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Colaboração: a resposta para os riscos globais
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Colaboração: a resposta para os riscos globais
A colaboração em temas urgentes já se demonstrou possível, como comprova o Acordo de Paris, que juntou as principais potências por uma causa. Mas é preciso muito mais.
Recentemente foi divulgado o Relatório de Riscos Globais 2017, do Fórum Económico Mundial, o qual avaliou 30 riscos a nível global, bem como as principais tendências que se encontram em constante evolução e que poderão contribuir para aumentar ou alterar as interconexões entre eles. Salienta o relatório que desigualdade económica, polarização social e intensificação dos perigos ambientais são as três principais tendências que irão moldar o desenvolvimento global nos próximos dez anos.
Quando analisamos as principais preocupações ao nível global, elas parecem estar quase todas ligadas, de uma forma ou de outra, com questões levantadas com a nova era da globalização: “ataques terroristas”, “roubo ou fraude em bases de dados”, “ciberataques” ou “falha na mitigação e adaptação às alterações climáticas”.
Em Portugal, menos afetado em larga escala por eventos globais e refletindo a conjuntura social, económica e política que o País tem atravessado, as preocupações parecem ser outras. De facto, os dois principais riscos apontados foram o de “falha no mecanismo financeiro ou instituição” e “desemprego ou subemprego”. Comparativamente com a média é ainda possível verificar que em Portugal existe uma maior preocupação em riscos como “falha da governação nacional”, a “migração involuntária em larga escala”, a “deflação” ou o “colapso do Estado/crise”.
No fundo, questões que afetam diretamente o dia a dia da população, se recordarmos o recente resultado das eleições legislativas em 2015 ou os dados divulgados pela Nações Unidas, no Emigration Factbook 2015, que revelaram que os valores da emigração atingiram o maior valor de sempre.
Contudo, se os riscos da era global ainda não merecem muita preocupação em Portugal, a verdade é que parece ser apenas uma questão de tempo até começarem a ganhar contornos mais reais. Considerando este panorama, qual é o desafio que se coloca para fazer face a estes riscos?
Na Era da Globalização, setores como a produção, a mobilidade, a comunicação ou a energia estão a mudar com uma rapidez e alcance sem precedentes, trazendo repercussões a diversos níveis, desde alterações nos padrões de emprego até às relações sociais e à estabilidade geopolítica.
Todos os riscos associados a estes setores encontram-se intimamente interligados, pelo que urge a colaboração entre diversas entidades. Primeiro, dentro de cada país, a colaboração entre entidades públicas e privadas e, em última instância, uma colaboração a nível global para fazer face aos riscos que se avizinham.
E a colaboração em temas urgentes já se demonstrou possível, como comprova o Acordo de Paris, que juntou as principais potências por uma causa. Mas esta colaboração precisa de se estender a muitos outros setores; caso contrário, continuarão a surgir movimentos “antissistema”, voltados para o interior de cada país, que culpabilizarão a era da globalização pela precarização das condições de vida das populações.
As transformações associadas à quarta revolução industrial estão a coincidir com outros desafios: a automação de centenas de postos de trabalho mostra-se cada vez mais real e, neste caso, importa relembrar que os robôs não pagam impostos; o aumento da esperança média de vida e as constantes taxas de juro baixas apresentam um desafio para os países com sistemas de proteção social. Depois temos a migração em massa, as catástrofes naturais associadas às alterações climáticas, os ataques terroristas pelo mundo, entre muitos outros riscos que, como já vimos, representam sérios desafios para a estabilidade dos países.
Perante este cenário, acredito mesmo que parte da solução para minimizar o impacto destes riscos passe pela colaboração entre todos. Precisamos de manter em mente que a mudança, em muitas formas, pode ser benéfica. No entanto, quando ocorrem grandes alterações, como as acima mencionadas, acabamos por ser lembrados ou relembrados, de como tudo está interligado, inclusive os riscos e as consequências das mudanças. Atendendo a essa ligação, é fulcral que os líderes ajam com responsabilidade o que, num contexto de riscos globais, é o mesmo que dizer agir em colaboração e não de forma isolada.
