EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
A irresponsabilidade das PME EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
A irresponsabilidade das PME EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
A irresponsabilidade das PME EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
A irresponsabilidade das PME EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
A irresponsabilidade das PME EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
A irresponsabilidade das PME EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


A irresponsabilidade das PME Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
156 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 156 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

A irresponsabilidade das PME

Ir para baixo

A irresponsabilidade das PME Empty A irresponsabilidade das PME

Mensagem por Admin Qui Fev 02, 2017 12:19 am

O PCP detesta as grandes empresas, despreza as multinacionais, chama-lhes devoradoras e oportunistas, embora isso na verdade seja um pouco bizarro. São raras as grandes companhias internacionais presentes em Portugal que escolhem pagar o salário mínimo. Pagam quase sempre acima, muitas definem os mil euros brutos como patamar mínimo aceitável. E fazem muito bem. São também elas que mais proteção social oferecem no dia-a-dia; e também são as que melhor formação dão aos seus trabalhadores, procurando incentivar as pessoas para o esforço individual e para os objetivos comuns da empresa, mobilizando as equipas para a necessidade de trabalhar melhor e assim talvez ganhar um pouco mais.

Quando os negócios dão para o torto, e muitas vezes dão mesmo, até para razões externas ao país, são também as multinacionais as que pagam melhores indemnizações e com menos chatices judiciais pelo meio. Não arrastam tanto os pés, pagam e avançam com menos barulho e menor desgaste emocional para todos. São também elas as que mais se sujeitam aos sindicatos e as que mais negoceiam - horários, bolsas de horas, escalas, prémios -, mantendo contactos e negociações frequentes de modo a proteger-se das greves e baixas de produtividade que estragam o negócio em momentos de maior procura.

Apesar de a realidade ser esta, a retórica do PCP faz de conta que não. Sugere sempre nas entrelinhas que os malvados capitalistas internacionais querem sugar os portugueses através de salários de miséria e condições de trabalho deploráveis. Eu sei, todos sabemos, a política partidária tem destas coisas: os factos são uma maçada e o capitalista internacional é, por definição, um explorador das massas. Mas se olharmos com atenção para todos os pontos que referi nas linhas anteriores, se olharmos para as notícias que saem, se estivermos minimamente atentos ao que nos rodeia, constatamos que são as pequenas e médias empresas, as famosas e maravilhosas PME, que mais quebram a lei, que pior pagam, que mais conflitos laborais provocam, que mais vezes desrespeitam os contratos sem qualquer rebuço. Há exceções, claro, mas a tendência é esta: é mais seguro trabalhar para uma grande empresa do que para uma PME nacional ou uma nanoempresa de vão de escada que nasce cheia de boas intenções e rapidamente azeda.

Há dias uma amiga minha, com contrato a prazo, contou alegremente ao patrão que estava grávida. Dias depois ela estava na rua, apesar de todos os elogios anteriores que ele lhe tinha feito. De empregada modelo passou a modelo de irresponsabilidade porque escolheu ter um filho aos trinta e poucos anos. Engravidar é crime para uma parte do nosso empresariado PME fura-vidas.

E no entanto, segundo a fábula dominante, os grandes culpados disto tudo que nos tem acontecido nos últimos anos, todas as agruras e apertos, são as multinacionais e o capital internacional desenfreado, rebarbativo. Bem sei que a financeirização da economia é um problema - o dinheiro segue para atividades especulativas, mais rentáveis, foge da indústria. Mas as multinacionais que subsistem - elas estão sob pressão neste mundo protecionista que está a reaparecer - têm ajudado Portugal a melhorar, além de terem trazido investimento e de ajudarem a exportar mão-de-obra qualificada. Quantos portugueses estão hoje no estrangeiro a ganhar bem e a melhorar-se por causa destas oportunidades?

Não se trata de agradecer humildemente, bovinamente, mas apenas de reconhecer este contributo essencial para nos melhorarmos. Em vez disto, a extrema-esquerda nega esta evidência e valoriza as PME como se fossem uma extraordinária dádiva económica. Seria bom que assim fosse, que tivéssemos o que têm os italianos, boas empresas de tamanho médio capazes de competir internacionalmente não apenas pelos salários efetivamente de miséria. Mas a realidade ainda não é essa, talvez lá cheguemos, mas estamos ainda muito longe.

É por isso que a decisão que o governo tomou para compensar a justa subida do salário mínimo - a redução do pagamento especial por conta -, embora útil e eficaz, me deixa essa pequena azia que não me larga. As PME, as boas, as más e as péssimas, todas elas vão beneficiar da baixa do PEC, enquanto as outras, as multinacionais e as maiores, como não pagam salários mínimos, como têm essa decência, ficam a ver navios. Talvez não houvesse outra solução, mas é por isso que a redução do IRC seria sempre socialmente mais justa - redução que os partidos de esquerda recusam incrivelmente discutir.

P.S. - Dito isto, não me esqueço do outro lado da questão: a fuga legal ao fisco (chamam-lhe otimização fiscal...) que tantas destas grandes empresas praticam. Fica para uma próxima coluna.

02 DE FEVEREIRO DE 2017
00:10
André Macedo
Diário de Notícias
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos