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Na sessão de apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade do Porto de Leixões
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Na sessão de apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade do Porto de Leixões
Rui Moreira: «Leixões é a grande porta para as nossas exportações mas a porta está a ficar pequena»
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, esteve esta sexta-feira presente na sessão de apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade do Porto de Leixões. Na sua breve intervenção, deu os parabéns pelo trabalho no Porto de Leixões e as boas-vindas aos projectos de crescimento.
«Estes números que aqui são apresentados demonstram uma evolução fantástica nas últimas décadas no Porto de Leixões», enalteceu o presidente da Câmara Municipal do Porto, deixando os parabéns à APDL que «nunca perdeu a esperança em tornar aquele que era considerado o pior e mais caro Porto da Europa num Porto moderno».
Rui Moreira teve ainda uma palavra de apreço para os «sindicatos que muito contribuíram para o crescimento de Leixões», assim como para todas as «pessoas que se envolveram em fazer com que este Porto tenha não apenas renascido das cinzas mas ao mesmo tempo tenha uma paz social que deve ser premiada».
«Recordo-me que outros Portos houve na Europa, em França ou no Reino Unido, nos anos 70 ou 80 que morreram exactamente por não terem essas condições de paz social», lembra Rui Moreira, valorizando assim questões como «o diálogo e a justa contrapartida» que ajudaram a que se deixasse de dizer que «o melhor Porto do Norte de Portugal é Vigo». «Hoje em dia não é, é Leixões!», vincou.
Porta para as exportações «está a fica muito pequena»
Na sua intervenção na sessão, Rui Moreira deu ainda os parabéns ao Governo pelo plano de investimentos ali apresentado que, na sua opinião, «corresponde às necessidades não apenas do Porto e desta comunidade mas a toda a economia da região Norte».
«Acredito que estes investimentos anunciados vão permitir, por um lado, alargar o hinterland do Porto, mas também adequar o Porto àquilo que são as novas tendências relativamente ao comércio internacional e à navegação», acrescentou o presidente da Câmara Municipal do Porto que lembrou a importância do Porto de Leixões para toda uma indústria exportadora no Norte do País. «Esta é de facto a grande porta para as nossas exportações (…) mas a porta está a ficar muito pequena e ficamos muito satisfeitos que a Ministra tenha vindo aqui anunciar que a porta vai ser maior», realçou.
Apesar de visivelmente satisfeito com os planos para Leixões, Rui Moreira não deixou de ser reivindicativo, defendendo os interesses do Norte. Relembrando que nem todos os Portos são iguais e que a «exportação tem um impacto directo» na economia a vários níveis, o Presidente da Câmara Municipal do Porto salientou que «se pensamos a nível nacional, há que ter a justa medida da valorização das várias componentes de carga porque só assim poderemos encontrar políticas mais justas».
Isto porque se a carga para exportação, vital em Leixões, tem um papel importantíssimo em toda a economia, a carga de importação, na sua opinião, é uma «carga que apenas nos interessa numa medida que é a redução dos custos de contexto». «É importante que nós importemos, porque precisamos sempre de importar, e que sejamos capazes de importar com custos mais baixos», referiu, acrescentando porém que «a vantagem da carga de importação fica por aí». E há, depois, o transhipment que, para Rui Moreira, «é uma questão totalmente diferente», que tem as suas vantagens como a ligação directa aos grandes Portos em todo o mundo mas com um impacto totalmente distinto na economia quando comparado com o grande impacto da carga para exportação.
Brògueira Dias: «Porto de Leixões é uma enciclopédia dentro da parte portuária porque faz praticamente tudo»
Na sessão de apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade do Porto de Leixões, levada a cabo na passada sexta-feira, o presidente da APDL fez uma fotografia de um ano de 2016 com excelentes resultados, apresentando os principais projectos para os próximos dez anos.
Vincando que o «Porto de Leixões é uma enciclopédia dentro da parte portuária porque faz praticamente tudo», Brògueira Dias abriu a sua intervenção com uma fotografia de 2016, ano em que «Leixões fez mais de 18 milhões de toneladas» para além de «660 mil TEU num sector que estamos a rebentar pelas costuras e carentes destas intervenções aqui anunciadas».
«Tivemos mais de 2.600 navios, exportamos para 184 países, com 35% da quota nacional de exportação e próximos dos 5 milhões de toneladas exportadas», acrescentou ainda o presidente do Porto de Leixões sobre o ano passado, salientando que, entre outros, «é necessário melhorar o canal de acesso ao Porto de Leixões e criar uma maior bacia de rotação para os navios na ordem dos 300 metros de comprimento, que não têm hoje condições para fazer essa operação». Por outro lado, lembra a «necessidade do prolongamento do quebra-mar, criando maior quietude e segurança nessa aproximação».
Os investimentos apresentados um a um
Brògueira Dias teve ainda a responsabilidade de apresentar de forma mais elaborada os grandes investimentos previstos na Estratégia relativos ao Porto de Leixões. E aí - pelo segmento em questão, pelas limitações deste segmento em Leixões e até pelo valor dos investimentos previstos - o grande destaque vai para os planos para o segmento dos contentores. «Temos o novo terminal de contentores a -14m, junto ao terminal de cruzeiros, e a reconversão e melhoria das condições no Terminal de Contentores Sul, com capacidade para crescer na ordem dos 25%», salientou a este propósito.
Por outro lado, salienta que «a carga geral tem também a sua parte importante de investimento, uma delas com a articulação entre o terminal de granéis e os silos», vincando que nesta área específica o objectivo passa por «melhorar a performance, a qualidade e essencialmente a sustentabilidade» no terminal e na movimentação entre o terminal e os silos.
Por fim, mas não menos importante, a Estratégia contempla ainda investimentos na plataforma logística, onde a multimodalidade assume especial relevo. Aqui, destacou a componente ferroviária de Leixões, com «ligação à linha de Leixões a Contumil e Campanhã e a toda a rede nacional», para além de condições para comboios de mercadorias para 750 metros de comprimento, indo ao encontro do que está a ser feito pela Infraestruturas de Portugal. «A Plataforma Logística não é apenas para servir o Porto de Leixões mas sim toda a região», permitindo uma «verdadeira promoção da intermodalidade», acrescentou.
Também a ligação rodoviária de 3 kms, construída pela APDL, que liga o Porto de Leixões e a rede de autoestradas nacional mereceu uma nota por parte de Brògueira Dias.
A terminar a sua intervenção, o máximo responsável pelo Porto de Leixões referiu que está a ser ultimado o novo Plano Estratégico que «reúne, pela primeira vez, Leixões, Viana do Castelo e a Via Navegável do Douro», todos sob jurisdição da APDL.
Veja aqui a brochura que apresenta os principais projectos!
Ana Paula Vitorino: «O Porto de Leixões tem que ser uma referência»
A apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária em Leixões serviu para Ana Paula Vitorino mostrar uma «nova ambição para o Porto de Leixões», um Porto que vem registando crescimentos atrás de crescimentos e que precisa com urgência de um aumento de capacidade.
De resto, a Ministra do Mar lembra que os Portos nacionais no seu todo confirmaram, em 2016, «a tendência dos anos anteriores com crescimento de 5,1% da carga total face a 2015, um crescimento de 4,5 milhões de toneladas». E nos últimos anos, apenas o Porto de Lisboa registou quebra de movimentação, algo que justifica com a «instabilidade laboral» que se registou «até ao último ano» - lembrando que esse facto acabou por ter impacto noutros Portos nacionais, em particular em Leixões, com saída de alguns serviços de Lisboa.
Ora, o primeiro mês de 2017 já trouxe recuperação para o Porto de Lisboa nos contentores, que contrastou com a quebra em Leixões. Ana Paula Vitorino vê assim «uma situação de retorno à normalidade em Lisboa» mas salienta que «isto [os resultados de Janeiro] não quer dizer que Leixões esteja a perder importância».
