A degradação do tecido económico

Leitor descrê de interpretação governamental.

Os últimos dados estatísticos sobre o emprego e a atividade económica revelam uma descida da população ativa a par da baixa do desemprego e uma quebra nas exportações. 

O Governo diz que a quebra das exportações já estava prevista pelas paragens pontuais de laboração da refinaria de Sines e da Autoeuropa. 

Se na verdade a queda das exportações tem uma causa não estrutural mas episódica, já a queda na população ativa é mais preocupante. 

Independentemente dos dados estatísticos o que importa saber é se esta baixa de pessoas a trabalhar é também uma situação episódica ou corresponde a um maior número de falências empresariais. (...). 

A criação de empresas e o investimento também não melhoraram, o que significa que o País continua em recessão. Em conclusão, bem pode o Governo apregoar que tudo está melhor na situação económica, pois para além da conhecida dívida pública e empresarial ao estrangeiro serem incomportáveis, também o tecido económico continua a degradar-se. 

Ou não será?

por Mário Pires Miguel
17 maio 2014
DN