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Mistério
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Mistério
Um país em plano inclinado para Lisboa será sempre um país mais injusto e pobre.
Li com estupefação, neste fim de semana, num jornal de "referência", que a "insistência" do Governo na candidatura a Bruxelas para a construção de uma linha férrea entre Aveiro e Salamanca constituía um "mistério". Os argumentos foram sumários e costumeiros: que o custo é elevado (veja-se só: 675 milhões entre Aveiro e Mangualde!), que há uma linha que poderia garantir o mesmo efeito (se serve e é viável pouco interessa) e que a economia não justifica… Como rezava o Diácono Remédios, "não havia necessidade".
A forma simplista e categórica com que se recusam investimentos estratégicos no Centro e Norte do País (em detrimento de outros, em torno da Capital) é um mal endémico. Será por puro capricho ou perversidade diabólica que as associações empresariais destas regiões defendem (e não de agora) este investimento na ferrovia nacional? Ou por incompetência saloia que alguns estudos o recomendam?
As regiões do Centro-Norte são o motor da economia industrial e exportadora do País: representam mais de 60 por cento das expedições para os mercados externos. São, para além disso, um grande pulmão demográfico, com seis milhões de habitantes. Por si só, estes dados desarmam a ideologia da "falta de rentabilidade" ou do "excesso" da despesa pública. Não terá sido justamente à conta dos excessos do centralismo que fomos depauperados?
Por outro lado, às políticas públicas pede-se que promovam a coesão territorial, em vez de grandes fossos de riqueza. Um país em plano inclinado para Lisboa será sempre um país mais assimétrico, mais injusto e mais pobre.
Porque estes assuntos são demasiado sérios, é positivo e importante que se reative um Conselho Superior de Obras Públicas, como prevê o Governo, mas não para as calendas e sem uma justa representatividade territorial e setorial. Não precisamos nem de políticas faz-de-conta nem de um novo saco-de-gatos.
Por Almeida Henriques|00:30
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
Li com estupefação, neste fim de semana, num jornal de "referência", que a "insistência" do Governo na candidatura a Bruxelas para a construção de uma linha férrea entre Aveiro e Salamanca constituía um "mistério". Os argumentos foram sumários e costumeiros: que o custo é elevado (veja-se só: 675 milhões entre Aveiro e Mangualde!), que há uma linha que poderia garantir o mesmo efeito (se serve e é viável pouco interessa) e que a economia não justifica… Como rezava o Diácono Remédios, "não havia necessidade".
A forma simplista e categórica com que se recusam investimentos estratégicos no Centro e Norte do País (em detrimento de outros, em torno da Capital) é um mal endémico. Será por puro capricho ou perversidade diabólica que as associações empresariais destas regiões defendem (e não de agora) este investimento na ferrovia nacional? Ou por incompetência saloia que alguns estudos o recomendam?
As regiões do Centro-Norte são o motor da economia industrial e exportadora do País: representam mais de 60 por cento das expedições para os mercados externos. São, para além disso, um grande pulmão demográfico, com seis milhões de habitantes. Por si só, estes dados desarmam a ideologia da "falta de rentabilidade" ou do "excesso" da despesa pública. Não terá sido justamente à conta dos excessos do centralismo que fomos depauperados?
Por outro lado, às políticas públicas pede-se que promovam a coesão territorial, em vez de grandes fossos de riqueza. Um país em plano inclinado para Lisboa será sempre um país mais assimétrico, mais injusto e mais pobre.
Porque estes assuntos são demasiado sérios, é positivo e importante que se reative um Conselho Superior de Obras Públicas, como prevê o Governo, mas não para as calendas e sem uma justa representatividade territorial e setorial. Não precisamos nem de políticas faz-de-conta nem de um novo saco-de-gatos.
Por Almeida Henriques|00:30
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
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