«O que está aqui em causa é o facto de existirem, naturalmente, linhas e cargas que estão a voltar a Lisboa porque a sua origem é o hinterland de Lisboa», sublinhou a Ministra do Mar, vincando que os números de Janeiro «não podem servir para contrariar aquilo que foi uma tendência nos últimos dez anos». «Os dados de Janeiro não retiram importância do Porto de Leixões nem a necessidade de fazer investimentos», vincou.
Para o sector portuário do continente na sua globalidade, Ana Paula Vitorino recordou que o Governo tem a ambição de ver os Portos crescerem 200% nos próximos 10 anos algo que não vê de todo como demasiado optimista, até porque «nos últimos 10 anos cresceram 180%» e em muitos casos com limitações de capacidade claras – como é o caso claro de Leixões.
Para além dos projectos que o Governo estabeleceu como prioritários para cada Porto na Estratégia definida para os próximos 10 anos, Ana Paula Vitorino recordou a existência de medidas mais abrangentes e com impacto em todo o sistema portuário. Entre os casos que visam a «melhoria das condições de operacionalidade das unidades portuárias», destaca a Janela Única Logística, «um instrumento facilitador e de simplificação que funciona nos Portos e que nós queremos estender a toda a cadeia logística», um projecto que «já está em curso».
Por outro lado, do «ponto de vista da segurança», destacou que «vamos entrar numa nova geração de sistemas VTS para aumentar a segurança mas também por questões de operacionalidade do próprio Porto».
«O Porto de Leixões tem que ser uma referência»
Ao todo, a Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária conta com «24 projectos-chave» num «investimento de 2,1 a 2,5 milhões de toneladas». Sem contar com os investimentos transversais aos vários Portos acima referidos, «o que está previsto é um investimento no Porto de Leixões de 430 milhões de euros, para um crescimento de 44% no mesmo período». Para o segmento da carga contentorizada, Ana Paula Vitorino mostra ambição de ver o Porto de Leixões a crescer «73% nos próximos 10 anos».
A ambição passa então por afirmar o Porto de Leixões «no Norte da Península Ibérica e partilhando o Centro».
«O Porto de Leixões tem que ser uma referência, não pode ser só bom na sua terra. O Porto de Leixões é bom em qualquer parte do mundo e pode afirmar-se no Nordeste Peninsular e para além disso», concluiu.
Segmento dos contentores é aquele que apresenta maior urgência de investimento
«Nos últimos anos, Leixões está a trabalhar acima daquilo que é razoável relativamente à sua capacidade», com taxas de ocupação de «90 a 95%», lembrou Ana Paula Vitorino relativamente ao segmento dos contentores. Ora, a esta realidade junta-se «uma tendência identificada» de crescimento que se viu nos últimos 10 anos no sector, mostrando assim a pertinência de investimento no segmento da carga contentorizada.
Por isso, Ana Paula Vitorino justifica então que «os dois principais projectos pensados para Leixões estão relacionados com a movimentação de contentores» - em alusão à construção de um novo terminal de contentores, com fundos de -14m, «permitindo o acesso de navios maiores e que exigem mais calado», para além do aumento da capacidade no Terminal de Contentores Sul, para dar a devida resposta às taxas de ocupação acima referidas.
«Para este terminal já está a ser renegociada a concessão [com a TCL] há bastante tempo, algo que será concluído até final do mês. A solução para o problema será começada a implementar já, seja qual for a solução encontrada», garante a Ministra.
Renegociação com a TCGL fechada com acordo de investimento de 5 milhões
Ana Paula Vitorino lembra ainda que «existem outros projectos, como aumentar a eficiência do terminal de granéis sólidos e alimentares», terminal concessionado à TCGL e que a Ministra anunciou em primeira mão ter «já sido assinado o despacho para concretizar aquilo que resultou desta renegociação da concessão» - adiantando que o acordado com o TCGL passa por «um investimento de 5 milhões de euros para aumentar a eficiência do terminal».
«Este projecto tem mais duas fases, que tem a ver com o transporte de produtos de e para o terminal a partir do silo», referiu ainda.
