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Sob investigação
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Sob investigação
A nossa ‘La La (Is)land’ já ganhou quase tudo. Mas há mais “mimos” a caminho
“Existem formas de alguém saber se os jornalistas estão a investigar alguma coisa”. A quem o dizes Sebastian Mondial!
O jornalista alemão, que ofereceu ao mundo o ‘Offshore Leaks’ e escolheu a Madeira para expandir um projecto que cria bases para que os jornalistas possam trabalhar de forma mais segura e rápida com dados informáticos nos trabalhos incómodos, lança um alerta oportuno na entrevista que nos concedeu na semana passada.
É feroz a tentativa social de esvaziar o papel de quem informa, desacreditando-o sem escrúpulos, mesmo que as evidências sejam eloquentes. Vejam o que se passa de forma frequente no sector da saúde na Região, em que os decisores transformam em “ruído” dramas que atentam contra a dignidade humana e nos envergonham.
Comprovadamente, pelo que se lê nas doutas opiniões, nos dislates em rede e ouve nos discursos parlamentares, a imprensa livre é o estorvo, a causa de todo o mal e porventura dos sete novos planetas. Logo, por muito lúcidos e prudentes que sejamos, coabitamos num mundo hostil em que proliferam os que nos querem ingénuos e fingem ser aliados da verdade, embora prontos para fazer render interesses que julgam ser insondáveis.
Torna-se complicado manter num domínio sigiloso aquilo que os implicados em desespero publicitam antecipadamente à sua maneira. Nem sempre é fácil obter provas cabais que sustentem trabalhos em curso mesmo com a protecção garantida às fontes. Muitos daqueles que interrogamos têm formas de bloquear a fundamentação e de instrumentalizar em proveito próprio.
O DIÁRIO tem andado a investigar jornalisticamente desde Dezembro uma matéria de relevante interessante público, susceptível de escandalizar e de acabar em caso de polícia. E se hoje o confidenciamos, sem contudo nos anteciparmos aos resultados, é porque na relação de lealdade com os nossos leitores importa deixar claro desde já que todas as manobras e os últimos desenvolvimentos sobre a matéria, tendo em vista atenuar o impacto da mesma ou a anestesiar consciências, não nos farão recuar. Podemos não surpreender de todo, mas todos os factos apurados serão partilhados. E não vale a pena implorar, acusar-nos de frete ou colar-nos à agenda de quem quer que seja.
O nervosismo indisfarçável de algumas entidades que se precipitam sobre o dossier, que se oferecem para facilitar declarações, que tentam canalizar abordagens ou que nos obrigam a enveredar pelo óbvio é repugnante. Não somos criadores de factos. Cumpre-nos informar com rigor, após cruzar dados e verificar o que alguém planta.
Um dia todos perceberão que o exercício prévio do contraditório a que estamos obrigados tem tanto de ético como de traiçoeiro. Que os e-mails que enviamos a fazer perguntas geralmente são reeencaminhados para terceiros, alimentam estratégias de intoxicação e usados no argumentário político. Que as SMS que se trocam são armas fora de contexto ou motivo de chantagem. Que os telefonemas, porventura sob escuta, dão boleia à intriga. Que as conversas mantidas no almoço discreto são tão imprudentes como um qualquer desabafo privado deixado no ‘messenger’. E que quem presumíamos defender o superior interesse dos jornalistas e da sociedade democrática se apressa a dar razão aos que se queixam da liberdade de informar.
RICARDO MIGUEL OLIVEIRA , DIRECTOR / 26 FEV 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
“Existem formas de alguém saber se os jornalistas estão a investigar alguma coisa”. A quem o dizes Sebastian Mondial!
O jornalista alemão, que ofereceu ao mundo o ‘Offshore Leaks’ e escolheu a Madeira para expandir um projecto que cria bases para que os jornalistas possam trabalhar de forma mais segura e rápida com dados informáticos nos trabalhos incómodos, lança um alerta oportuno na entrevista que nos concedeu na semana passada.
É feroz a tentativa social de esvaziar o papel de quem informa, desacreditando-o sem escrúpulos, mesmo que as evidências sejam eloquentes. Vejam o que se passa de forma frequente no sector da saúde na Região, em que os decisores transformam em “ruído” dramas que atentam contra a dignidade humana e nos envergonham.
Comprovadamente, pelo que se lê nas doutas opiniões, nos dislates em rede e ouve nos discursos parlamentares, a imprensa livre é o estorvo, a causa de todo o mal e porventura dos sete novos planetas. Logo, por muito lúcidos e prudentes que sejamos, coabitamos num mundo hostil em que proliferam os que nos querem ingénuos e fingem ser aliados da verdade, embora prontos para fazer render interesses que julgam ser insondáveis.
Torna-se complicado manter num domínio sigiloso aquilo que os implicados em desespero publicitam antecipadamente à sua maneira. Nem sempre é fácil obter provas cabais que sustentem trabalhos em curso mesmo com a protecção garantida às fontes. Muitos daqueles que interrogamos têm formas de bloquear a fundamentação e de instrumentalizar em proveito próprio.
O DIÁRIO tem andado a investigar jornalisticamente desde Dezembro uma matéria de relevante interessante público, susceptível de escandalizar e de acabar em caso de polícia. E se hoje o confidenciamos, sem contudo nos anteciparmos aos resultados, é porque na relação de lealdade com os nossos leitores importa deixar claro desde já que todas as manobras e os últimos desenvolvimentos sobre a matéria, tendo em vista atenuar o impacto da mesma ou a anestesiar consciências, não nos farão recuar. Podemos não surpreender de todo, mas todos os factos apurados serão partilhados. E não vale a pena implorar, acusar-nos de frete ou colar-nos à agenda de quem quer que seja.
O nervosismo indisfarçável de algumas entidades que se precipitam sobre o dossier, que se oferecem para facilitar declarações, que tentam canalizar abordagens ou que nos obrigam a enveredar pelo óbvio é repugnante. Não somos criadores de factos. Cumpre-nos informar com rigor, após cruzar dados e verificar o que alguém planta.
Um dia todos perceberão que o exercício prévio do contraditório a que estamos obrigados tem tanto de ético como de traiçoeiro. Que os e-mails que enviamos a fazer perguntas geralmente são reeencaminhados para terceiros, alimentam estratégias de intoxicação e usados no argumentário político. Que as SMS que se trocam são armas fora de contexto ou motivo de chantagem. Que os telefonemas, porventura sob escuta, dão boleia à intriga. Que as conversas mantidas no almoço discreto são tão imprudentes como um qualquer desabafo privado deixado no ‘messenger’. E que quem presumíamos defender o superior interesse dos jornalistas e da sociedade democrática se apressa a dar razão aos que se queixam da liberdade de informar.
RICARDO MIGUEL OLIVEIRA , DIRECTOR / 26 FEV 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
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