Edgar Lopes, Chief Risk Officer da Zurich Portugal
00:07
Jornal Económico
Recentemente foi divulgado o Relatório de Riscos Globais 2017, do Fórum Económico Mundial, o qual avaliou 30 riscos a nível global, bem como as principais tendências que se encontram em constante evolução e que poderão contribuir para aumentar ou alterar as interconexões entre eles. Salienta o relatório que desigualdade económica, polarização social e intensificação dos perigos ambientais são as três principais tendências que irão moldar o desenvolvimento global nos próximos dez anos.
Quando analisamos as principais preocupações ao nível global, elas parecem estar quase todas ligadas, de uma forma ou de outra, com questões levantadas com a nova era da globalização: “ataques terroristas”, “roubo ou fraude em bases de dados”, “ciberataques” ou “falha na mitigação e adaptação às alterações climáticas”.
Em Portugal, menos afetado em larga escala por eventos globais e refletindo a conjuntura social, económica e política que o País tem atravessado, as preocupações parecem ser outras. De facto, os dois principais riscos apontados foram o de “falha no mecanismo financeiro ou instituição” e “desemprego ou subemprego”. Comparativamente com a média é ainda possível verificar que em Portugal existe uma maior preocupação em riscos como “falha da governação nacional”, a “migração involuntária em larga escala”, a “deflação” ou o “colapso do Estado/crise”.
No fundo, questões que afetam diretamente o dia a dia da população, se recordarmos o recente resultado das eleições legislativas em 2015 ou os dados divulgados pela Nações Unidas, no Emigration Factbook 2015, que revelaram que os valores da emigração atingiram o maior valor de sempre.
Contudo, se os riscos da era global ainda não merecem muita preocupação em Portugal, a verdade é que parece ser apenas uma questão de tempo até começarem a ganhar contornos mais reais. Considerando este panorama, qual é o desafio que se coloca para fazer face a estes riscos?
Na Era da Globalização, setores como a produção, a mobilidade, a comunicação ou a energia estão a mudar com uma rapidez e alcance sem precedentes, trazendo repercussões a diversos níveis, desde alterações nos padrões de emprego até às relações sociais e à estabilidade geopolítica.
Todos os riscos associados a estes setores encontram-se intimamente interligados, pelo que urge a colaboração entre diversas entidades. Primeiro, dentro de cada país, a colaboração entre entidades públicas e privadas e, em última instância, uma colaboração a nível global para fazer face aos riscos que se avizinham.
E a colaboração em temas urgentes já se demonstrou possível, como comprova o Acordo de Paris, que juntou as principais potências por uma causa. Mas esta colaboração precisa de se estender a muitos outros setores; caso contrário, continuarão a surgir movimentos “antissistema”, voltados para o interior de cada país, que culpabilizarão a era da globalização pela precarização das condições de vida das populações.
As transformações associadas à quarta revolução industrial estão a coincidir com outros desafios: a automação de centenas de postos de trabalho mostra-se cada vez mais real e, neste caso, importa relembrar que os robôs não pagam impostos; o aumento da esperança média de vida e as constantes taxas de juro baixas apresentam um desafio para os países com sistemas de proteção social. Depois temos a migração em massa, as catástrofes naturais associadas às alterações climáticas, os ataques terroristas pelo mundo, entre muitos outros riscos que, como já vimos, representam sérios desafios para a estabilidade dos países.
Perante este cenário, acredito mesmo que parte da solução para minimizar o impacto destes riscos passe pela colaboração entre todos. Precisamos de manter em mente que a mudança, em muitas formas, pode ser benéfica. No entanto, quando ocorrem grandes alterações, como as acima mencionadas, acabamos por ser lembrados ou relembrados, de como tudo está interligado, inclusive os riscos e as consequências das mudanças. Atendendo a essa ligação, é fulcral que os líderes ajam com responsabilidade o que, num contexto de riscos globais, é o mesmo que dizer agir em colaboração e não de forma isolada.
Edgar Lopes, Chief Risk Officer da Zurich Portugal
00:07
Jornal Económico
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