20/02/2017
CARGO Edições,Lda © 2017
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, esteve esta sexta-feira presente na sessão de apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade do Porto de Leixões. Na sua breve intervenção, deu os parabéns pelo trabalho no Porto de Leixões e as boas-vindas aos projectos de crescimento.
«Estes números que aqui são apresentados demonstram uma evolução fantástica nas últimas décadas no Porto de Leixões», enalteceu o presidente da Câmara Municipal do Porto, deixando os parabéns à APDL que «nunca perdeu a esperança em tornar aquele que era considerado o pior e mais caro Porto da Europa num Porto moderno».
Rui Moreira teve ainda uma palavra de apreço para os «sindicatos que muito contribuíram para o crescimento de Leixões», assim como para todas as «pessoas que se envolveram em fazer com que este Porto tenha não apenas renascido das cinzas mas ao mesmo tempo tenha uma paz social que deve ser premiada».
«Recordo-me que outros Portos houve na Europa, em França ou no Reino Unido, nos anos 70 ou 80 que morreram exactamente por não terem essas condições de paz social», lembra Rui Moreira, valorizando assim questões como «o diálogo e a justa contrapartida» que ajudaram a que se deixasse de dizer que «o melhor Porto do Norte de Portugal é Vigo». «Hoje em dia não é, é Leixões!», vincou.
Porta para as exportações «está a fica muito pequena»
Na sua intervenção na sessão, Rui Moreira deu ainda os parabéns ao Governo pelo plano de investimentos ali apresentado que, na sua opinião, «corresponde às necessidades não apenas do Porto e desta comunidade mas a toda a economia da região Norte».
«Acredito que estes investimentos anunciados vão permitir, por um lado, alargar o hinterland do Porto, mas também adequar o Porto àquilo que são as novas tendências relativamente ao comércio internacional e à navegação», acrescentou o presidente da Câmara Municipal do Porto que lembrou a importância do Porto de Leixões para toda uma indústria exportadora no Norte do País. «Esta é de facto a grande porta para as nossas exportações (…) mas a porta está a ficar muito pequena e ficamos muito satisfeitos que a Ministra tenha vindo aqui anunciar que a porta vai ser maior», realçou.
Apesar de visivelmente satisfeito com os planos para Leixões, Rui Moreira não deixou de ser reivindicativo, defendendo os interesses do Norte. Relembrando que nem todos os Portos são iguais e que a «exportação tem um impacto directo» na economia a vários níveis, o Presidente da Câmara Municipal do Porto salientou que «se pensamos a nível nacional, há que ter a justa medida da valorização das várias componentes de carga porque só assim poderemos encontrar políticas mais justas».
Isto porque se a carga para exportação, vital em Leixões, tem um papel importantíssimo em toda a economia, a carga de importação, na sua opinião, é uma «carga que apenas nos interessa numa medida que é a redução dos custos de contexto». «É importante que nós importemos, porque precisamos sempre de importar, e que sejamos capazes de importar com custos mais baixos», referiu, acrescentando porém que «a vantagem da carga de importação fica por aí». E há, depois, o transhipment que, para Rui Moreira, «é uma questão totalmente diferente», que tem as suas vantagens como a ligação directa aos grandes Portos em todo o mundo mas com um impacto totalmente distinto na economia quando comparado com o grande impacto da carga para exportação.
Brògueira Dias: «Porto de Leixões é uma enciclopédia dentro da parte portuária porque faz praticamente tudo»
Na sessão de apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade do Porto de Leixões, levada a cabo na passada sexta-feira, o presidente da APDL fez uma fotografia de um ano de 2016 com excelentes resultados, apresentando os principais projectos para os próximos dez anos.
Vincando que o «Porto de Leixões é uma enciclopédia dentro da parte portuária porque faz praticamente tudo», Brògueira Dias abriu a sua intervenção com uma fotografia de 2016, ano em que «Leixões fez mais de 18 milhões de toneladas» para além de «660 mil TEU num sector que estamos a rebentar pelas costuras e carentes destas intervenções aqui anunciadas».
«Tivemos mais de 2.600 navios, exportamos para 184 países, com 35% da quota nacional de exportação e próximos dos 5 milhões de toneladas exportadas», acrescentou ainda o presidente do Porto de Leixões sobre o ano passado, salientando que, entre outros, «é necessário melhorar o canal de acesso ao Porto de Leixões e criar uma maior bacia de rotação para os navios na ordem dos 300 metros de comprimento, que não têm hoje condições para fazer essa operação». Por outro lado, lembra a «necessidade do prolongamento do quebra-mar, criando maior quietude e segurança nessa aproximação».
Os investimentos apresentados um a um
Brògueira Dias teve ainda a responsabilidade de apresentar de forma mais elaborada os grandes investimentos previstos na Estratégia relativos ao Porto de Leixões. E aí - pelo segmento em questão, pelas limitações deste segmento em Leixões e até pelo valor dos investimentos previstos - o grande destaque vai para os planos para o segmento dos contentores. «Temos o novo terminal de contentores a -14m, junto ao terminal de cruzeiros, e a reconversão e melhoria das condições no Terminal de Contentores Sul, com capacidade para crescer na ordem dos 25%», salientou a este propósito.
Por outro lado, salienta que «a carga geral tem também a sua parte importante de investimento, uma delas com a articulação entre o terminal de granéis e os silos», vincando que nesta área específica o objectivo passa por «melhorar a performance, a qualidade e essencialmente a sustentabilidade» no terminal e na movimentação entre o terminal e os silos.
Por fim, mas não menos importante, a Estratégia contempla ainda investimentos na plataforma logística, onde a multimodalidade assume especial relevo. Aqui, destacou a componente ferroviária de Leixões, com «ligação à linha de Leixões a Contumil e Campanhã e a toda a rede nacional», para além de condições para comboios de mercadorias para 750 metros de comprimento, indo ao encontro do que está a ser feito pela Infraestruturas de Portugal. «A Plataforma Logística não é apenas para servir o Porto de Leixões mas sim toda a região», permitindo uma «verdadeira promoção da intermodalidade», acrescentou.
Também a ligação rodoviária de 3 kms, construída pela APDL, que liga o Porto de Leixões e a rede de autoestradas nacional mereceu uma nota por parte de Brògueira Dias.
A terminar a sua intervenção, o máximo responsável pelo Porto de Leixões referiu que está a ser ultimado o novo Plano Estratégico que «reúne, pela primeira vez, Leixões, Viana do Castelo e a Via Navegável do Douro», todos sob jurisdição da APDL.
Veja aqui a brochura que apresenta os principais projectos!
Ana Paula Vitorino: «O Porto de Leixões tem que ser uma referência»
A apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária em Leixões serviu para Ana Paula Vitorino mostrar uma «nova ambição para o Porto de Leixões», um Porto que vem registando crescimentos atrás de crescimentos e que precisa com urgência de um aumento de capacidade.
De resto, a Ministra do Mar lembra que os Portos nacionais no seu todo confirmaram, em 2016, «a tendência dos anos anteriores com crescimento de 5,1% da carga total face a 2015, um crescimento de 4,5 milhões de toneladas». E nos últimos anos, apenas o Porto de Lisboa registou quebra de movimentação, algo que justifica com a «instabilidade laboral» que se registou «até ao último ano» - lembrando que esse facto acabou por ter impacto noutros Portos nacionais, em particular em Leixões, com saída de alguns serviços de Lisboa.
Ora, o primeiro mês de 2017 já trouxe recuperação para o Porto de Lisboa nos contentores, que contrastou com a quebra em Leixões. Ana Paula Vitorino vê assim «uma situação de retorno à normalidade em Lisboa» mas salienta que «isto [os resultados de Janeiro] não quer dizer que Leixões esteja a perder importância».
«O que está aqui em causa é o facto de existirem, naturalmente, linhas e cargas que estão a voltar a Lisboa porque a sua origem é o hinterland de Lisboa», sublinhou a Ministra do Mar, vincando que os números de Janeiro «não podem servir para contrariar aquilo que foi uma tendência nos últimos dez anos». «Os dados de Janeiro não retiram importância do Porto de Leixões nem a necessidade de fazer investimentos», vincou.
Para o sector portuário do continente na sua globalidade, Ana Paula Vitorino recordou que o Governo tem a ambição de ver os Portos crescerem 200% nos próximos 10 anos algo que não vê de todo como demasiado optimista, até porque «nos últimos 10 anos cresceram 180%» e em muitos casos com limitações de capacidade claras – como é o caso claro de Leixões.
Para além dos projectos que o Governo estabeleceu como prioritários para cada Porto na Estratégia definida para os próximos 10 anos, Ana Paula Vitorino recordou a existência de medidas mais abrangentes e com impacto em todo o sistema portuário. Entre os casos que visam a «melhoria das condições de operacionalidade das unidades portuárias», destaca a Janela Única Logística, «um instrumento facilitador e de simplificação que funciona nos Portos e que nós queremos estender a toda a cadeia logística», um projecto que «já está em curso».
Por outro lado, do «ponto de vista da segurança», destacou que «vamos entrar numa nova geração de sistemas VTS para aumentar a segurança mas também por questões de operacionalidade do próprio Porto».
«O Porto de Leixões tem que ser uma referência»
Ao todo, a Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária conta com «24 projectos-chave» num «investimento de 2,1 a 2,5 milhões de toneladas». Sem contar com os investimentos transversais aos vários Portos acima referidos, «o que está previsto é um investimento no Porto de Leixões de 430 milhões de euros, para um crescimento de 44% no mesmo período». Para o segmento da carga contentorizada, Ana Paula Vitorino mostra ambição de ver o Porto de Leixões a crescer «73% nos próximos 10 anos».
A ambição passa então por afirmar o Porto de Leixões «no Norte da Península Ibérica e partilhando o Centro».
«O Porto de Leixões tem que ser uma referência, não pode ser só bom na sua terra. O Porto de Leixões é bom em qualquer parte do mundo e pode afirmar-se no Nordeste Peninsular e para além disso», concluiu.
Segmento dos contentores é aquele que apresenta maior urgência de investimento
«Nos últimos anos, Leixões está a trabalhar acima daquilo que é razoável relativamente à sua capacidade», com taxas de ocupação de «90 a 95%», lembrou Ana Paula Vitorino relativamente ao segmento dos contentores. Ora, a esta realidade junta-se «uma tendência identificada» de crescimento que se viu nos últimos 10 anos no sector, mostrando assim a pertinência de investimento no segmento da carga contentorizada.
Por isso, Ana Paula Vitorino justifica então que «os dois principais projectos pensados para Leixões estão relacionados com a movimentação de contentores» - em alusão à construção de um novo terminal de contentores, com fundos de -14m, «permitindo o acesso de navios maiores e que exigem mais calado», para além do aumento da capacidade no Terminal de Contentores Sul, para dar a devida resposta às taxas de ocupação acima referidas.
«Para este terminal já está a ser renegociada a concessão [com a TCL] há bastante tempo, algo que será concluído até final do mês. A solução para o problema será começada a implementar já, seja qual for a solução encontrada», garante a Ministra.
Renegociação com a TCGL fechada com acordo de investimento de 5 milhões
Ana Paula Vitorino lembra ainda que «existem outros projectos, como aumentar a eficiência do terminal de granéis sólidos e alimentares», terminal concessionado à TCGL e que a Ministra anunciou em primeira mão ter «já sido assinado o despacho para concretizar aquilo que resultou desta renegociação da concessão» - adiantando que o acordado com o TCGL passa por «um investimento de 5 milhões de euros para aumentar a eficiência do terminal».
«Este projecto tem mais duas fases, que tem a ver com o transporte de produtos de e para o terminal a partir do silo», referiu ainda.
20/02/2017
CARGO Edições,Lda © 2017
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